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Sindicato

Imagem de aqui

 

... a questão é quanto nos custaria a todos os trabalhadores se eles não existissem.

 

Oito deputados da JSD apresentaram uma moção para saber quanto custaram ao estado os sindicatos em 2013 e quanto custarão em 1014. Não é difícil perceber qual o objectivo da pergunta, os senhores deputados querem fazer passar a ideia de que os sindicatos custam muito dinheiro ao país.

 

Um Sindicato é uma associação de classe, constituída por assalariados da mesma profissão, da mesma indústria, que executam trabalhos similares ou correlacionados. O seu objectivo é tornar-se uma força que consiga criar para os seus associados condições capazes de resistir às ambições patronais no plano individual e profissional.

 

A grande maioria dos direitos adquiridos por todos os trabalhadores portugueses deve-se à existência dos sindicatos, foram sendo conquistados ao longo de décadas já seja com greves e paralisações, já seja nas negociações anuais dos acordos sociais. Acho que com excepção dos membros da JSD, não restam dúvidas a ninguém da importância da da existência das associações de trabalhadores.

 

Podemos imaginar como seria uma sociedade em que os trabalhadores não tenham quem os defenda e represente, imagino que seria algo parecido com o Bangladesch de hoje em dia ou com a Coreia do Norte, pelos vistos é isto que pretendem os senhores deputados da JSD, mas é compreensível, na sua condição de políticos eles tem tachos assegurados de por vida, nunca vão precisar de quem os represente ou defenda os seus direitos.

 

Não faço ideia de quanto custam os sindicatos, mas aposto que é bastante menos do que custam os políticos, os partidos e as juventudes partidárias, e desses custos só ouvimos falar quando os deputados votam por unanimidade o seu aumento.

 

Jorge Soares

 

publicado às 22:47

O barulho que faz um Grillo

por Jorge Soares, em 24.02.13

Beppe Grillo

 

Imagem de Aqui 

 

Quando lerem isto já se saberá quem ganhou as eleições italianas, a julgar pelas sondagens será a coligação de esquerda liderada por Pier Luigi Bersani a gerir os destinos de Itália, ainda que exista quem acredite que Silvio Berlusconi pode ganhar... lá como por cá as pessoas estão fartas da austeridade e Berlusconi prometeu devolver um imposto... quero acreditar que os italianos não tem a memória assim tão curta... mas...

 

Na Itália há muito que os grandes partidos estão longe da ribalta, às eleições apresentam-se sobretudo coligações, este ano apareceu uma chamada Movimento 5 Estrelas, liderada por Beppe Grillo um humorista sem muito talento mas que dada situação do país e a péssima imagem que o povo tem dos políticos tradicionais, chegou aos 15% nas intenções de votos.

 

Definido como anti politico e anti sistema, o movimento apresenta aos eleitores um programa que se foca principalmente em questões com: agua pública, mobilidade sustentável, desenvolvimento, conectividade e o meio ambiente.


Não tem evidentemente hipóteses de ganhar, mas se confirmarem o terceiro lugar nas urnas, terão de certeza uma palavra a dizer num futuro governo italiano que será sempre de coligação.

 

É difícil imaginar um país com a importância económica da Itália governado por um cómico de terceira categoria, ou não, afinal até há bem pouco tempo o primeiro ministro era Berlusconi... que de certeza ficará mais conhecido pelas festas do Bunga Bunga e pelos muitos escândalos que envolvem sempre mulheres bonitas, que pelas suas qualidades de governante.

 

As épocas difíceis são sempre propicias à aparição deste tipo de movimentos, há sempre alguém que diz o que o povo quer ouvir e com mais ou menos demagogia consegue fazer-se ouvir, foi assim que apareceu Hugo Chavez por exemplo, raramente conseguem chegar ao poder e por norma desaparecem tal como apareceram, a excepção será mesmo Chavez.

 

Ao contrario do que possa parecer, os principais partidos gostam deste tipo de personagens, raramente representam uma verdadeira oposição geralmente são o garante de que os votos dos descontentes não vão para o adversário directo e ficam dispersos por gente que não faz sombra.

 

Transpondo a situação para Portugal, quantos de nós votaríamos num partido formado pelos homens da luta e com o Hermam José como secretário Geral?

 

Veremos se nas urnas confirmam o terceiro lugar e por quanto mais tempo fará barulho este Grillo... 

 

Jorge Soares

publicado às 22:06

Sócrates anuncia ao país o que não vai estar nas medidas da Troika

Imagem do Público

 

Andámos durante semanas com o credo na boca, cada dia que passava alguém lançava mais um boato de uma suposta medida catastrófica que teríamos que enfrentar. Ontem finalmente o primeiro ministro deu um ar da sua graça e bem ao seu estilo de one man show, veio dar a boa nova...  afinal o céu não nos vai cair em cima.... e por todo o lado, em especial nas repartições públicas, se ouviu um enorme suspiro de alivio.... afinal vamos poder ir de férias e comprar as prendas de natal sem ter que andar a negociar títulos do tesouro ao desbarato... Não, não estou a brincar, cá em casa há um funcionário público... e consta-me que o terror era verdadeiro.

 

Mas se é verdade que as medidas não são tão penalizadoras como muito arautos da desgraça vendiam, também é verdade que a coisa não está para embandeirar em arco. Convém perceber que a crise existe mesmo, que é resultado de asneiras de muita gente que está ou já esteve no governo, e que ou nos mentalizamos que temos mesmo que apertar o cinto e deixar de viver como novos ricos, ou a coisa pode correr muito mal.

 

Estive a ler o resumo das medidas propostas, estão no Público, na generalidade concordo, lendo os comentários à noticia, parece que há pessoas que acham que a montanha pariu um rato, isto só mostra que há muita gente que ainda não percebeu nada do que se está a passar. Convém que a malta perceba que ninguém nos está a dar dinheiro, estão a emprestar, com juros de 5%, o que comparado com os 12 em que a coisa já ia, é muito bom, mas vamos ter que pagar na mesma... 

 

Voltando um pouco atrás, tal como era mais ou menos de esperar, as medidas propostas são mais ou menos as que estavam no PEC IV, eu continuo a achar que a oposição fez um mau serviço ao país quando fez cair o governo, até porque nas condições actuais, quer-me parecer que não vai haver maioria absoluta, a dizer verdade, quem tem mais possibilidades de ganhar as eleições até será o PS, tal a baralhação que vai nas hostes do PSD.

 

Bloco de Esquerda e PCP não tem condições para fazer parte de qualquer governo, quem faz questão de não aceitar a ajuda externa NÃO PODE aceitar governar com as medidas propostas pela troika. Restam PS, PSD e CDS... depois de tudo o que tem sido dito pelo Passos Coelho alguém acredita que os dois maiores partidos se entendam para formar governo?..e se os votos do CDS não forem suficientes para uma maioria com PS ou PSD?, o que fará Cavaco?

 

Falta um mês para as eleições, neste momento não faço a menor ideia em quem vou votar...... esperemos que o ambiente desanuvie...

 

Jorge Soares

PS: quem quiser pode fazer download do Memorando de Entendimento (em inglês) e ler com detalhe

publicado às 22:11


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