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mafaldaparemomundo.jpg

 

"De todo o exposto resumindo e concluindo, estar caído/inanimado a porta de um hospital ou de um cemitério e a mesma coisa se o caso for serio. A única diferença e que num caso já chegou ao destino.

De tudo isto só me deixa uma grande náusea, o resto e a vida que temos sem precisar de muitos comentários."

 

Comentário de um anónimo ao post (auto link) sobre a senhora caída na porta do hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro

 

De repente apetecia-me ficar por aqui, mas não sou de deixar coisas por dizer.

 

Talvez seja defeito meu, mas para mim se alguém está a precisar de ajuda, eu pelo menos tento ajudar, se esse alguém está caído no chão, então o mais certo é que  precisa mesmo de ajuda e aí não interessam as regras ou as normas, o meu dever como pessoa e cidadão é ajudar.

 

Se um profissional de saúde é avisado de que alguém está caído no chão e precisa de assistência, independentemente das regras, das normas ou das condições, esse profissional deve ajudar, pelo menos para se inteirar da gravidade do assunto e poder tomar decisões. Se não o faz, se antes de pensar no bem estar da pessoa em questão coloca o seu bem estar ou as regras do hospital, para mim esse profissional não cumpriu o seu dever principal nem como profissional de saúde nem como cidadão.

 

Pelos vistos há noticias que dizem que afinal a senhora não estaria assim tão grave, mesmo que seja verdade, médicos e enfermeiros só saberiam isso depois de lá irem.. e ainda não vi noticia nenhuma que diga que eles lá foram, numa coisa são unânimes todas as noticias, eles não foram lá, porque tinha que ser o 112 e/ou o INEM a resolver o assunto.

 

De resto como disse antes, regras ou não regras, normas ou não normas, a vida das pessoas deve estar sempre em primeiro lugar e não me parece que alguém tirar uns minutos para se inteirar do que passava lá fora, fosse fazer assim tanta diferença no funcionamento do hospital, até porque nas urgências costumam trabalhar várias pessoas ao mesmo tempo, e não me consta que tenha acontecido nenhuma catástrofe nesse dia no Barreiro como para estarem todas a salvar vidas ao mesmo tempo e sem poderem parar uns minutos. Por outro lado, neste caso ou noutro qualquer, esses minutos podiam fazer a diferença entre a vida e a morte de alguém.

 

Não, não queremos que alguém estar caído/inanimado a porta de um hospital ou de um cemitério seja a mesma coisa.

 

É claro que a minha opinião vale tanto como outra qualquer e todas merecem respeito.

 

Jorge Soares

publicado às 22:35


Alguém me deixou a seguinte pergunta naquele post do outro dia em que uma mãe dava o seu testemunho


Tenho lido sobre estas situações e concordo com o que o Jorge e outros leitores defendem, que é o não desistir da criança porque o que elas precisam é de validar o nosso amor e a verdadeira vontade de lutar por elas enquanto filhos. Mas a questão que gostaria de colocar é como se passa por um processo destes quando já se tem um filho biológico, que é meu caso? Como se pode conciliar esta luta pelo amor de uma criança quando já temos outra, sem que esta se magoe e que guarde o melhor desta fase? Alguém passou por isto? Obrigada.


Definitivamente esta semana não é uma boa altura para responder a esta pergunta... mas eu vou tentar na mesma.

É claro que ter um segundo filho afecta sempre o primeiro, não há forma de que não afecte.. o coração não se divide, o amor não se divide, aumenta com cada filho que temos.. mas há coisas que não aumentam, o tempo por exemplo, ter um segundo filho implica sempre menos tempo e atenção para o primeiro, não há como fugir a isso.

É evidente que quanto mais problemático for um filho mais atenção requer de nossa parte e evidentemente isso implica sempre menos atenção para os outros, também não há como fugir a isso.

Cá em casa há três, tentamos ser equitativos e dar a mesma atenção, que quando nos pomos a pensar é sempre pouca, aos três, mas evidentemente isso nunca é possível e no fim há sempre alguém que é prejudicado... 

E por muito injusto que possa parecer quem tem menos problemas, quem tem mais segurança em si próprio,.. é quem tem direito a menos atenção, a menos apoio, não é que isso signifique menos carinho e amor, mas sem duvida nenhuma que significa menos atenção.

Depois há sempre os inseguros que fazem tudo para ser o centro das atenções, e cá em casa também temos disso... muito menos, há quem se especialize em monopolizar a atenção dos pais, mesmo que para isso tenha que fazer uma asneira atrás da outra....{#emotions_dlg.annoyed}

Eu sei, a pergunta era sobre filhos adoptados, mas o que eu disse antes aplica-se a filhos, não importa se são adoptados ou biológicos, isto é sempre verdade... e depois, como já disse muitas vezes, não há filhos biológicos e adoptados, há filhos.


Como se pode conciliar esta luta pelo amor de uma criança quando já temos outra?... simples, não se concilia, quando aceitamos que vamos ter outro filho temos que o fazer de coração aberto e a acreditar que somos capazes de fazer crescer o amor até ao ponto justo em que chega para todos.


Jorge Soares


PS:Peço desculpa a quem sente a falta das respostas aos comentários, estes tem sido tempos conturbados por cá, espero sinceramente voltar ao normal rápidamente... antes de ficar com todos os cabelos brancos

publicado às 22:46

Portugal festeja porque gosta de futebol

Imagem de aqui

 

 

 ".... é o ponto de vista do tuga mediocre, só querem festa, cerveja e futebol, mas lutar por um país melhor não vale a pena"

 

O comentário acima foi colocado no Facebbok ontem no fim do jogo da nossa selecção em resposta a alguém que referia que durante dois ou três dias ninguém se ia lembrar da crise.

 

Confesso, eu não consigo perceber, o que tem de mal gostar de futebol? O que tem de mal gostar que a selecção do nosso país ganhe? O que tem de mal festejar as vitórias já seja do nosso clube preferido ou do nosso país?

 

Parece que há muita gente que acha que a culpa da crise, do desemprego, de termos os políticos e governantes medíocres que temos é do futebol.

 

Eu gosto de futebol, não sou de modo algum um fanático daqueles que tem que ir ao estádio ou no mínimo não perdem um jogo na televisão, mas gosto,  gosto que o meu Porto ganhe, gosto que a selecção do meu país ganhe, assim como gostei de saber que ontem um Português, o Rui Costa, ganhou a volta à Suíça em bicicleta, ou gostei de saber que outro Português, o Pedro Lamy, ganhou uma das categorias das 24 horas de Le Mans. Isto faz de mim pior pessoa que o senhor que fez o comentário parvo que transcrevo acima?

 

O que tem a ver alguém gostar ou não de futebol com fazer-se mais ou menos pelo país?

 

Será que todas as pessoas que desdenham do futebol e de quem gosta de futebol pagam todos os seus impostos?

 

Será que todos foram votar nas últimas eleições? Terão alguma vez participado numa manifestação? Terão participado em alguma greve? E já agora, terão votado em quem? na mudança das coisas ou em mais do mesmo?

 

Vivemos há dois ou três anos com o espectro da crise, da austeridade e do desemprego que nos entram todos os dias pela casa dentro, será que é assim tão mau podermos durante umas horas esquecer tudo isso e focar a nossa atenção em algo que nos pode realmente dar alguma alegria?

 

Mas alguém fica mais feliz se não existir o Euro e as noticias sobre o futebol? o país ia melhorar em quê?

 

Porra, há anos que nos tiram cada dia mais e mais pão da mesa, será que é assim tão difícil deixar-nos por momentos desfrutar do circo da bola?Afinal, daqui a mais 15 dias tudo isto acaba... e a crise vai de certeza absoluta continuar lá.

 

Há muitas formas de mudar um país, fazer comentários parvos e depreciativos sobre os 99% que gostam de futebol, não é de certeza uma delas...

 

Jorge Soares

publicado às 22:21

Homossexualidade e adopção II... qual o objectivo da adopção?
Imagem Minha do Momentos e Olhares



Há coisas que me fazem confusão, fazem mesmo, uma delas é que se veja a adopção como a ultima saída para que os casais que por um ou outro motivo não podem ter filhos biológicos. A Adopção não tem como objectivo arranjar criancinhas para quem não teve sorte com a natureza, serve para arranjar pais para as crianças que por qualquer motivo não os tem.

Assim de repente pode parecer que não há diferença, mas acreditem, há muita diferença. O meu post de ontem motivou a aparente indignação de alguém que me deixou o seguinte comentário:

"1º Quando derem passos mais concretos relativamente á informação sobre dados de adopção.
2º Quando acabarem com as leis que "protegem" Pais que simplesmente visitam as crianças institucionalizadas.
3º Quando permitirem aos casais proponentes á adopção, de modo a serem tratados e informados correctamente sobre o dito processo.
4º Quando quiserem dar a ideia de que é melhor dar um lar a uma criança, do que não ter lar nenhum. Independentemente de saber que tipo de lar vai ter. Ou como será o futuro dessa criança perante a sociedade e as outras crianças.
5º Quando não se fechar os olhos ás adopções escondidas por membros singulares e depois se vêm a saber que está como casal envolvido com outrem. Em detrimento do tempo de espera de um casal "convencional".

Depois eu dou a minha opinião sobre a adopção de crianças por casais homossexuais ou singulares.

Avelino Anonimus

Ps Em primeiro lugar façam o favor de ir ao cerne da questão relativo á adopção. Depois falem de casos laterais. Ou os casais a que se chamam de convencionais, não têm direito de ver os seus casos em primeiro lugar esclarecidos?
Carro á frente dos bois?"

Caro Anónimus,

A diferença entre tu e eu, é que para mim, não há diferença entre candidatos, para mim, depois de aprovados pela segurança social, todos os candidatos são iguais. Eu não faço diferença entre candidatos singulares e casais, nem entre homossexuais e heterossexuais, porque para mim, desde que saibam amar e educar, todos tem o mesmo valor.

Conheço muitas crianças adoptadas, da adopção nacional, da internacional, brancas, negras, loiras de olhos azuis, mulatas...algumas que foram adoptadas ainda bebés, outras que foram adoptadas já com 10 anos... e sabes uma coisa?, olhando para elas, eu não consigo distinguir os pais, não sei se foram adoptadas pelos casais a que chamas "convencionais", por uma mãe solteira, por um pai corajoso, ou por um casal de gays. O único que consigo distinguir em todos eles é a enorme alegria e felicidade porconhecerem amor e carinho.

Alguns dos melhores e mais ponderados pais e mães que conheço são pais e mães solteiras, as únicas pessoas que conheço que adoptaram crianças com sida, são singulares.., Curiosamente não conheço nenhum dos teus casais "convencionais" que tenha adoptado uma criança seropositiva.

A única pessoa que conheço que adoptou uma criança deficiente, é singular. Não vou por aí a perguntar as preferências sexuais a ninguém, mas tenho a certeza que conheço pessoas que adoptaram e são homossexuais ...e sabes uma coisa, só conheço crianças felizes, crianças amadas, crianças que crescem em paz e harmonia.

E depois de tudo isto, ainda achas que estou a falar de casos colaterais?

Quanto ao resto das questões, este blog acaba de fazer 4 anos, tem 1217 posts, a tag adopção tem 121 entradas, 10% dos posts são sobre adopção, tenho a certeza absoluta que não encontras nenhum outro sitio na internet portuguesa onde se tenha debatido e defendido mais a adopção que aqui.... se isso não é ir ao cerne da questão... ninguém vai.

 

Jorge Soares

publicado às 22:15

Desbordado e deprimido

por Jorge Soares, em 07.02.11

A politica portuguesa é um labirinto

 

Hoje faz exactamente um ano que voltei daquela semana em Cabo Verde, desde esse dia disse a mim mesmo que ia tentar viver a vida de uma forma mais positiva e até certo ponto consegui. Para isso contribuiu a alegria contagiante da minha filha, os dois meses que passei em casa com ela de licença parental, afinal, mesmo para quem não costuma sonhar o realizar de um sonho, o cumprimento de um desejo, o alcançar uma meta é sempre um momento marcante, um ponto de viragem.

 

Confesso que hoje me sinto desbordado, e até certo ponto, deprimido. Desbordado porque é completamente impossível responder a 60 comentários, não há paciência nem cabeça fria que aguente, o problema de ser bloguer amador e ainda por cima nocturno, é que não dá para responder na hora e a quente, durante o dia eu estava a trabalhar e à medida que me iam chegando os comentários eu ia ficando deprimido, juro.

 

A meio da tarde a P. brincava comigo, que desde quando eu tinha passado a pertencer á esquerda radical sem lhe dizer nada... que se isso não daria direito a divórcio. Ela acha que ando longe, muito longe da esquerda radical... eu também acho.

 

Eu tenho 42 anos, nasci antes do 25 de Abril, sei como eram as coisas, em minha casa nunca faltou o pão, a broa era amassada com a farinha do milho plantado no quintal,  havia o galinheiro e a casa do porco, mas comia-se carne de vaca duas vezes por ano, no entrudo e no dia de São Lourenço, padroeiro do lugar.

 

Considero-me uma pessoa instruída, mas isso só foi possível porque os meus pais decidiram que ou emigravam, ou os filhos saiam directos do ensino obrigatório  para a fábrica aprender um oficio. Era assim que eram as coisas nos 70's.

 

Peço desculpa desde já, não quero ofender ninguém, mas que alguém pergunte o que nos deixou de positivo o 25 de Abril, a mim irrita-me profundamente, qualquer tentativa de comparação entre o nível de vida actual com a que existia antes do 25 de Abril, só pode ser brincadeira e só pode vir de alguém que na altura era um privilegiado do sistema.. só pode.

 

A intenção do meu post era chamar a atenção para a incoerência entre a forma como foi recebida a música dos Deolinda e o que acontece nas urnas, para o facto de sermos um povo que fala, fala, mas na hora da verdade, não somos capazes de ir mais além..de mudar... não era, nem podia ser um chamado a votar à esquerda ou à direita.

 

Os problemas deste país não se resumem a uma questão de esquerda ou de direita, são sobretudo uma questão de termos políticos com credibilidade ou não, de termos pessoas com capacidade ou não e sobretudo, de querermos mudar as coisas ou não... eu quero!... mas tenho sérias dúvidas que a generalidade dos portugueses queira.

 

Jorge Soares

publicado às 22:43

as crianças e a institucionalização

 

Imagem de aqui

 

A maior parte de nós acha que escrever num blog é deitar palavras ao vento, que escrevemos para nós, que ninguém se interessa por aquilo que dizemos, eu há muito que percebi que isso não é verdade e tomei consciência que aquilo que aqui digo é lido por muita gente. Todos os dias há mais de 400 pessoas que por aqui passam, imagino que a maioria o fará com indiferença, vem ao engano trazido pelo google, entra mudo e sai calado, sem deixar marcas da sua passagem, mas entre todos esses há sempre alguém que encontra o que procurava e que o leva consigo.

 

O ter essa noção faz com que eu tenha algum cuidado com o que digo e como o digo, não sou dono da verdade e nem tenho pretensão de o ser. Na terça eu demorei imenso a pegar na escrita, cheguei inclusivamente a desistir e a pegar noutro assunto, mas voltei ao inicio, eu tinha que falar daquilo. Tentei que o post se cingisse áquele caso, à noticia, sem generalizar e tocando apenas nos pontos que me pareciam importantes e mais relevantes, porque sei que este é um tema muito controverso. Sem ir mais longe, na passada Sexta Feira estive em Braga reunido com uma série de pessoas  para discutir o assunto, em que falámos de casos, tentamos perceber como retirar ideias para que os processos sejam mais simples, mais claros, mais rápidos e com menos sofrimento para as crianças. Mesmo com todos os cuidados do mundo, há sempre quem não queira ver o mundo mais além do que conhece ou já viu..e foi isso que aconteceu nos comentários.

 

Há algo que gostaria de deixar esclarecido, até porque há mentiras que de tanto serem repetidas correm o risco de se tornarem verdade, ser pobre não é doença nenhuma, há muitíssima gente neste país que é pobre e de uma honestidade e nobreza a toda prova. Muitíssima gente que é pobre e cuida dos seus filhos com muito mais carinho e dedicação que a maioria dos abastados, ser pobre não é delito nem é evidentemente motivo para se retirar uma criança a ninguém. A mim irrita-me solenemente quando as pessoas gritam a todo pulmão que lhes estão a retirar os filhos porque são pobres... utilizar a pobreza como arma de arremesso é para além de triste, uma injustiça para quem é pobre e vive feliz apesar disso.

 

Como diz a Cristina no seu comentário a disfuncionalidade das familias surge muito frequentemente associada a situações de pobreza, estando a duas situações interligadas. Por esta razão a maioria das crianças em risco ou institucionalizadas virá, julgo eu (não tenho dados para o afirmar), de agregados familiares mais pobres.

 

Infelizmente em Portugal temos uma enorme tendência para generalizar, confundimos muito facilmente a árvore com a floresta e achamos que porque já vimos um caso, já vimos todos... nada mais longe da verdade. Existem em Portugal mais de 10000 crianças em acolhimento, cada uma delas terá a sua história e cada uma delas é diferente de todas as outras. Entre todas estas haverá algumas injustiças?.. é claro que sim,.. mas é precisamente contra estas injustiças que eu e outras pessoas tentamos lutar... e não é deitando casos cá para fora como se fossem verdades absolutas que se resolve nada.. estamos a falar da vida de muitas crianças, eu sou o primeiro a dizer que há muitas coisas erradas no sistema, se não fosse assim não existiriam 10000 crianças em instituições, estariam todas com alguém que lhes desse amor e protegesse.. mas é o sistema que temos e o que há a fazer é lutar para que seja melhor.

 

Para terminar..e para vermos como casos há muitos, deixo este e este e este .

 

Jorge Soares

publicado às 21:47

Está aí alguém?...

por Jorge Soares, em 06.08.09

 os bebes não são eléctricos

 

Há coisas na blogosfera que me intrigam, esta imagem do Bartoon chegou-me por mail hoje de manhã, como tenho por principio não fazer posts desde o emprego, enviei o post por mail,  dei uma olhadela rápida, vi que aparecia e voltei à dura realidade..... no mês de Agosto ficam os nabos todos e só aparecem problemas entre o teclado e a cadeira.

 

Por volta da hora do almoço tinha um comentário da Rosa e presumi que estava tudo bem, por acaso estranhei que mais ninguém disse nada, até porque o nível de visitas estava relativamente normal para o mês de Agosto.

 

Há pouco fui ao blog e para surpresa minha a imagem não estava a aparecer, vá lá a gente perceber porquê, de vez em quando acontece, há imagens que simplesmente não querem colaborar, esta é uma destas. Depois de mais de dois anos, já mais ou menos aprendi os truques todos e consigo dar a volta ao assunto, mas há algo que me fica atravessado.... 

 

Durante o dia mais de 200 pessoas pessoas passaram por aqui, imagino que a maioria chegou por puro acaso e como entrou saiu, mas quero acreditar que uma pequena parte veio cá de propósito, pessoas que me conhecem, que até costumam comentar.... é pá.. porque raios é que ninguém me avisou?

 

 

Eu até percebo que muita gente se inibe de comentar os assuntos mais polémicos, afinal eu tenho mau feitio e tudo, há muito boa gente que quando a coisa vai para o lado do polémico, simplesmente prefere não comentar, o que é uma pena, porque ninguém é dono da verdade e eu muito menos, e já mais que uma vez que alguém me fez olhar para as coisas com outros olhos e é da troca de ideias que se faz luz, mas custava alguma coisa dizerem-me que o raio do cartoon não estava a aparecer?

 

Será que já está tudo de férias?... está aí alguém?

 

Jorge Soares

publicado às 22:39

Ainda o Algarve e o livro de reclamações

por Jorge Soares, em 16.04.09

Praia da Rocha, Portimão

 

Uma das coisas engraçadas dos Blogs dos SAPO, é que estão ligados com o SAPO noticias, isto faz com que cada vez que a malta escreve algo sobre um concelho qualquer do país, durante umas horas o post aparece listado na página do SAPO noticias de esse concelho.

 

Quando eu no outro dia escrevi aquele post sobre o livro de reclamações no café em Portimão, eu sabia que o post ia aparecer na página dos Sapo Noticias de Portimão, ou seja, aqui. E também sabia que havia alguma probabilidade de que alguém de Portimão viesse cá parar ... o que evidentemente não me impediu de contar o que se passou nem de emitir a minha opinião. A coisa foi em Portimão, mas podia ter sido em Faro, em Lisboa,  em Bragança ou no Porto... eu tinha feito o mesmo e da mesma maneira.

 

Nada me move contra o Algarve ou os Algarvios, sou sim contra o mau serviço e a falta de profissionalismo e tenho por norma reclamar os meus direitos quando sinto que estão a ser escamoteados, como foi o caso. Pelos vistos há pessoas que quando são mal servidas se limitam a virar as costas e a não voltar ao sitio, cada um é como é, eu não sou assim, porque se eu me limitar a virar as costas, como alguém sugeriu, o que vai acontecer é que tudo vai continuar da mesma forma, ou seja, mal.

 

Eu não reclamo por capricho ou mau feitio, reclamo porque acho que todos temos direito a receber um serviço de qualidade pelo dinheiro que pagamos,,,, e só reclamando e exigindo os nossos direitos podemos fazer com que as coisas melhorem. A si Teresa Sena, o conselho que lhe dou é que quando voltar a Setúbal e for mal servida, faça como eu, reclame.. talvez assim quando lá voltar as coisas não sejam tão más.

 

O Algarve é uma região que vive principalmente do Turismo e os turistas só voltam se forem bem servidos, e isso é válido para todos os turistas, estrangeiros e Portugueses..e nesse sentido falta muito por fazer. No Sábado à noite fui jantar a um restaurante no Carvoeiro, a historia dava para um post com algum humor, talvez um destes dias, hoje só vou referir que o comportamento dos empregados foi de tal ordem que  pela primeira vez em muito tempo vi pessoas levantarem-se das mesas e irem-se embora sem consumirem, e eram estrangeiras, para não falar de outras pessoas nem se chegaram a sentar e se foram embora ao serem ignorados completamente..e não, o restaurante não estava cheio. E nós só não nos fomos embora porque estávamos com  duas crianças esfomeadas e já tínhamos comido as entradas.

 

Não nos vamos enganar, o maior problema do Algarve é a falta de profissionalismo nos serviços, um empregado de restaurante que vira as costas aos clientes e os deixa a falar sozinhos a meio do pedido é um mau profissional, o mesmo empregado que fica chateado com o colega porque este atendeu uma mesa e o mostra de tal modo que este se despede na hora, é um mau profissional... e isto é verdade no Algarve, em Aveiro ou em qualquer lugar do mundo.  

 

Que me lembre nunca tinha apagado um comentário neste blog... há sempre uma primeira vez para tudo na vida, o blog é dos leitores e todas as opiniões são bem vindas, mas o insulto fácil e a má educação eu não tolero. O blog vai permanecer com os comentários anónimos moderados....  e já agora, recordo que em todos os comentários é guardado o IP do computador de onde foi feito.. se não sabem o que é e para que serve, investiguem.

 

Jorge Soares

PS:Imagem minha

PS2:Como devem imaginar, este post vai aparecer no sapo noticias de muitas cidades...foi de propósito

 

publicado às 22:14

Meninos do Mundo

por Jorge Soares, em 15.04.09

Adopção internacional

 

Conheci a Maria João há uns 4 ou 5 anos no primeiro encontro nacional de adopção aqui em Setúbal, ela foi a precursora da adopção internacional em Portugal, foi ela que desbravou os caminhos, naquele dia ela contou a sua saga, toda a luta necessária para poder ter as suas filhas. Havia mais de cem pessoas na sala e lembro-me que dei por mim a olhar à volta e ver uma grande parte a chorar.

 

A Maria João é uma lutadora, uma daquelas raras pessoas que tem o dom de fazer as coisas acontecerem. É ela a mentora da associação Meninos do Mundo (Adopção Internacional) e é em grande parte responsável pela existência da Missão criança.

 

Hoje é a Maria João que fala aqui, vou copiar um comentário que ela deixou no meu post sobre a Madonna e a adopção, o post de hoje é teu amiga, obrigado por existires e por ser como és.

 

De Maria João a 10 de Abril de 2009 às 18:47
 

Conheço muito bem a adopção internacional. Travei uma grande luta em Portugal há quase 10 anos, adoptei a minha primeira filha no âmbito da adopção internacional e continuei a lutar. Dois anos depois adoptei a minha segunda filha, também internacionalmente.


Foram meses de avaliação e mais outro tanto tempo de espera. Pela minha segunda filha esperei 1 ano e meio. Não me meti num avião certo dia e voltei passados 3 dias.

 

Concordo em pleno com a Margarida: nós (quem adopta internacionalmente) somos os primeiros responsáveis para que a adopção internacional seja olhada como um bem para os milhões de crianças no Mundo e não como um meio de tráfico de crianças.

ADOPÇÃO INTERNACIONAL, SIM. TRÁFICO DE CRIANÇAS, NÃO.

 

Conheço muito da adopção internacional, conheço quem tenha adoptado em Cabo Verde, Timor, Brasil, Macau, Tailândia, Polinésia Francesa e Vietname. Tudo processos com respeito pela legalidade mas muitos haverão por esse mundo fora que não respeitaram os trâmites legais, claro.

 

A adopção internacional é uma resposta a milhões de crianças que, como diz o Jorge, se não formos nós dos países desenvolvidos jamais serão adoptadas.

 

A adopção internacional é um bem para muitos Meninos do Mundo e por isso luto, lado a lado com outras pessoas, por uma adopção internacional séria e digna, na qual os mecanismos de controle da legalidade são uma necessidade.

 

Quem passou por um processo de adopção internacional sente na pele e impotência de nada poder fazer perante a fome, a doença e o abandono de muitas crianças nos países em desenvolvimento. Vamos buscar uma mas muitas ficam para trás. Percebo que quando se fale de adopção internacional, o tráfico seja o problema que vem à cabeça das pessoas, em geral, mas a adopção internacional encerra em si muitas outras questões.

A adopção internacional desperta consciências ou deveria despertar. Quem passa por um processo de adopção internacional nunca mais é a mesma pessoa. Em certos países, e não muito longe de nós, morrem crianças por abandono e negligência que acabam por ser comidas pelas moscas.

 

Num Mundo sério todos os Estados se empenhariam em proteger os Meninos do Mundo e garantir-lhes a possibilidade de adopção, criando sérios controles ao tráfico de crianças mas ao mesmo tempo investindo na adopção internacional, permitindo, assim, aos milhões de meninos espalhados pelo mundo uma vida digna conforme vem estabelecido na Declaração dos Direitos da Criança.

 

Como diz o Jorge, na dúvida opte-se pela criança, sim é verdade. O mundo seria um mundo bem melhor se os Estados assumissem a adopção internacional como um bem para milhões de crianças.

 

Julgo que foi o Pedro que falou em outros "Mundos". Grande verdade, Pedro. Outros Mundos que passam completamente ao nosso lado, que não temos consciência deles mas eles existem e todos fazem parte deste nosso Mundo, o Planeta Terra!!!!!!!

Controles de legalidade internos, acordos bilaterais, acompanhamento em período de pré-adopção e se necessário pós-adopção mas dêem às crianças do Mundo inteiro a oportunidade de VIVEREM...porque muitas delas, simplesmente morrem...COMIDAS PELAS MOSCAS...
(
www.meninosdomundo.org)

Maria João

 

Uma criança é uma criança em qualquer parte do mundo!

 

Ps:Imagem retirada da internet

publicado às 21:30

Veneza

 

Ando há uns tempos a pensar escrever um post sobre o meu casamento, aliás, acho que dava para vários posts...., não, não houve mortos, descansem..... mas fica para outro dia.... mas é de casamentos que vou falar hoje.

 

Uma das coisas que mais gosto do blog, é que vou conhecendo pessoas fantásticas, pessoas com histórias de vida ricas e recheadas e que à medida que eu vou deixando bocadinhos de mim, me vão retribuindo com bocadinhos delas..... e no meio disto tudo, há momentos mágicos, senão vejamos. Em resposta ao meu post sobre as viagens de sonho...  disse  a dona Flor o seguinte:

 

  • "Levem-me para qualquer lugar e digam-me na hora para onde vou, isso é que era um lugar e uma viagem de sonho!!!
    Beijinho e que os teus sonhos sejam concretizados."

 

Ora lá está, uma resposta 5 estrelas de uma pessoa prática.... Hoje a meio da tarde, a Eugénia  em resposta a este comentário, deixou esta pérola:

 

  • Já me aconteceu!!!!!
    Quando soube que estáva grávida, o meu marido (na altura namorado(????))ficou maluco!!! No dia seguinte(numa 3ª feira) telefonou-me e perguntou-me se eu poderia no fds seguinte tirar mais uns dias para irmos "dar uma volta". No sábado "obrigou-me" a levantar cedíssimo e estranhei quando telefonou a pedir um táxi... aeroporto... Fila de check-in...Roma (só soube ali!!!). Dois dias em Roma e depois... Veneza. Fui pedida em casamento numa noite numa esplanada na Praça de S. Marcos, ao som de uma pequena orquestra de violinos, com o meu marido de joelhos com um cartaz na mão "CASA COMIGO" e com um lindo anel de noivado...
    Digam lá que não foi bonito????? Mesmo á filme!
  • Ah e depois de me ter conseguido convencer (não foi fácil!!!) fomos passear de gôndola...

 

Ora lá está, desafio qualquer um a dizer que conseguia imaginar um pedido de casamento mais incrivel e bem preparado que este!....  Vá digam lá que não foi bonito? Minhas senhoras.... roam-se de inveja... que já não fazem homens assim! ...e contra mim falo.... que nem me lembro de ter feito o pedido!

 

Alguém tem um pedido mais romântico e original que este?

 

Jorge

PS:Eugénia, desculpa... mas não resisti :-)

 

 

publicado às 21:44


Ó pra mim!

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