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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem de aqui
Eu costumo dizer que a adopção é um acto de egoísmo, não adoptamos para ajudar crianças, adoptamos pelo nosso desejo de ser pais, mas como tudo na vida há excepções, há quem vá muito mais além e o faça com o desejo puro de ajudar.
Jeane e Paul Briggs são um casal norte-americano e para além dos seus cinco filhos biológicos, já adoptaram mais 31 (????!!!!) crianças um pouco por todo o mundo.
Tudo começou em 1985 quando Jeane teve um aborto espontâneo e decidiu que queria ser família de acolhimento, confrontada com as burocracias do processo americano esteve quase a desistir, até que descobriu que num orfanato mexicano havia um menino cego e com várias lesões corporais e cerebrais devido a uma agressão.
Depois de ver a fotografia do menino, a família apresentou-se no orfanato disposta a adoptá-lo, e desta forma, Abraham foi a primeira de muitas outras crianças um pouco por todo o mundo que viram a sua vida mudada devido à boa vontade e desejo de amar desta peculiar família.
Entre as crianças adoptadas em vários países há algumas com Lábio leporino, escolioses, problemas renais, com cancro, poliomielites ou doenças cardíacas. Tudo crianças que à partida estão postas de parte entre as opções da grande maioria dos candidatos à adopção e é precisamente isso que faz correr Jeanne e Paul, o saber que se não forem eles, dificilmente alguma destas crianças terá alguma vez algo próximo a uma família.
É evidente que uma família deste tamanho custa muito dinheiro a albergar e a manter, mas com a ajuda da empresa em que Paul trabalha e com muito amor e carinho, tudo é possível, incluindo a adopção de mais crianças, e há dois gémeos do Gana que foram abandonados à nascença que já estão a caminho dos Estados Unidos.
Ler as noticias sobre esta família e escrever este post fizeram-me sentir mesmo pequenino, 35 filhos.... e pensar que cá em casa dificilmente damos conta de três....
Jorge Soares