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A adopção como forma de vida

por Jorge Soares, em 04.01.15

umafamiliade29.jpg

 

Imagem de aqui 

 

Eu costumo dizer que a adopção é um acto de egoísmo, não adoptamos para ajudar crianças, adoptamos pelo nosso desejo de ser pais, mas como tudo na vida há excepções, há quem vá muito mais além e o faça com o desejo puro de ajudar.

 

Jeane e Paul Briggs são um casal norte-americano e para além dos seus cinco filhos biológicos, já adoptaram mais 31 (????!!!!) crianças um pouco por todo o mundo.

 

Tudo começou em 1985 quando Jeane teve um aborto espontâneo e decidiu que queria ser família de acolhimento, confrontada com as burocracias do processo americano esteve quase a desistir, até que descobriu que num orfanato mexicano havia um menino cego e com várias lesões corporais e cerebrais devido a uma agressão.

 

Depois de ver a fotografia do menino, a família apresentou-se no orfanato disposta a adoptá-lo, e desta forma, Abraham foi a primeira de muitas outras crianças um pouco por todo o mundo que viram a sua vida mudada devido à boa vontade e desejo de amar desta peculiar família.

 

Entre as crianças adoptadas em vários países há algumas com Lábio leporino, escolioses, problemas renais, com cancro, poliomielites ou doenças cardíacas. Tudo crianças que à partida estão postas de parte entre as opções da grande maioria dos candidatos à adopção e é precisamente isso que faz correr Jeanne e Paul, o saber que se não forem eles, dificilmente alguma destas crianças terá alguma vez  algo próximo a uma família.

 

É evidente que uma família deste tamanho custa muito dinheiro a albergar e a manter, mas com a ajuda da empresa em que Paul trabalha  e com muito amor e carinho, tudo é possível, incluindo a adopção de mais crianças, e há dois gémeos do Gana que foram abandonados à nascença que já estão a caminho dos Estados Unidos.

 

Ler as noticias sobre esta família e escrever este post fizeram-me sentir mesmo pequenino, 35 filhos.... e pensar que cá em casa dificilmente damos conta de três....

 

Jorge Soares

publicado às 21:33


7 comentários

De Anónimo a 04.01.2015 às 23:58

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De Jorge Soares a 06.01.2015 às 22:55

Paulo, tem direito à sua opinião e a não concordar comigo, não sei quantas pessoas conhece que tenham adoptado, eu conheço algumas incluindo-me a mim, e todas as que conheço adoptaram pelo desejo de ser pais, não pela vontade de ajudar as criancinhas... a adopção não é nem pode ser um acto de caridade.

Adoptar é simplesmente ter um filho, é preciso ter alguma estrutura psicológica, é verdade, não é fácil ver de um dia para o outro entrar-nos pela casa dentro um perfeito estranho, mas o meu coração é exactamente igual ao de qualquer outro pai.. e eu já adoptei duas vezes...

Mas concordo que se devia debater mais as consequências dos tratamentos de infertilidade, que muitas vezes são arrasadores a nível físico e principalmente psicológico.

Jorge Soares

De Anónimo a 07.01.2015 às 09:20

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De Cris a 05.01.2015 às 08:23

Realmente, é muito filho! É preciso um coração enorme e a coragem que só mesmo os grandes corações têm!
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De Jorge Soares a 06.01.2015 às 22:57

Eu acho que é necessária muita coragem, muita disponibilidade mental, física, e sobretudo económica, alimentar 30 pessoas não é para todos...

Jorge
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De mãe de coração a 05.01.2015 às 12:03

é verdade Jorge, na maioria dos casos a adopção é um acto egoísta, o meu foi, sem duvida, um acto egoísta. Queria uma família onde fossemos mais de dois, queria uma família que não terminasse em mim ou no meu marido, queria um/a filh@. E não é também o caso dos pais biológicos? A procriação não é, em parte, um acto egoísta?
No caso deste casal também acredito que haja algum egoísmo. Ninguém dá apenas por dar, ainda que inconsciente a verdade é que a alegria que nos dá ajudar alguém é no fundo um desejo egoísta, o de nos sentirmos bem, de sermos úteis.
E todos os 30 e muitos actos egoístas desta família são de louvar. Admiro a capacidade que têm de "serem egoístas"! (se é que me fiz entender)
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De Jorge Soares a 06.01.2015 às 23:00

É mesmo isso, queremos uma família para nós.. o meu ponto de vista serve muitas vezes para fazer de contraponto para aquelas pessoas que acham que quem adopta é por caridade e para ajudar as criancinhas... a adopção não é, nem pode ser nada disso.

Mas concordo completamente com o seu ponto de vista.

Jorge Soares

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