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tsipras.jpg

 

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Já é definitiva a vitória do Syriza nas eleições Gregas, ainda há algumas duvidas sobre se terá ou não a maioria absoluta, faltam-lhe dois deputados, mas  de uma coisa não restam duvidas, há um claro virar de página e um arrumar dos partidos  tradicionais que levaram o país ao descalabro económico.

 

O discurso de vitória de Alexis Tsipras foi muito claro, a Grécia vai deixar a austeridade para trás, mas havia mais promessas de ruptura com o passado recente e com as imposições da Troika, nomeadamente e entre outras coisas: contratar os funcionários públicos que foram despedidos, repor os cortes de salários e pensões, aumentar o valor do subsídio de desemprego e do salário mínimo nacional... para além da renegociação da dívida pública.

 

Resta saber se e como tudo isto será possível, apesar de que o governo actual garante que a Grécia saiu da crise, a realidade parece estar muito longe disso, com um programa de assistência que termina no fim de Fevereiro e uma dívida publica que apesar de já ter sido renegociada é superior a 150% do PIB, será muito difícil senão impossível que a Grécia por si só e sem a ajuda da Troika, consiga seguir em frente.

 

A saída do Euro foi deixada cair pelo Syriza durante a campanha eleitoral, ao manter-se dentro da moeda única há metas e medidas que obrigatoriamente tem que ser cumpridas e que de certeza impedirão que seja possível cumprir com a maioria das promessas eleitorais de Tsipras.

 

O novo governo grego terá sim ou sim que negociar com Bruxelas e os restantes parceiros da Troika,  desde o meu ponto de vista o primeiro a negociar são os valores e/ou os prazos de pagamento da enorme dívida pública, não há forma nenhuma de levar em frente o que foi prometido durante a campanha eleitoral e continuar a pagar juros e divida ... e isso vai ter que ser aceite pela Grécia e pela Troika, vão ter que haver cedências sim ou sim de parte a parte.

 

Existe claro a alternativa de simplesmente deixar de pagar, sair do Euro e tentar seguir em frente, mas como se consegue isso sem dinheiro? 

 

Esta vitória do Syriza criou uma enorme expectativa não só na Grécia mas também nos restantes países do Sul da Europa que vêem ali um exemplo a seguir, os próximos tempos dirão se é mesmo possível mudar  o rumo.

 

Eu espero que sim, para ver se de uma vez por todos poro cá também se passa a creditar que há mais vida para além de PS, PSD e CDS.

 

Jorge Soares

publicado às 23:16


8 comentários

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De naterradosplatanos a 26.01.2015 às 15:47

"Wait and see" Jorge,
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De Jorge Soares a 26.01.2015 às 23:22

Pois, mas começou bem, um governo formado por uma coligação de partidos da extrema esquerda e um partido nacionalista da extrema direita.... fazem-se apostas.

Jorge
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De Cris a 26.01.2015 às 18:15

Hummm, eu acho essa promessa de sair do euro que caiu ainda se vai levantar outra vez.
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De Jorge Soares a 26.01.2015 às 23:23

Não me parece, o custo da saída do Euro era sempre muito superior ao de ficar, a vantagem de se poder fabricar dinheiro não compensa o facto de se ficar sozinho com a mão estendida não se sabe bem a quem.

Jorge
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De Kok a 26.01.2015 às 22:26

Uma coisa é certa (até M. de la Palisse o diria), seja qual for o "caminho" eles vão-se ver gregos para alcançarem a meta.
Porque os europeus "donos do €uro" não vão facilitar. É interessante saber que o governo irlandês felicitou o sr. Tsipras (é assim que se escreve?), e o comentãrio de Passos Coelho foi (+ ou - isto): as pessoas devem pagar as suas dívidas.
Há aquele provérbio: quanto mais te abaixas mais o cu te aparece!
Palavras para quê? É um 1º ministro português...
1 abraço pah!
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De Jorge Soares a 26.01.2015 às 23:25

E tu estavas à espera que Passos Coelho fosse honesto neste caso? isso não é possível.

Abraço
Jorge
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De golimix a 27.01.2015 às 11:42

Ó Jorge mas tu achas que Portugal algum dia vai votar difefente?

Vai sonhando....

Portugal não quer ser diferente, prefere antes ver-se grego ao fim do mês para
pagar as contas, enfiar ao bolso o que pode à escondidas, não ter noção do que é a cidadania,... enfim homem, ser Português cá dentro e bom trabalhador lá fora.

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