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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem do Público
Foi há um ano que Maria Luís Albuquerque, na altura ministra das finanças do Governo de Passos Coelho, confessou que ganhava 6000 Euros e não lhe chegava para nada (ver aqui). Ora, em Portugal um deputado tem um salário bruto de €3683,42, muito menos que os 6000 Euros que há um ano não chegavam para nada, não é portanto de estranhar que a senhora tenha arranjado um segundo emprego
Pessoalmente acho que os deputados deveriam ser obrigados a ter dedicação exclusiva, eles estão na assembleia da república em representação de quem neles votou e isso deveria ser algo importante, não um emprego que se possa acumular com part-times em escritórios de advogado, empresas de consultadoria, bancos, construtoras ou empresas que vivem dos créditos mal parados de outras empresas e até países.
Governar e legislar são assuntos muito sérios e que não me parece possam ser levados de ânimo leve ou algo que se faça nos tempos livres, afinal, ninguém é obrigado a ser político e muito menos a ser deputado... Se calhar, porque há muita gente que como Maria Albuquerque, acha que são assuntos em part-time, é que o país está como está e tem os governantes que tem.
A Ex. ministra das finanças decidiu que precisava de mais salário e de dar mais utilidade aos seus conhecimentos, consigo entender isso, segundo consta irá juntar qualquer coisa como 5000 Euros brutos ao salário de deputado.... Confesso que fiquei admirado com estes números, em Portugal qualquer director de segunda numa empresa média, ganha mais que isso... mas também é verdade que é só um Part-time.
Imagino que alguém que foi durante anos ministro das finanças não tenha dificuldade em arranjar emprego, por isso custa-me entender que a senhora entre as muitas propostas que lhe terão de certeza chegado, tenha escolhido logo uma que para além de pagar mal, deixa muitas dúvidas sobre algumas questões éticas...
Ou seja, é um daqueles casos em que a mulher de César deveria parecer mais séria, ter mais bom senso, mais respeito por quem a elegeu... e ainda por cima, quanto a mim, é mal paga.
Jorge Soares