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A triste história de Ahsya King

por Jorge Soares, em 10.09.14

Ashya King

 

Imagem de aqui

 

O menino da fotografia chama-se Ahsya King, tem 5 anos e sete irmãos, é inglês e foi-lhe diagnosticado um cancro cerebral. Os médicos ingleses  receitaram quimioterapia ao Ashya para o tratamento da sua doença. Esta terapia é extremamente agressiva até para os adultos e tem efeitos secundários terríveis.

 

Os país de Ashya que são testemunhasde Jeová, depois de muita investigação principalmente na internet tentaram convencer os médicos do hospital a em lugar dos tratamentos com quimio, utilizarem a terapia de protões que se utiliza nos Estados Unidos e em alguns países europeus. Esta terapia é muito menos agressiva mas também é muito mais cara, pelo que não é autorizada pelo sistema de saúde britânica.

 

Ante esta negativa, os pais de Ahsya tiraram o menino do hospital e foram com ele para o sul de Espanha, a ideia era vendar a sua casa perto de Málaga e com o dinheiro obtido, viajar à Republica Checa onde o tratamento com portões custa perto de 20000 Euros.

 

Uma denuncia de rapto por parte do Hospital deu origem a um mandado de captura internacional e os pais de Ahsya foram presos pela policia Espanhola, Ahsya foi internado num hospital do sul de Espanha.

 

Entretanto todo o caso levantou uma enorme polémica na Inglaterra e as autoridades inglesas voltaram atrás na sua decisão de retirar o controlo parental aos pais de Ahsya... Imagino e desejo que entretanto os pais de Ahsya tenham conseguido o dinheiro de que precisavam e nesta altura o menino já esteja a ser tratado na República Checa.

 

Todos este caso levanta uma série de interrogantes, há pouco tempo em Portugal discutia-se se o estado devia ou não comparticipar um medicamento contra a hepatite que é muito caro mas garante a cura total aos doentes. O caso Ahsya não deixa de ser parecido, os hospitais ingleses não desconhecem o tratamento com protões, há na Inglaterra hospitais onde ele é subministrado aos doentes, só que Ahsya teve azar e foi levado para um onde o consideram muito caro e portanto não o utilizam.

 

Por outro lado fica a questão, até que ponto as autoridades de um país podem sobrepor-se aos desejos da família de um doente? Como disse, os pais de Ashya são testemunhas de Jeová, imaginemos que ele precisava de uma transfusão para salvar a sua vida e eram os pais que de acordo com a sua fé religiosa, a impediam, nesse caso as autoridades já podiam sobrepor-se à autoridade parental?

 

Os médicos e as autoridades inglesas consideraram que ao retirar a criança do hospital e viajar com ela para outro país, os pais tinham posto em risco a vida de Ashya já que este precisava de cuidados de saúde permanentes para sobreviver, mas não será licito que os pais queiram o melhor para os seus filhos e lutem por isso?

 

O mais triste da situação é que Ashya e a sua família tiveram de passar por tudo isto porque as autoridades de saúde inglesas, como as de tantos outros países, decidem o que é melhor para os doentes com base em critérios economicistas, na Inglaterra o novo tratamento custa perto de 120 mil Euros, e não no bem estar deles... quantos de nós não teríamos feito o mesmo que fizeram os país de Ashya?

 

Jorge Soares

publicado às 22:10


2 comentários

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De Cris a 11.09.2014 às 01:34

Fez-me lembrar o caso da Safira, embora aqui tenha sido a arrogância ignorante dos médicos portugueses que estava a empatar um tratamento diferente, sabendo, de antemão, que o que queriam aplicar iria ser o mesmo que nada. Se, no caso da criança inglesa, foi por razões economicistas do hospital, acho que os pais fizeram bem em fazer os possíveis para encontrar outro tratamento. E parece que a razão foi essa mesma, porque os ingleses calaram-se muito depressa.
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De energia-a-mais a 11.09.2014 às 18:16

Realmente este caso é algo semelhante ao dos pais da menina Safira. Eu acho que os pais só tomam uma medida extrema destas porque estão no limite da incerteza. Se não tivessem dúvidas, por certo confiariam na terapia sem questionar os médicos. Seja por motivos religiosos, económicos ou outros, muitos pais confrontam, questionam e põem em causa tratamentos médicos, algo que nos dias que correm se torna mais comum pois existe um maior acesso à informação e partilha de conhecimentos, logo os pais estabelecem vários contactos que os alertam para existência de alternativas.
Pena é que sendo a medicina um bem essencial à humanidade, ela não esteja disponível para todos em condições iguais. E que os valores económicos se sobreponham ao valor da Vida é inadmissível!
Espero que o pequeno tenha melhores chances de sobreviver com este tratamento e que possa agradecer aos pais o que fizeram por ele - gosto de finais felizes!

Teresa

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