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Afinal, o que é isso de ser Português?

por Jorge Soares, em 03.02.17

Bandeira

 

Ontem no Parlamento foram discutidas (ver noticia) duas propostas de alteração à lei da nacionalidade, por um lado o Bloco de Esquerda propunha que qualquer pessoa que nasça em Portugal seja Portuguesa sem interessar quem são os seus pais, por outro lado o PSD propunha que os netos de Portugueses sejam portugueses de forma automática nasçam onde nasçam.

 

A proposta do Bloco foi rejeitada por todos os restantes partidos, a do PSD foi aprovada com uma pequena alteração, os candidatos devem falar português e mostrar ligação a Portugal.

 

Alguém me explica porque é que alguém que nasce e vive em Portugal é menos português que outra pessoa qualquer que nasceu e viveu noutro país,  só porque esta tem avós portugueses  e fala Português?

 

Eu vivi 10 anos na Venezuela, a grande maioria dos filhos de portugueses que por lá conheci não falam uma única palavra de português, nunca puseram os pés em Portugal e se lhes perguntarem, dizem com muito orgulho que são Venezuelanos... no entanto, por lei, como filhos de portugueses, tem direito automático à nacionalidade portuguesa... como é que podem ser mais portugueses que alguém que cá nasceu e sempre cá viveu? Que sentido é que isto faz?

 

Depois dizem que não somos xenófobos nem racistas.... pois.

 

Afinal, o que é isso de ser Português?

 

Jorge Soares

 

 

publicado às 10:27


7 comentários

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De juliojorge a 03.02.2017 às 17:29

Essa questão do ser Português é uma grande treta, por exemplo se houver necessidade de defender o país com armas, eu cidadão que não tenho um palmo de terra onde cair morto apesar de ter trabalhado desde miúdo e ter levado uma vida apertada, perante a lei tanta obrigação tenho eu de pegar em armas como outro que nasceu rico dono de meio concelho e que viveu toda a vida á larga á grande e á Francesa, ora na realidade o país é dessas pessoas não é meu nem de pessoas como eu, então essas pessoas é que devem ter a obrigação de pegar em armas, na realidade o país é delas que usufruem desse bem que me é negado a mim, afinal onde está a minha parte de país? assim é fácil de ver que essa coisa de ser cidadão português para muita gente é um grande embuste.
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De aespumadosdias a 04.02.2017 às 09:25

Viva!
Para mim merece ser português quem tenha origens portuguesas e os estrangeiros que vivam cá há alguns anos e falem a nossa língua.
Por exemplo os jogadores brasileiros que tiveram direito à nacionalidade portuguesa por viverem cá há alguns anos e depois se foram embora não mereciam.

Um abraço
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De Ricardo a 04.02.2017 às 16:28

A proposta do BE não foi aprovada porque iria atribuir a nacionalidade portuguesa a todos os que nascessem em Portugal. Isso incluiria os filhos de estrangeiros que, por nascerem cá já teriam acesso à nacionalidade portuguesa.
Quem tem nacionalidade portuguesa não pode ser expulso do país.
Uma criança, filha de pais estrangeiros, mas nascida em Portugal, nunca poderia ser expulsa do nosso país...o que por consequência garantiria aos seus pais (mesmo que cá estivessem em situação irregular) a sua permanência no nosso país pois não se pode separar um menor dos seus pais.

A lei em vigor pretende que se demonstre uma ligação ao país.
Se houver real interesse em aprender a língua portuguesa, em aprender a nossa história e uma real integração na nossa sociedade (não pode bastar o ter um emprego) , então, depois de alguns anos, a nacionalidade é merecida.

O disparatado é ainda estarmos a dar passaportes portugueses àqueles nascidos em Goa, outrora portuguesa, só porque têm avós que nasceram no território quando o território ainda nos pertencia.
Tem que haver mais critério na atribuição da nossa nacionalidade. Não pode ser por pura e simplesmente se ter um antepassado português.
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De Rão Arques a 05.02.2017 às 09:53

Seja onde for, quem fumar mata-ratos ou saiba nadar de prego é português.
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De Pois, a 07.02.2017 às 10:53

Principalmente, ser bom no desenrasca.

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De Anónimo a 08.02.2017 às 13:59

a questao tem a ver com o direito e aquisiçao da nacionalidade, e tem a ver com dois metodos e linguagem esquisita, ius soli ou ius sanguinea, como e logico. a maior parte dos paises consagra o ius sanguinea para os seus cidadaos. ou seja presupoe uma linha de parentesco que abrange nao so os nascidos intra muros mas aqueles que nascidos extra muros e ate um certo grau de parentesco com preenchimento de certos requisitos sao dignos da protecçao de poder ser considerados nacionais, depois ha os criterios de naturalizaçao, mas adiante,e claro que para a esquerdalhada isto de parentesco e lixo a deitar fora. ja o ius soli claro pressupoe o local de nascimento e esse criterio e muito comum no continente americano onde os paises foram fruto da emigraçao e por esse criterio atribuia-se a nacionalidade ao nascer la, era uma maneira de fixar a malta.. claro que a esquerdalhada , e o "wellcome refugees", o devido a crise demografica que a europa atravessa, o que querem e resolver o problema portugues.
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De Joaquim Lúcio Ferreira Neto a 14.04.2017 às 16:42

Pela constituição de 1933, por onde eu aprendi, a nacionalização era pelo "Jus Solis", como configuração contrária, em Espanha era " Jus Sanguinis”. Como curiosidade, poderia haver indivíduos com dupla nacionalidade e indivíduos apátridas. Havia sempre a possibilidade de fazer as correcções em devido tempo.
Presentemente não sei qual o critério da lei portuguesa, nem tenho inveja a quem saiba, com a confusão reinante não sei em que acreditar.

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