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Praxes em Coimbra

 

Imagem de aqui 

 

Vi a noticia no Público e fiquei para além de incrédulo, curioso com  o seguinte:

 

"dux da Universidade de Coimbra, João Luís Jesus, defende que em muitas instituições do ensino superior não há “algo que justifique as suas praxes”, fazendo cópias "com desvios" do que é feito na mais antiga universidade portuguesa. "Noutros sítios, sujam-se os caloiros com lama, ovos ou farinha, quando isso, em Coimbra, é expressamente proibido"

 

Em primeiro lugar a fotografia acima é das praxes em Coimbra, de onde tirei esta há mais do mesmo estilo, sobre aquela parte de não se sujarem os caloiros com lama, ovos ou farinha, estamos conversados.

 

Em segundo lugar fiquei perplexo com as 24 matriculas, em Lisboa no Técnico em que eu andei e noutras universidades que conheço, há algo que se chama prescrição, normalmente os alunos tem que aprovar um certo número de créditos num determinado tempo para se poderem inscrever no ano seguinte, pelos vistos em Coimbra não é assim, caso contrário ninguém conseguiria acumular 24 inscrições...e sim, as dele são seguidas.

 

Fui ao Google e meti o nome do senhor, os dados são públicos e estão ao alcance de quem quiser ver, pelo que não estou a revelar segredo nenhum... e descobri que ele entrou para a universidade em 1989, precisamente o mesmo ano em que eu entrei da primeira vez... vai fazer 25 anos.

 

Ora nestes 25 anos eu tirei de um curso superior e enquanto estudava trabalhava nos tempos livres, arranjei emprego, casei-me, mudei de emprego, tive um filho, adoptei outro, entrei para outra universidade, tirei outro curso superior, adoptei outro filho.... ou seja, passei 25 anos a tentar construir uma vida.

 

Ele é dux e até dá entrevistas para os jornais.

 

Alguém me explica como é que se consegue estar 25 anos na universidade? Evidentemente eu não tenho nada a ver com a vida do senhor, cada um vive como quer e do que quer ... mas 24 matriculas? A sério?

 

Jorge Soares

publicado às 23:27


5 comentários

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De Leamar a 29.01.2014 às 15:18

Sugestão:
E se concentrassem a energia das praxes em algo de útil??? Não é só no riso fácil da "des"graça alheia que reside a boa disposição ou um meio de integração....
Mas isto é só uma opinião de quem foi praxada...e não...não me diverti nada, não me integrei coisa nenhuma...pronto não gostei e por não ter achado graça alguma à dita tradição nunca praxei ninguém. Para mim as tradições já não são o que eram e nem todas deveriam ser mantidas. Contudo não critico que assim se divirta...
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De Cristiana Marques a 29.01.2014 às 23:26

Respondendo à sugestão acima, devo tambem informar que existem praxes de caridade.. é triste verificar que por ter acontecido a lamentável desgraça no Meco, toda a rede social se tem preocupado em focar o lado negativo daquilo que pensam ser praxe. O que aconteceu no Meco não era praxe e deixar-se sujeitar a humilhações muito menos. Toda a gente que integra o mundo da praxe, não é, nem nunca foi obrigado a se sucumbir a ordens de terceiros. Todos têm espirito critico e todos têm o direito a impor limites. A praxe tem espirito integrante, tem como objectivo ajudar os novos alunos a se integrarem no grupo do curso, a conhecerem-se e a confiarem nos outros, e no final do ano académico têm ali uma familia.
Mas não me desviando do assunto, existem sim praxes 'úteis', como refere. Não está a dar nenhuma sugestão, apenas deveria se informar antes de publicar uma critica. Deixo-lhe um exemplo:
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1666485
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De golimix a 30.01.2014 às 21:24

Podem existir sim praxes solidárias, já vi esse raro exemplo. Mas tenha paciência, nos últimos tempos conta-se pelos dedos de uma só mão as praxes que tenham algo de positivo. Já é a terceira cidade com Universidades e Escolas Superiores, incluindo o Porto, em que vivo e garanto-lhe o que o que vi, e ainda vejo, são cenas muito deprimentes. Integração?

A dizer-lhes que são reles caloiros?

E não me venham com Tretas porque dizer "não" às vezes custa caro. A perseguição, sobretudo a psicológica é uma realidade que se esconde. É necessário criar algo, e a querer continuar com está "coisada" das praxes que se evitem situações extremas.

Só para dar um exemplo. Este ano, por aqui, houve uma miúda, uma tal reles caloira, que fracturou uma mão na praxe, e todos os anos há "acidentes".

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De Jorge Soares a 30.01.2014 às 22:43

Amiga... mas como podes ver, isso não são praxes, só as coisas boas que acontecem na recepção aos caloiros é que são praxes.. ... e eles querem mesmo que a malta acredite. Santa paciência

Jorge
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De golimix a 31.01.2014 às 08:48

É que será difícil ver que isto não está a levar um bom rumo?

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