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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem do ABC
Era uma lei que estava em discussão no parlamento inglês desde 2008, foi aprovada hoje por larga maioria, e que vai permitir que a partir de agora possa ser aplicado um novo método de fertilização in vitro que ajudará a combater as doenças genéticas associadas às mitocôndrias. Doenças estas que são transmitidas pela via materna e que afectam uma em cada seis mil e quinhentas crianças.
O novo método de fertilização que foi desenvolvido por cientistas da Universidade de Newcastle, permite conceber bebés utilizando material genético de três pessoas diferentes, passa pela doação de ovócitos de uma mulher com mitocôndrias saudáveis. Primeiro, retira-se do ovócito doado o seu núcleo, onde estão os cromossomas humanos, usando a técnica de microinjecção intracitoplasmática. Neste ovócito (sem o núcleo original mas com as mitocôndrias saudáveis) podem ser introduzidos o núcleo do ovócito da mãe – evitando assim transmitir as suas doenças das mitocôndrias – e o núcleo vindo do espermatozóide do pai.
A criança partilhará na sua maioria o material genético da mãe e do pai, mas terá também uma pequena parte da doadora e será esta parte a que irá garantir que seja saudável e não herde a doença da sua mãe.
Este método irá permitir que muitos casais que evitavam ter filhos devido à presença destes genes na mulher, possam ser pais e ter filhos saudáveis.
Esta decisão do parlamento Inglês é histórica pois o Reino Unido torna-se no primeiro país em que este método é permitido, mas não deixou de estar envolta numa enorme polémica já que as igrejas católicas e anglicanas mostraram-se contra o que eles chamam um método que permite ter "bebés a la carte"
Para mim, controvérsias à parte, qualquer método que ajude a que nasçam mais crianças saudáveis e que permita a mais pessoas cumprir o seu sonho de ser pais será sempre algo muito positivo e bem vindo.
Jorge Soares