Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem do Público
O Rendimento de Cidadania ou ainda Renda Básica, é uma quantia paga em dinheiro incondicionalmente a cada cidadão pertencente a uma determinada região. O valor é distribuído pelo poder público de forma igualitária, não importando o nível social ou disposição para o trabalho de quem recebe. A retribuição garante o direito inalienável de todos usufruírem de uma parte das riquezas produzidas na região. (in Wikipédia)
A primeira vez que ouvi falar deste conceito foi através do Podemos, partido político da esquerda anti-sistema espanhola, esta proposta está entre as linhas mestras do Partido e será de certeza um dos pontos que está neste momento em discussão entre Pablo Iglésias e Pedro Sanches, líder do partido Socialista. com vista à formação de um governo de alternativa de esquerda ao PP do actual primeiro ministro Rajoy.
Traduzindo por miúdos, a Renda básica seria uma quantia a distribuir pelo estado a todos os cidadãos independentemente da situação financeira, familiar ou profissional, e, idealmente, deveria dar para viver de forma digna.
É uma ideia que se encontra em discussão em alguns países e que segundo uma noticia do Público estará prestes a ser aplicada de forma experimental na Finlândia e em algumas cidades da Holanda. Em Macau os gigantescos lucros do jogo são utilizados para algo parecido.
Em Portugal a ideia foi hoje apresentada na assembleia da República pelo Deputado Jorge Silva do PAN.
O conceito não deixa de ser interessante, sobretudo se for levada à letra a parte "deveria dar para viver de forma digna", resta uma questão muito interessante, num país como Portugal,sem petróleo ou outros recursos naturais e sem os lucros do jogo de Macau, como seria possível financiar algo assim?
Ao fim do dia na Antena 1 alguém, não me lembro do nome do senhor, defendia o conceito e a sua aplicação, como forma de financiamento propunha o fim dos paraísos fiscais e o pagamento justo e sério de impostos por empresas e cidadãos. Mesmo que isto fosse possível, não sei se o dinheiro que de aí resultaria seria suficiente para manter a medida e a continuação do estado e das garantias tal como as conhecemos.
Não vou entrar na discussão sobre se uma medida destas faria ou não que as pessoas simplesmente deixassem de se preocupar por ter um emprego e um salário para além do que daqui receberiam, mas não há duvidas que esta medida resolveria muitos dos males que afligem a nossa sociedade....O meu bom senso diz-me que simplesmente é impossível de concretizar.
Com respeito ao PAN, está muito longe de ser o Podemos, assim como Jorge Siva nunca será Pablo e Iglesias, para o bem e para o mal.
Jorge Soares