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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem do Expresso
Foi em Novembro de 2014 aquando da apresentação de uma proposta que propunha a devolução das subvenções a quem tem mais de 12 anos na política, que neste post escrevi o seguinte:
Para quem não se recorda, a subvenção mensal vitalícia é atribuída a membros do Governo, deputados, autarcas e juízes do Tribunal Constitucional sem carreira de magistrados e foi revogada em 2005, com José Sócrates no Governo. No entanto, os titulares de cargos políticos que tivessem completado 12 anos à data da entrada em vigor da lei de Sócrates mantiveram o direito à subvenção.
Desde Janeiro de 2014, o valor destas subvenções passou a estar dependente dos rendimentos do beneficiário e do seu agregado familiar, mediante a apresentação da declaração de IRS. Se o rendimento for superior a 2000 euros (excluindo a subvenção), essa prestação é suspensa. Nas restantes situações fica limitada à diferença entre os 2000 euros e o rendimento (excluindo a subvenção).
A proposta que foi agora apresentada devolve o valor total das subvenções a todos os políticos que estão em condições de a receber.
Gostava de perceber a lógica de pensamento dos senhores que apresentaram a proposta de alteração, o governo nega-se a devolver os salários que foram retirados aos funcionários públicos porque o país não está me condições, o PSD , o CDS e o governo foram unânimes ao criticar o tribunal constitucional quando este proibiu os cortes nos salários que eram inconstitucionais, quer dizer, não há condições para devolver os salários e pensões a quem precisa e a quem trabalhou a vida inteira, mas há dinheiro para devolver pensões vitalícias a quem governou 12 anos? Mas afinal os portugueses não são todos iguais?
Com que lata é que estes senhores pedem sacrifícios aos portugueses quando depois eles são os primeiros a não os fazer?
Hoje ficamos a saber que o tribunal constitucional declarou inconstitucional a norma do orçamento de 2015 que fazia a subvenção depender dos rendimentos e que os deputados a vão receber tenham ou não outras fontes de rendimento.
O pedido de inconstitucionalidade foi assinado por trinta deputados entre os que estava a candidata à presidência da República Maria de Belém Roseira.
Maria de Belém Roseira tem baseado a sua campanha, quase completamente vazia de conteúdos políticos, principalmente na saúde e nos apoios sociais.... com que lata é que ela fala em apoios sociais quando está entre as primeiras que querem dar a quem não precisa para tirar ao resto dos portugueses?
Jorge Soares