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Isabel Jonet

 

 

"Há profissionais da pobreza para quem assistência é forma de vida... que fazem da mendicidade um modo de vida"

 

“em Portugal há aquilo a que chamamos a transmissão intergeracional da pobreza e temos que quebrar essa transmissão”

 

Ela andava calada desde Abril.... bem que podia ter continuado.

 

Um dos problemas de quem vive na rua é que chegam a um ponto em que é muito difícil que voltem a ter a capacidade de terem uma vida estruturada, quanto mais tempo viverem na rua mais difícil será que de lá saiam, há estudos que mostram que assim é e todos os que andam na rua a tentar ajudar estas pessoas, tem consciência disto.

 

Mas isto é evidentemente muito diferente do que pretendeu afirmar Isabel Jonet, o facto de ser difícil retirar as pessoas da rua não significa que estas pessoas se tenham tornado em profissionais da pobreza, significa que o estado e todos nós temos que por um lado nos empenharmos muito mais para podermos efectivamente ajudar estas pessoas a voltarem a ter uma vida digna e por outro lado, melhorar a situação do país para que não haja mais pessoas a irem parar à rua.

 

Não sei onde foi Isabel Jonet buscar os dados para fazer estas afirmações, mas pretender que as pessoas vivem na pobreza porque querem é o cúmulo da insensibilidade e da estupidez.

 

Evidentemente há casos e casos, mas não se pode generalizar, se a pobreza é intergeracional é porque as pessoas não tem condições para dar uma melhor forma de vida aos seus filhos e termina por se entrar num círculo vicioso, não porque tenham escolhido isso como forma de vida, quem não quer o melhor para os seus filhos?, quem é o pai que se poder escolher não dá educação e meios aos seus filhos para que eles tenham uma vida decente?

 

Sinceramente não consigo perceber onde vai a senhora buscar estas ideias, mas ela fazia um enorme favor a si e ao resto do mundo, se estivesse sempre calada é que cada vez que abre a boca sai asneira, as suas palavras são uma enorme falta de respeito pelos milhares de pessoas que não conseguem ter meios para sobreviver sem ser na rua e até para quem os tenta ajudar.. que não me parece de todo que seja o caso dela.

 

É caso para dizer... E porque no te callas?

 

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Jorge Soares

publicado às 21:30


88 comentários

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De Jorge Soares a 13.09.2014 às 19:47

Atenção, eu não estou a dizer que não há ciganos e outras pessoas que recebem os subsídios de forma fraudulenta.. o que estou a dizer é que não se pode generalizar, há sim que denunciar e fazer pressão para que o estado seja mais riguroso no que faz.


Jorge Soares
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De Gaja a 13.09.2014 às 23:11

Jorge, dando uma vista de olhos pelos comentários uma coisa é fácil de perceber: todos os que defendem o ponto de vista da dita senhora contactam ou já contactaram com casos que comprovam as palavras da mesma. Dei aquele exemplo em que de facto não sei de onde vem o dinheiro, mas do céu não deve ser certamente, sendo assim só pode ser roubado. Mas tenho mais exemplos, desde pessoas que recorrem a ajudas alimentares e depois encomendam cozido à portuguesa no café da esquina entre outras. São pessoas que conheço, não li a história num artigo qualquer.
Estes casos existem, ponto. Se seria melhor denunciá-los, talvez tenhas razão, mas que queres, acho que não nasci para fiscal

Ao não teres conhecimentos de casos do género (assim como algumas pessoas, pelo que li) será razão para não te zangares com as palavras da senhora tendo ela contacto diário com esta realidade.

Para ficares com mais ideia do que se passa (só mais uma historinha e já me calo) uma amiga minha, assistente social, contou-me que certa vez uma fulana foi pedir um subsídio para o cavalo "porque sei lááaaaa tá a ver, agora estou com poucos recursos e não sei como vou alimentar o bichinho e a box alugada!!!!!" ahahaha!!!!!

Não, a sério Jorge, vai por mim.....há coisas que não lembram
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De Jorge Soares a 14.09.2014 às 11:43

O problema aqui é que estamos a confundir duas coisas, uma coisa é a fraude, as pessoas que recebem subsídios sem precisar, pessoas que não pagam impostos e tem rendimentos elevados mas que pedem os subsídios na mesma , outra coisa diferente é o que a senhora referiu que são as pessoas que são pobres e fazem disso um modo de vida.

Jorge Soares

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