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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Edgar é uma criança muito desejada e esperada, por motivos que nunca ninguém consegue explicar nem justificar, nunca consegue falar. Numa família que tem como actividade principal a criação de cães, ele rapidamente aprende a linguagem gestual e dispõe-se a enfrentar a vida de uma forma o mais normal possível.
Mesmo sem conseguir falar, Edgar consegue tornar-se um bom treinador para os cães e vive tão feliz como o pode ser uma criança que cresce num mundo rural idílico.
Já adolescente, a chegada à sua vida do seu tio paterno Claude e a morte do seu pai de uma forma que para ele é algo estranha, deixam de pantanas o mundo de Edgar que não voltará a ser igual.
Já o disse várias vezes, não sou um grande fã dos escritores americanos e ainda não foi desta que me converti.
O livro até começa muito bem, a história desenrola-se na América rural e profunda e o autor consegue situar-nos muito bem no espaço temporal e físico, começa por nos contar a história da casa que de certo modo será o centro da acção e a dos personagens principais. Depois, à medida que a historia se vai desenrolando, o livro tem algumas partes chatas e enfadonhas, a certa altura melhora, para voltar a decair ... e termina de uma forma estranha e que a mim pelo menos me decepciona completamente.... não era definitivamente aquele o fim que eu escreveria para esta história... mas o autor não sou eu.
Não deixa de ser um bom livro, que está bem escrito, quem gosta ou se interessa por cães de certeza que pode aprender muitas coisas com ele, a historia podia ser mais fluida, podia ter outro fim... mas não deixa de ser uma boa historia... um livro a ler.
Sinopse:
Mudo desde o nascimento, Edgar Sawtelle se comunica apenas por sinais e bilhetes. Leva uma vida serena com os pais na fazenda da família, em um lugar remoto dos Estados Unidos. Ao longo de gerações, os Sawtelles criaram e treinaram uma raça de cães cujo dedicado companheirismo tem sua síntese em Almondine, a amiga e eterna aliada de Edgar. A volta inesperada de Claude, o tio paterno, leva o caos ao então pacífico lar dos Sawtelles. Após a morte repentina do pai de Edgar, Claude se insinua na vida da fazenda e conquista o afecto da mãe do menino.
Confuso e dominado pelo sofrimento, o rapaz tenta provar que Claude teve algum papel naquela morte, mas esse plano fracassa e se volta contra Edgar, resultando em novas tragédias. Ao fugir para a área florestal nos limites da fazenda, Edgar amadurece em contacto com a vida selvagem, ao lutar pela própria sobrevivência e a dos três jovens cães que o acompanharam. Contudo, a necessidade de apontar e de enfrentar o assassino do pai e a devoção aos cachorros sawtelle fazem o menino voltar para casa.
Jorge Soares