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O Covid19 no Centro de Saúde

por Jorge Soares, em 01.10.20

covid.jpg

Imagem da NET

Há dois dias que a R. se queixava de dores de garganta, dores de garganta não são sintoma, mas queira-se ou não, a primeira ideia é: E se for o vírus? Entretanto ela começou as aulas na faculdade e ontem foi para Lisboa. Hoje de manhã ligou, assustada, além das dores de garganta tinha dores no peito e dificuldade respiratória. 

Dificuldade respiratória é sintoma, como estava a piorar ligou para a linha da saúde 24 e como seria de esperar (ou não), veio a indicação para ir ao centro de saúde fazer a despistagem e se necessário fazer o teste.  Fui busca-la a Lisboa, com a suspeita de COVID estava fora de questão vir de transportes públicos . Avisei a minha entidade patronal e de imediato a empresa marcou  o teste para mim,  e na dúvida, para ela.

Em Setúbal o centro de rastreio funciona entre as 13 e as 18, almoçamos e fomos para lá. É difícil imaginar a confusão que é o exterior de um Centro de saúde na era Covid. Mal entramos na rua não há como perder-se, basta procurar um aglomerado de gente à porta de um edifício. Há umas três ou quatro filas diferentes que convergem para a entrada. Distancia de segurança só se for lá dentro, cá fora é tudo mais ou menos ao molho e (deve ser) fé em Deus. 

Pelo que eu percebi há a fila para quem tem consultas marcadas, outra fila para quem não tem consulta, a fila de quem vem para o Covid e a fila das outras pessoas todas. Há uma porta para o Covid e uma porta para o resto, em cada uma das portas há um segurança a tentar manter a ordem.... como devem imaginar, estes seguranças  tem que ter uma paciência de santo. 

As portas estão uma ao lado da outra, só entra quem vai ser atendido e o resto espera cá fora. Amontoados num pequeno átrio sem manter distancia nenhuma, e as filas estendem-se para a rua. Hoje estava sol, mas nem quero imaginar como vai ser nos dias de chuva. As pessoas, a maioria de idade, chegam cedo para as consultas, são barradas na porta porque só podem entrar pouco tempo antes da hora,  e ficam ali, de pé em frente à  porta, umas encima das outras, confundidas com quem está nas filas, durante o tempo que for preciso.  E ficam ali a esperar no mesmo espaço que quem vem para o despiste do Covid, e com quem ali está à espera para fazer o teste. Querem melhor sitio para se apanhar o Covid que um ambiente destes?

Fez-me confusão a falta de cuidado das pessoas, houve mesmo uma senhora de idade a quem eu tive que lhe dizer duas vezes para colocar a máscara, porque ia para o meio do amontoado de gente em frente à porta sem ela colocada.  Mas fez-me mais confusão o  facto de não haver praticamente indicações nenhumas nas portas, não haver nada a separar as pessoas, não haver regras, não haver cartazes, nada.

Só os dois seguranças  que tentam esclarecer o melhor possível as milhentas dúvidas e questões que se colocam e evitar que as pessoas entrem todas ao mesmo tempo para dentro das portas.

Depois de ver isto, estranho mesmo é como é que ainda não chegamos aos milhares de casos por dia.

O post já vai largo, depois faço outro sobre como foi o atendimento no COVID.

Fiquem bem e cuidem-se do vírus.

Jorge Soares

PS:parece que foi falso alarme.

publicado às 17:45


1 comentário

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De Ana Nápoles a 01.10.2020 às 20:28

Ainda bem que foi falso alarme, que alívio!
Os meus tios de Lisboa, todos com mais de 80 anos, receberam um telefonema do médico de família dizendo que agora só davam consultas pelo telefone, o que lhes fez imensa confusão.
Claro que ninguém quer ir para o Centro de Saúde mas consultas pelo telefone, enfim...

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