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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
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Há quem ache que há alarmismo na forma como tem surgido as noticias sobre o ébola, há inclusivamente médicos que escrevem artigos para os jornais em que pretendem desmistificar tudo isto e contrariar os números e até as directrizes da Organização mundial de saúde, certo mesmo é que a doença avança todos os dias e não chegam noticias da diminuição do número de mortos e infectados.
Quem acha que em Portugal as noticias tem sido exageradas deveria ter atenção ao que se passou ontem no Porto: Alguém que chegou há poucos dias de um país africano dirigiu-se a um hospital privado porque tinha alguns dos sintomas da doença, em lugar de isolar a doente e ligar ao INEM ou ao número disponibilizado para o efeito, mandam-na sair por onde entrou e dirigir-se ao hospital de São João. Bem mandada a senhora sai do hospital e apanha um transporte público para ir para o Hospital público.
Felizmente o contágio da senhora não se confirmou, caso contrário e dado que esta já tinha os sintomas da doença, a esta hora andariam as autoridades do país à procura das pessoas que com ela partilharam os transportes públicos para os colocarem de quarentena.
É verdade que a doença só se transmite por contacto directo com os fluidos da pessoa infectada, mas também é verdade que em alguns estudos já feitos o vírus se manteve activo nos fluidos até 24 horas.
O vírus terá a capacidade de contagio do sarampo e é muito menos contagioso que outras doenças conhecidas, mas também é verdade que na Espanha e nos Estados Unidos profissionais de saúde foram contagiadas apesar de vestirem fatos de protecção e de estarem em contacto com doentes uma ou duas vezes.
Ora se apesar de sabermos tudo isto, em Portugal além de que há hospitais que não isolam os casos suspeitos e ainda os mandam apanhar transportes públicos para se irem tratar, então é porque as noticias não pecam por exagero, pecam sim por defeito... e parece que há hospitais e/ou profissionais da saúde que ainda não perceberam a gravidade da situação.
Jorge Soares
PS: Número de dias sem gritar - 10