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Somos um país bacoco e provinciano

por Jorge Soares, em 07.06.16

descriminação.jpg

 

Imagem do Facebook

 

""Ao fim de 21 anos em cadeira de rodas senti descriminação. Que sentimento horrível!!!

Nunca pensei passar por isto no meus país em 2016 e numa cidade como Lisboa. Fui sair com um grupo de amigos à discoteca Bosq quando chego a porta vi logo que algo se passava quando vejo os seguranças a segredar.Minutos depois dizem que não posso entrar porque a discoteca não tem rampa nem WC!!!

Pedimos para chamar o gerente mas a pessoa tão cobarde que é nem teve coragem de aparecer. Pedimos livro de reclamações mas como não tínhamos entrado não nos deram o livro felizmente tinha amigas lá dentro que puderam escrever.

Como não saímos da porta o segurança diz o consumo para entrar são 300€!!! milagre ao fim de 30 mts a discoteca já tinha rampa e WC!!! E sim o deficiente se pagar já pode entrar. Já frequentei tantos espaços noturnos sem rampas e WC e nunca mas nunca fui tratado de tal forma é triste ser tratado assim dói muito. Mas não são pessoas assim que me deitam abaixo são pequenas e medíocres e essas sim devem se sentir inferiores . Só espero que um dia elas próprias ou alguém da família ou próximo não passe pelo mesmo. Obrigado a todos os meus amigos que estavam comigo e não posso deixar de referir um segurança que falou comigo e compreendeu a minha revolta mas estava a cumprir ordens!!! A essas pessoas digo eu amo viver e não tenho vergonha de ser deficiente e o que não falta é outros espaços noturnos para me divertir. Nem toda a deficiência é visível que grande verdade!!!"

 

Ricardo Antunes

 

Isto foi a semana passada, na mesma semana em que ficamos a saber que algures no norte de Portugal há um hotel que no seu site pede a homossexuais para não fazerem reserva pois pode ser-lhe "vedada a admissão". Dono disse que ele é que decide "quem inclui e quem exclui"

 

Estamos no século XXI mas pelos vistos há quem continue a viver algures a meio do século passado, podemos pensar que no caso do hotel é provincianismo bacoco, mas a discoteca que discrimina deficientes é em Lisboa. 

 

A verdade é que Portugal continua a ser um pais onde a discriminação e o pré-conceito imperam. A constituição diz que ninguém pode ser excluído ou discriminado com base na orientação sexual, o proprietário do hotel decide fazer tábua rasa da mesma e coloca as suas condições bem à vista no site... será vedada a admissão a "adeptos de futebol; frequentadores/adeptos de festivais de música de verão; gays e lésbicas; consumidores de estupefacientes e quaisquer substâncias psicotrópicas." não serão aceites.

 

Curiosa a parte dos adeptos de futebol.... só o Benfica diz ter seis milhões de adeptos, que ficam a saber que não podem passar férias neste hotel.... depois disto espero bem que não queiram!

 

Quanto ao caso da discoteca,  entendo a indignação do Ricardo Antunes, mas quem não foi alguma vez excluído à porta de uma discoteca? A verdade é que as discotecas sempre discriminaram uma parte enorme da população, todo o mundo sabe qual o papel daqueles senhores grandes e musculados que estão à porta destes estabelecimentos... e em muitos casos estes até são agentes da autoridade que à noite fazem part times.. a garantir que se discrimine a torto e a direito.

 

Também há uma lei que impede que isso aconteça, mas alguém alguma vez ouviu falar que se cumpra? O caso do Ricardo só veio chamar a atenção para algo que sempre aconteceu e não é preciso estar numa cadeira de rodas para se ser dicriminado, basta ter o penteado errado. Nas discotecas e bares deste país a discriminação é um desporto que todos se orgulham de praticar.

 

Queremos ser um país desenvolvido, do primeiro mundo, mas depois temos conhecimento destas coisas e percebemos que falta educação, cultura, civismo, solidariedade.... e sem tudo isto, dificilmente passamos de um país bacoco e provinciano... um atraso de vida.

 

Jorge Soares

publicado às 22:18


4 comentários

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De Anónimo a 08.06.2016 às 09:30

no norte existe essa casa de turismo rural privada e nao e um hotel.
Essa e a diferenca

ca estao os temas quentes e escaldantes da esquerdalhada. seria bom que a esquerdalhada educasse a sua fauna que pensa que e tudo dela e so tem direitos e nao deveres, esta sempre que os adeptos de futebol, festivaleiros e demais fauna escaqueiram e destroiem bens publicos e privados assaltando e roubando tudo na sua passagem e assustando incomodando e fazendo com que as outras pessoas nao se sintam bem nem em sossego com essas presencas,fossem obrigados a repor aquilo que os outros destroiem pedindo desculpa aos proprietarios e pagando os estragos.interroguem-se porque os proprietarios preferem deixar de ganhar dinheiro com esses clientes e terem o enxovalho de serem publicitados nos media como descriminadores dessa gente prejudicando assim o proprio negocio. sera o caso? ou compensara ter outro tipo de clientes
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De Jorge Soares a 08.06.2016 às 10:01

Lá está... bacoco e provinciano, para amostra, um botão!

Jorge Soares
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De Anónimo a 08.06.2016 às 10:19

Bacoco e provinciano e quem nao sabe o que e turismo rural e um hotel e acha que uma casa de turismo rural que
tem clientela selecionada de media, alta classe muita dela estrangeira tem que abdicar do seu sossego (porque os putos festivaleiros vindos dos concertos ou outros devido a determinados comportamentos) vem a meio da noite fazer barulho e continuar a festa em casa. Perturbando a paz e sossego. Mas para que explicar isto a esquerdalhada evoluida que acha que so tem direitos e os outros deveres. Podem ladrar a vontade. O unico aspecto em que tem razao e na discoteca. Embora muitos invalidos nao possam dancar devem ter direito ao lazer e diversao
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De Makiavel a 08.06.2016 às 11:11

"(...) clientela selecionada de media, alta classe muita dela estrangeira (...)"

Do seu vómito em forma de escrita conclui-se que não há gays estrangeiros nem da classe média alta.

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