Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem do Público
Haja autarcas e juízes com valor e vai haver muitos políticos a pagar multas ou a pensar muito bem antes de tomar decisões que lesem o estado e as populações.
É uma decisão completamente inédita, Álvaro Santos Pereira, (ainda) ministro da Economia, e Assunção Cristas, ministra do Ambiente, foram condenados pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja a pagar multas diárias de 43,65 euros até que avancem com medidas para garantir a segurança dos que usam a auto-estrada Sines-Beja, cuja construção está parada há meses.
Ambos os ministros em conjunto com o presidente da junta autónoma de estradas e o responsável da empresa concessionária da nova autoestrada, a SPER, foram considerados responsáveis pela paragem das obras da auto-estrada Sines Beja há mais de dois anos e portanto condenados a pagar multa até que os estragos causados pela sua decisão sejam reparados.
Sines é o nosso maior porto comercial, o único de águas profundas preparado para receber os cargueiros da ultima geração, é também um dos nossos maiores pólos industriais, com industrias ligadas à área Química, à refinação e armazenagem de combustíveis e gás. Curiosamente, todo este pólo industrial, não está ligado ao resto do país nem por uma auto-estrada nem por uma linha de caminho de ferro.
As obras na auto-estrada que estava finalmente em construção e com muitas das obras a meio da sua execução, foram paradas em Dezembro de 2011 por dificuldades de financiamento.
Resta-nos a aguardar idêntica medida, mas com multas mais a sério, para quem permitiu a construção de três auto-estradas entre Lisboa e o Porto, que em alguns troços entre Coimbra e o Porto correm paralelas num corredor de menos de 10 kms e das quais duas estão praticamente às moscas.
Infelizmente tudo isto é ainda o resultado de uma política de gastos sem o mínimo planeamento, em que as decisões se tomavam não em beneficio do país e das populações, mas sim em nome de outros interesses.
Jorge Soares