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à espera do Justin Bieber

 

Imagem do Público 

 

A reportagem é de ontem, mas foi hoje durante o dia que eu fui dando por pelo barulho causado por um vídeo que passou na SIC, uma miúda de 15 anos confessou ao repórter que tem 6 tatuagens do Justin Bieber

 

Tenho dois filhos pré adolescentes, a conversa das tatuagens já passou cá por casa mais que uma vez, desde muito pequeno que o N. apanha todas as tatuagens de brincar que pode e não perde uma oportunidade de as colar no corpo. Com mais ou menos explicações, tanto eu como a mãe sempre deixamos claro que enquanto viverem cá em casa e/ou não ganharem o dinheiro deles, não há tatuagens.

 

Ver uma miúda de 15 cheia de orgulho diz que tem 6 tatuagens com referências a um miúdo que ainda esta semana foi noticia pelos piores motivos, faz-me muita confusão.

 

As coisas de que gostamos quando temos 15 anos não tem nada a ver com o que vamos gostar aos 18 e muito menos com o que vamos gostar aos 25, como é que há pais que permitam que estas coisas aconteçam. Daqui a 3 ou 4 anos quando o Justin Bieber não for mais que uma recordação do passado ou no melhor dos casos um artista que não tem nada a ver com o que é hoje, o que fará esta miúda com as tatuagens?

 

Como reagirá ela daqui a 5 ou 6 anos a tudo isto?, quando tiver 21 ou 22 anos e já não gostar do ídolo das criancinhas, ela será capaz de vestir um bikini e ir para a praia mostrar-se e ser a piada de amigas e conhecidas? E como explicará aos futuros namorados que tem o corpo preenchido com o nome de outro?

 

É claro que há sempre a hipótese de pagar uma fortuna para retirar as tatuagens com laser, mas isto era mesmo necessário? Como é que há pais que permitem que isto aconteça?

 

E como é que há pais que permitem que adolescentes entre os 12 e os 16 anos passem dias a dormir ao relento para fazer fila para o concerto? e como é que justificam as faltas às aulas do dia de hoje porque as suas filhas estiveram na fila para o concerto?

 

Sou só eu que acho que estamos a criar (mais) uma geração em que tudo se dá e se permite e que há muita gente que em lugar d edar educação dá mimos e satisfaz todo e qualquer capricho?

 

O vídeo sobre as tatuagens:

 

 

Jorge Soares

publicado às 21:46

 

Violência, é este o futuro do nosso país?

 

Imagem do Público 

 

Não é fácil que algo me deixe sem palavras, confesso que ver isto me deixou sem palavras, há coisas que que são difíceis de entender. O que vemos ali é violência pura, algo que tem todo o ar de ter sido premeditado e pensado com o objectivo de atacar e agredir. O detalhe de haver quem esteja até preparado para filmar é quase macabro e assustador.

 

Ouvi algures que a mãe da agredida não quer apresentar queixa,  e diz o Procurador Geral da República que não tem meios para investigar este tipo de crimes... pelos vistos os jornais têm, o autor do vídeo é identificado por nome e apelido tanto na noticia do Público como na do Expresso, alguém deveria mandar o senhor procurador geral ler os jornais, ou contratar os jornalistas para que investiguem, se calhar este tipo de coisas deixava de estar impune e de se repetir uma e outra vez.

 

Estas coisas devem deixar-nos a pensar sobre a forma como estamos a educar os nossos filhos, sobre o nosso futuro como país. É este o futuro que queremos?, Violência gratuíta divulgada e aplaudida como se de um espectáculo se tratasse?... e se a seguir em lugar das mãos elas decidem utilizar uma arma?, e se a próxima vez morre uma criança?, ou um professor?, ou um pai?

 

Este tipo de coisas não deve nem pode passar impune, a mensagem que se passa ali é forte e má demais para que possa passar impune, se queremos pensar num futuro melhor para nós e para os nossos filhos, não podemos simplesmente tolerar que este tipo de coisas aconteça.

 

Acho que está na altura de nós, como pais, como responsáveis pela educação de toda uma geração, comecemos a pensar o que estamos a fazer de errado, porque não tenham dúvida, a culpa é nossa, não é de mais ninguém. Hoje eles não respeitam os professores porque já não respeitam os pais e amanhã não vão respeitar ninguém.

 

 

Jorge Soares 

Update: Entretanto parece que afinal apareceram os meios, foram todos identificados, esperemos que não se perca nos meandros da justiça

publicado às 22:19

12 adolescentes dão à luz por dia. alguém falou de educação sexual?

Imagem do Público

 

 

A noticia é do Público, e diz que em média 12 adolescentes (mulheres entre os 11 e os 19 anos) dão à luz por dia e que Portugal é um dos países da Europa em que a taxa de gravidez em adolescentes é mais alta. Porque será que estamos quase sempre no pelotão da frente das coisas más e no de trás nas coisas positivas?

 

Dados como estes mostram como apesar de as coisas melhorarem, ainda estamos muito longe do que é necessário ao nível da educação sexual nas nossas escolas,  vivemos numa época em que os jovens acordam muito cedo para a sexualidade, é necessário que estejam devidamente esclarecidos e conscientes dos perigos inerentes a uma vida sexual sem regras e sem controlo.  É claro que o papel de educar e formar começa em primeiro lugar em casa, mas é um papel de que a escola não se deve demitir.. e a julgar por estes números, algo está a falhar.

 

Jorge Soares

publicado às 13:24

adopção, pais angustiados

Imagem de aqui

 

Há uns tempos dois episódios com filhos de amigos do mundo da adopção tinham trazido à baila o assunto, era algo em que queria pegar, mas é muito complicado, até porque a maioria das pessoas que eu conheço e que adoptou, tem filhos pequenos e está longe de chegar a essa etapa.

 

Hoje um comentário no nós adoptamos acordou-me definitivamente para o assunto, foi deixado por alguém que assinou Marta e diz o seguinte:

"ola, sou adoptada e gostava de conhecer os meus paie biologicos, como e que eu faço"

 

O A. e a M. adoptaram crianças mais velhas, o A. era daqueles que dizia que quando o filho chegasse à idade adulta e caso ele quisesse, o ajudaria a encontrar a sua família biológica, sei que eram palavras que lhe saiam do coração, mas mesmo assim acho que ele não estava preparado quando o filho já adolescente e após um período complicado em casa e na escola, se virou para ele e lhe disse que queria ir procurar a família.

 

No caso da M. aconteceu mesmo e aquele filho que ela tinha adoptado já quase adolescente, deixou a família que o amava e foi em busca daquela outra parte da sua vida de onde em tempos tinha sido resgatado.

 

A maioria das crianças que sabe que foi adoptada tem fases por volta dos  4 ou 5 anos em que quando é castigada ou contrariada diz que vai sair de casa e vai procurar a sua outra família, cá em casa aconteceu mais que uma vez, é a fase do interiorizar a situação e do testar, esticar a corda a ver até onde vai a segurança dos pais. Não é fácil, mas crianças de 5 anos educam-se, elas aprendem que é algo que não as leva a lado nenhum e a coisa passa. Quando estamos a falar de adolescentes é mais complicado, porque por muito que o A. queira ajudar o filho, ele sabe os antecedentes, sabe o porquê de ele ter sido retirado à família biológica e no intimo tem terror do que se possa encontrar, que a vida das pessoas muda, mas nem sempre para melhor.

 

É dos livros que a maioria das pessoas adoptadas mais tarde ou mais cedo que saber de onde vem, o Yo Soy adoptado é um livro que conta as historias de vida de 11 pessoas que foram adoptadas, das 11 só uma não quis saber do seu passado, as restantes quiseram e a maioria foi mesmo à procura desse passado, quem encontrou descobriu que era só isso, passado, não eram dali e para além da curiosidade, não queriam ser, mas só descansaram quando souberam.

 

Eu sou um acérrimo defensor que não se deve mentir às crianças adoptadas, faz parte da vida delas e devem aprender a viver com isso, mas depois de ouvir o A. e a M, as suas angústias e medos, fiquei com sérias dúvidas sobre como e quando deveremos libertar da nossa asa os nossos filhos para que procurem esse outro ninho de onde saíram. Porque o mundo lá fora é duro e até cruel e uma coisa é deixar que alguém encontre as suas origens e o seu caminho, outra muito diferente é deixar que os nossos filhos voltem a um mundo de onde tiveram que ser arrancados muitas vezes  a ferros.

 

Marta, se por acaso alguma vez leres isto, a minha resposta para ti é fala com os teus pais, as pessoas que te adoptaram e te deram o seu amor, são quem em primeiro lugar te podem dar essas respostas e ajudar-te na tua procura.

 

Jorge Soares

publicado às 21:53

O MSN e a nossa consciência como pais

 

Hoje por volta da hora do almoço numa  das séries de investigação criminal do FOX Crime, era investigada a morte de uma adolescente durante uma festa com muita bebida. A investigação levou a levantar o véu sobre as relações de um grupo de jovens, o abuso do álcool, as relações com as famílias, com os adultos, com as novas tecnologias e com as leis.

 

Sou pai de duas crianças que em breve serão adolescentes, no fim dei por mim a pensar no que foi a minha adolescência, há coisas que não mudaram assim tanto desde essa altura, mas há outras que mudaram profundamente...e sinceramente dei por mim preocupado..

 

Tenho o meu MSN publicado no blog, é uma conta que não costumo utilizar normalmente, sou adicionado por muita gente, as pessoas que conheço adiciono na conta que costumo utilizar, as restantes espero que digam algo... e de vez em quando dizem, como expliquei neste post, mas nem sempre tem tanta graça.

 

A semana passada voltou a acontecer, deixei a conta aberta umas horas, a meio da tarde alguém me contactou, depois de um olá a que correspondi,  a segunda pergunta foi "Quantos anos tens?", eu respondi com a verdade, a pessoa não acreditou, pela forma de escrever eu imaginei que não teria mais de 18 anos, bastantes erros ortográficos e muitos k's pelo meio. Decidi dar conversa, perguntou de onde era e se não tinha uma fotografia, eu disse que sim, ela perguntou porque não a colocava para ela ver. Decidi perguntar-lhe a idade, 15 anos. Não me conseguiu explicar onde tinha arranjado o meu endereço de MSN, insistiu na fotografia dei-lhe o endereço do perfil do SAPO e disse que fosse lá ver.. ela foi, a seguir disse adeus.

 

É a  segunda vez que isto me acontece, em ambas as ocasiões eram miúdas e mostravam uma fotografia, em ambas as ocasiões insistiram em saber onde é que eu estava, e na fotografia, uma era do Algarve, a outra dos arredores de LIsboa.

 

Hoje, depois de ver a série, com miúdos mortos, pais presos, futuros perdidos, lembrei-me das duas miúdas, e em quem seria o próximo com quem tentaram contactar pelo MSN.

 

Costumo achar um exagero quando se fala dos perigos da internet, a internet não é perigosa, o perigo vem da inconsciência de quem está por trás do teclado... e se calhar, da nossa inconsciência que como pais não damos a atenção suficiente ao mundo dos nossos filhos.

 

Jorge Soares

 

publicado às 21:50


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