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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Fui a Arraiolos com o o José Palma e os amigos do Moove num fim de semana de Outono e de pandemia, num grupo pequeno (éramos 12) e que se dividiu em 3 grupos de 4 como mandam as regras da DGS.
O objectivo era percorrer o Percurso PR1 de Arraiolos, aproximadamente 8 Kms por entre paisagem Alentejana, à volta da Vila e sempre com o Castelo à vista. Nós fizemos 11 Kms porque partimos da Praça do município, no centro da Vila e incluímos uma passagem pelo Castelo, que estranhamente não faz parte do percurso marcado.
É um percurso fácil, curto, que incluí uma parte de estrada, uma parte pela antiga linha de comboio agora convertida em ecopista e uma parte em estradão por entre sobreiros, Oliveiras e Carvalhos. Está bem sinalizado e é circular, ainda que não ficou muito claro onde começa e finaliza, nós começamos e terminamos na praça do Município.
O percurso marcado inicia-se à saída de Arraiolos em direcção à pequena Aldeia de Ilhas, segue pela estrada até à Aldeia e atravessa-a, depois segue estradão por entre pastagens com animais, quintas e bosque até à ecopista.
Seguem-se 3 ou 4 kms pela ecopista com passagem pela antiga estação de caminho de Ferro de Arraiolos. A ecopista que conta com cerca de 20 kms entre Évora e Arraiolos, é o que resta do Ramal de Mora, uma linha de caminhos de Ferro que ligava Évora a Mora e que esteve em funcionamento de 1907 até 1987.
O percurso incluí a passagem pela antiga estação de Arraiolos, decorre entre campos nesta altura já pintalgados pelo Outono, sempre com vistas maravilhosas para a Vila, o Castelo e a fantástica paisagem Alentejana.
A saída da ecopista é para um estradão com um portão que adverte para a presença de animais soltos, há que ter o cuidado de deixar o portão fechado. Os únicos animais que vimos nesta parte do percurso foram os peixes na barragem do Divor. O percurso contorna a barragem por entre um montado de Sobreiros e velhas azinheiras.
Fazendo neste sentido, o percurso termina no final de uma subida inclinada que nos leva de volta à Vila, mas podem sempre fazer no sentido contrário e aí começa numa descida que leva à barragem :-)
De volta ao ponto de partida, abancamos numa esplanada, de novo 4 por mesa para cumprir as normas da DGS em tempo de pandemia e como não podia deixar de ser, dedicamos-nos a apreciar outra das maravilhas do Alentejo, a gastronomia.
Dizem as más línguas que na realidade nós não vamos para caminhar..... mas caminhamos sempre e nunca deixa de haver companheirismo, amizade e boa disposição.
Podem encontrar a ficha técnica do percurso aqui: PR1 Arraiolos
Fiquem bem e cuidem-se do vírus.
Jorge Soares
Imagem do Público
Estava a ler a reportagem no Público Online, o relato era o de Dário, um Romeno que veio parar à apanha da Azeitona algures perto de Serpa, há medida que ia lendo só me conseguia lembrar do romance de Ferreira de Castro, A Selva, trocávamos a Azeitona pela Borracha e o Alentejo pela Amazónia e podíamos a estar a ler a mesma história. A diferença é que a Selva foi produto da imaginação do escritor de Ossela e a história de Dário é bem real e passou-se não no Brasil do século XIX e sim no Portugal da comunidade Europeia e em pleno século XXI.
Mas a história de Dário não é a única, há também a da Paulo Brito, um jovem Português de Penafiel que em 2008 foi levado para Espanha e obrigado a trabalhar durante meses a troco de ameaças e agressões.
E haverá de certeza muitas mais histórias como estas, vivemos na época da informação, na época da comunicação, mas também numa época em que a necessidade e o desespero fazem muita gente partir à procura de melhores condições e cada vez mais, nem tudo o que luz é ouro.
Portugal foi pioneiro na abolição da escravatura, foi a 12 de Fevereiro de 1761, mas pelos vistos ainda não passou o tempo suficiente e estas coisas continuam a acontecer.
A noticia não diz, mas era bom que se soubesse quem está por trás de tudo isto, quem são os patrões das herdades onde em Portugal em pleno século XXI se tratam seres humanos desta forma e já agora qual a marca ou marcas de azeite que por lá são produzidas... ainda que isso pouco signifique, afinal é nestas condições que na China, no Bangladesh e noutros locais, são produzidas muitas das roupas e gadgets que tanto se venderam neste natal e não me parece que o mundo as deixe de comprar por isso.
Deixo aqui as palavras de Dário, para reflexão de todos nós:
“Se virmos num dicionário, o escravo existiu sempre e hoje existe. O escravo não tem nenhum direito, tem direito a viver e a trabalhar. Não tem nada mesmo. ‘Escravatura’ é uma palavra feia mas está na moda. Agora que já fui vítima, percebi o que é ser escravo. Hoje pratica-se escravatura em todo o mundo, pratica-se escravatura dos velhos tempos. Estamos em 2013, no século XXI, dizemos que somos europeus mas uma parte de nós são escravos.”
Jorge Soares
Imagem minha do Momentos e Olhares
Pusemos tanto azul nessa distância
ancorada em incerta claridade
e ficamos nas paredes do vento
a escorrer para tudo o que ele invade.
Pusemos tantas flores nas horas breves
que secam folhas nas árvores dos dedos.
E ficámos cingidos nas estátuas
a morder-nos na carne dum segredo.
Natália Correia - de Poemas (1955)
O Sado, o Rio Azul
Setúbal, Junho de 2010
Jorge Soares
Imagem minha do Momentos e Olhares
Prezo-me de conhecer e de gostar muito do meu país, não há muitos recantos deste rectângulo à beira mar plantado onde eu não tenha estado, Portugal é um país cheio de coisas para ver e conhecer, cheio de gente simpática empreendedora e que sabe receber... como o que é bom é para ser partilhado, acho que de vez em quando vou passar a partilhar aqui. O fim de semana passado, aproveitámos a disponibilidade dos avós para ficarem com as crias e fomos passar um fim de semana ao Alentejo.
Évora é uma cidade tipicamente Alentejana, com uma parte antiga muito bem preservada, cheia de lugares e recantos para visitar e conhecer. É uma cidade para se conhecer a pé, andando por ruas e travessas, com calma, paciência e sem pressas. E foi isso que fizemos, deixamo-nos perder pelos empedrados das velhas ruas e ruelas aproveitando a excelência do tempo primaveril.
Há bastante que ver na cidade, igrejas, monumentos e museus, nós não íamos nesse espírito, ficamo-nos mesmo por ruas e praças, e claro, pela fantástica gastronomia, principalmente eu que tirei a barriga de misérias dos pratos alentejanos: Pezinhos de coentrada no Sábado ao Almoço, um ensopado de borrego delicioso ao Jantar e umas migas de porco no Domingo... tudo bem regado com tinto Alentejano. Come-se muito bem, ainda que não seja precisamente dos sítios mais baratos em que já estive.
Ao contrário da baixa de Setúbal onde praticamente restam as lojas dos chineses, o centro de Évora está cheio de vida, não faltam as lojas de marca que convivem com muito comércio tradicional, cafés e esplanadas.
No Domingo e já de passagem para Portalegre para ir buscar as crias, ainda deu para passar, conhecer e visitar, Arraiolos e Evoramonte.
Por fim, uma palavra para o lugar onde ficamos, a Albergaria do Calvário, para além da excelente localização dentro das muralhas da cidade, do excelente quarto e do ambiente e decoração fantásticas, deve ter sido o lugar com o pessoal mais simpático, amável e prestável em que já estive. Todos muitos jovens e de uma simpatia e disponibilidade fantásticos.
Jorge Soares
Ontem a meio da tarde o aspecto da praia do Carvalhal era o que se vê ali na fotografia, calor, a água a uma temperatura que nem no verão é normal por estas bandas, a praia cheia, os dois restaurantes cheios durante toda a tarde e até ao pôr do sol.
Saimos de casa por volta da hora do almoço, o objectivo era apanhar o Ferry Boat e ir fazer um picnic já no Alentejo junto à praia, a fila de carros para apanhar o barco já chegava até ao Jardim da Beira Mar, pelo que foi necessário mudar de planos e ir à volta pela estrada.
Chegados ao Carvalhal o parque de estacionamento estava completamente cheio e a praia era um mar de guarda sois... foi uma tarde de praia como deve ser, só faltaram mesmo as bolas de berlim (alô vendedores de bolas de berlim, estão a perder a melhor parte do verão)
Pena que com a praia cheia não existam nesta altura nadadores salvavidas, felizmente o mar estava muito calmo e propicio ao banho sem grandes perigos.
Como os dias são curtos voltamos a Setúbal já era noite cerrada, esta vez pelo barco, mas tendo em conta que são quase 20 Euros pelo carro mais a família numerosa, fiquei a pensar se não tinha sido mais inteligente e mais barato voltar pela estrada.
Já estive a olhar para o site da metereologia, este fim de semana há mais... e viva o verão em Outubro
Jorge Soares
Tínhamos marcado o fim de semana em São Pedro de Moel, 6 adultos e 8 crianças em 3 Bungalows, entre os feriados, a chuva e o frio, os outros foram desistindo e nós decidimos que talvez para sul o tempo fosse menos agreste. Apesar da crise, do mau tempo e dos mais de cem Euros por noite por um bungalow, foi difícil encontrar vagas, em Junho o Alentejo já está cheio. Finalmente conseguimos encontrar uma vaga no Parque de Campismo de São Miguel, na fronteira entre o Alentejo e o Algarve, bem perto de Odeceixe.
Os bungalows são bastante agradáveis, estão colocados entre os pinheiros e numa zona separada do parque, como estão bastante separados uns dos outros, são o ideal para quem quer passar um fim de semana em paz e sossego. Pessoalmente estranhei a falta de uma televisão, mas de resto são cómodos e funcionais.
Quanto ao parque de campismo em si, pareceu-me minimamente organizado, tem uma excelente piscina, é a da fotografia, e estruturas de apoio que incluem supermercado, restaurante, bar, pizaria e sala de jogos.
Um facto curioso, é que aparentemente em todo o parque só há uma televisão, que é ligada às 20 horas para quem quer ver o telejornal, às 21 dá um filme infantil e às 22 um filme para todas as idades. Assim à primeira vista, parece positivo, afinal eu quando acampo é para estar longe do mundo,... mas em época de mundial de futebol, um parque de campismo que fica a 2 ou 3 kms da povoação mais próxima e onde não se podem ver os jogos.... Nós chegamos no dia do primeiro jogo da Inglaterra, na recepção estava para entrar um casal inglês.. evidentemente quando perceberam que não iam poder ver o jogo... decidiram ir procurar outro poiso...
Ponto positivo, para além dos bungalows, não vi estruturas permanentes, é um parque de campismo para se ir acampar, o ponto negativo é que a praia mais próxima é a de Odeceixe, que fica a uns 5 ou 6 kms e não é precisamente das minhas preferidas no Alentejo... aliás, já nem é no Alentejo, Odeceixe já é Algarve.
Achei o preço dos bungalows caro, 107 Euros por noite é caro, mas fiquei muito bem impressionado com o parque e de certeza que vamos lá voltar ... mas para acampar mesmo, de tenda.
Por certo, o site na internet, aqui, muito parecido com a maioria dos sites de campings espanhóis, deve ser o menos intuitivo e funcional que alguma vez vi.. e olhem que eu já vi muitos.
Jorge Soares
O tema já não é nada actual, mas não o vou deixar passar, principalmente porque este fim de semana lembrei-me do senhor presidente e das suas palavras, que foram:
“Os portugueses devem fazer turismo no seu próprio país. é uma ajuda preciosa para ultrapassar a situação difícil em que o país se encontra. Turismo no estrangeiro significa importações de serviços e consequentemente agravamento da dívida externa de Portugal, que é um dos nossos maiores problemas”
Não vou discutir aqui se ele deveria ou não ter tiradas destas, só de pensar que o primeiro ministro britânico ou o amigo Zapatero tenham uma tirada destas, dá-me arrepios na espinha... mas pronto, estamos em pré campanha e estas coisas caem bem. O que eu queria discutir aqui é se devemos ou não dar ouvidos ao senhor.
Este fim de semana voltei ao Alentejo, vejamos em que condições fazemos turismo em Portugal. Não sei se já repararam, mas o Alentejo é caro que se farta, qualquer turismo de habitação médio custa muito mais de cem Euros por noite e com 3 crianças... a alternativa era tentar os bungalows dos parques de campismo. Custam quase o mesmo dos turismos de habitação.. e mesmo assim foi difícil arranjar vagas.
No Domingo passamos pela praia, é verdade que poderia ter escolhido outra, mas aquela era próxima e estava bem assinalada na estrada. Lá chegados o que verificamos: Um bar de praia que funciona a gerador e que não tem água corrente, uma praia com bastante gente mas que apesar de ter um bar e portanto um concessionário, não é vigiada. No fim paguei um euro por um café... e vim-me embora, ali não havia condições.
É bonito querermos passar férias em Portugal, mas é preciso ver se o país nos dá condições para tal. É claro que o cenário que descrevo não é o geral, há excelentes praias na costa alentejana.. mas é verdade que o Alentejo é muito caro, é difícil arranjar alojamento e há muito por fazer para ser uma região que atraia as pessoas.
Mas falemos das férias em si, orgulho-me de conhecer o país todo, de norte a sul, de Sagres a Bragança, por norma tenho férias repartidas sendo que os 15 dias de Agosto são quase sempre a acampar... e no verão acampar com o mínimo de condições é no estrangeiro. 99% dos parques de campismo deste país não cumprem as normas, a maior parte do tempo são uma espécie de bairro de lata formado por caravanas às quais as pessoas vão juntando coisas até que se convertem numa casa de férias barata. No verão estão superlotados e sem as condições mínimas para acampar. No pouco espaço que resta do bairro de caravanas amontoam-se as tendas em qualquer espaço livre, sem regras e sem o mínimo respeito por quem está à volta. Basta passar a fronteira e tudo isto muda como por arte de magia, em Espanha as normas cumprem-se, as entradas são limitadas, o espaço é respeitado..e não há bairros de caravanas nos parques... porque o espaço é para acampar.
Meus senhores, não basta pedir aos Portugueses que passem férias em Portugal, é preciso primeiro ver se há condições para isso. Não se pode pedir aos portugueses que passem férias cá quando fica mais barato ir às Caraibas, ou ao Sul de Espanha.. e já nem vou falar do profissionalismo e da forma de atender que encontramos por cá... disso já falei aqui e aqui
Mas foi engraçado perceber que todos os nossos politicos vão passar férias por cá... pelo menos foi isso que disseram na televisão... Pois, está bem.
Jorge Soares
Imagem minha do Momentos e olhares
Que me lembre, nunca se falou por cá de campismo... o que é no mínimo estranho, dado que todos os anos pelo menos 15 dias das minhas férias são a acampar... vamos ver se a partir de agora o tema se torna mais ou menos recorrente.
A imagem que a maioria das pessoas em Portugal têm do campismo tem a ver com filas para a casa de banho, tendas amontoadas em qualquer espaço livre, calor, barulho e poeira.... não os culpo, a maioria acampa só no Verão e escolhe parques de praia. A imagem que eu tenho do campismo não tem nada a ver com isto. Também é verdade que no verão nunca acampo em Portugal..e basta passar a fronteira para que as coisas sejam diferentes, muito diferentes. Em Portugal só acampamos fora da época balnear e mesmo assim, em parques muito bem escolhidos e com um minimo de condições.
No ultimo mês estivemos em dois parques do Alentejo, o Zmar Eco Resort, na Zambujeira do mar e o Parque de campismo da Ilha do Pessegueiro, em Porto Covo, não foi bem a acampar, porque em ambos ficamos em Bungalows... A diferença entre ambos é abismal...
O Parque da Ilha do Pessegueiro é um parque típico português, com as caravanas permanentes que dão sempre um ar de bairro de lata, um supermercado que só abre em Junho e muito espaço aberto para montar tendas com vista para o mar... mas sem uma única sombra, o que no Verão do Alentejo deve tornar os dias num inferno quente e poeirento.
O Zmar é um parque de campismo da ultima geração, eu diria que mesmo no estrangeiro nunca encontrei um parque assim; moderno, funcional, organizado. Com uma zona para acampar de tenda com lugares delimitados, mas tal como no da Ilha, sem uma única sombra... os lugares limitados e delimitados, garantem que nunca haverá sobrelotação.. mas no Verão, sem sombras e num lugar seco, árido e até ventoso.. imagino a quantidade de poeira... a mim não me apanham lá. De resto, está mais perto de um resort que de um parque de campismo, tem uma piscina coberta com água quente e ondas, uma exterior de 100 metros, restaurante, supermercado, geladaria, biblioteca, bicicletas para alugar, vários campos de jogos, circuito de manutenção, etc, etc.... Acreditem ou não, a fotografia acima é dentro do parque, tirada da zona dos bungalows para a zona dos campos desportivos de que podemos ver as coberturas lá ao fundo.
Os Bungalows do Zmar são novos e funcionais, os da ilha do Pessegueiro são mais antigos, mas são funcionais na mesma... é claro que o LCD com os canais do cabo e o ar condicionado fazem a diferença... mas também se paga o dobro do preço.
Resumindo, ambos os parques são uma boa alternativa para a Primavera, ou para o Outono, mas no Verão são necessárias sombras que nenhum dos dois tem. O da Ilha do Pessegueiro tem a praia ali perto... mas se queremos uma praia vigiada temos que ir de carro... o Zmar está muito longe da praia.
Jorge Soares
Já não me lembro como é que tudo começou, lembro-me de um dia dar por mim a comprar uma tenda e de passados uns tempos a ter colocado com o resto das coisas no carro e de ter partido para a Galiza num mês de Setembro quente. Eu nunca na vida tinha acampado e nem tal coisa me tinha passado pela cabeça. Desde essa altura já lá vão mais uns 12 anos, que não passo sem os meus períodos longe de tudo e do mundo, sem computador, sem relógio, sem televisão. O único que me une ao mundo é um pequeno rádio de pilhas que mesmo quando estou em Portugal, utilizo para ouvir a Radio Nacional de Espanha ou a Cadena Ser, desde os meus tempos de estudante em que todos os dias adormecia a ouvir El Larguero, que gosto da radio espanhola e dos muitos programas de opinião.
Passei os últimos 5 dias assim, a acampar no Alentejo, longe de tudo e do mundo..., bom, quase. .. por muito longe do mundo que alguém tenha estado, ninguém conseguia escapar ao Cristiano Ronaldo e aos 93 milhões de Euros.... Mesmo longe do mundo eu consegui ouvir meio mundo a dar a sua opinião sobre o assunto ... um dos problemas da costa Alentejana é que fica longe de mais da Espanha para que o meu pequeno rádio de pilhas consiga apanhar as emissoras espanholas, e a maior parte do tempo tive que me contentar com algumas portuguesas... não havia portanto forma de escapar a tantos disparates, pobre país o nosso em que até o presidente da Republica tem opinião sobre uma transferência de um jogador de futebol de um clube inglês para um espanhol.
Mas eu ia falar do Alentejo, acampar em Portugal pode ser uma odisseia, a maioria dos parques está mais próximo de um bairro de lata do que de um parque de campismo, nos países normais as estruturas fixas são proibidas, por cá as pessoas vão tomando posse do espaço ao longo dos anos e só falta mesmo fazerem paredes em volta... é claro que espaço para quem quer acampar, é mentira. Felizmente restam alguns parques onde ainda é possível, e o do Sitava nos arredores de Milfontes é um desses, é claro que há coisas a melhorar.... mas é organizado e limpo...e resta espaço onde montar a tenda.
De resto a costa alentejana é dos lugares mais bonitos de Portugal, praias, paisagem, gente, e esta vez não ouve livro de reclamações nem chatices com o serviço.. só paz, descanso e natureza..... muita natureza.
Jorge
Fotografia minha, retirada de Momentos e olhares