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Pedra a pedra

por Jorge Soares, em 06.08.11

No Castelo de Almourol

Imagem Minha do Momentos e Olhares

 

Pedra a pedra a estrada antiga 
sobe a colina, passa diante 
de musgosos muros e desce 
para nenhum sopé;

 

Do Poema Estrada de Fogo de Fiama Hasse Pais Brandão

 

Castelo de Almourol, Vila Nova da Barquinha,

Setembro de 2010

Jorge Soares

publicado às 12:05

Fatias de cá: Viriato no Castelo de Almourol

por Jorge Soares, em 13.09.10

Viriato

 

Ontem o dia estava quente, quando chegámos a Vila Nova da Barquinha por volta das 16 horas, estavam 36 graus, muito calor, deu para apreciar o belíssimo parque ribeirinho junto ao Tejo... mas só à distância,  sentados à sombra dos enormes plátanos e com um gelado na mão. Ficou a promessa de lá voltarmos noutra altura... menos quente.

A peça só está em cena uma vez por ano, no máximo um ou dois fins de semana de Setembro, este ano foi só uma função.. e foi ontem. O palco não pode ser mais monumental, com o castelo de Almourol e o rio Tejo como pano de fundo,  é baseada num dos meus livros preferidos, A voz dos deuses e fala da nossa história e das nossas origens como povo.

 

Viriato no Castelo de Almourol, Fatias de cá

Se o cenário é grandioso, a representação não lhe fica atrás, são dezenas de actores e figurantes e inclui até a entrada em cena de grupos de cavaleiros a galope.

 

Como todas as obras deste grupo, inclui a participação do público, que é convidado de honra no banquete do casamento do Viriato. Um banquete à imagem dos da época dos romanos, com carne assada no pão, vinho de razoável qualidade e fruta da época, tudo servido pelos mesmos actores e participantes que momentos antes víamos no centro da acção.

 

Dizia alguém que esta será a obra mais grandiosa e mais bem conseguida do grupo, pela historia em si e pela grandiosidade de todo o ambiente que a rodeia, talvez seja, ainda que eu ache que não fica atrás de  O Nome da Rosa de que já falei neste post

 

Ontem e apesar do calor, estava um ambiente fantástico, o facto de a representação ser ao fim do dia dá uma luz mágica à primeira parte, a segunda parte ocorre já noite dentro o que nos permite ver o castelo iluminado por fogos e tochas, algo verdadeiramente inesquecível.

 

Em suma, como todas as peças deste grupo, é algo que vale realmente a pena, porque nos dá a conhecer uma parte importante da nossa história, porque acontece num lugar verdadeiramente mágico e porque a representação é grandiosa.. a não perder.

 

A História do grupo de teatro Fatias de cá retirada do site:

 

O Fatias de Cá (criado em Tomar em 1979) tem 6 centros de produção teatral (Tomar, Barquinha, Chamusca, Constância, Coimbra e Lisboa) enquadrados pelo Fatias de Cá - Mãe. Enquanto Companhia de Teatro, desenvolve projectos de âmbito profissional e amador para o que conta com mais de 100 membros (entre permanentes, regulares e pontuais).

A designação "Fatias de Cá" inspira-se no nome de um doce conventual (Fatias de Tomar) cuja receita pode ser considerada uma metáfora do acto teatral: batem-se as gemas de ovos demoradamente até obterem um aspecto cremoso e uniforme e vão a cozer em banho-maria numa panela especial até ficarem com a consistência do pão que se fatia e frita-se em calda de açúcar.

A opção estética do Fatias de Cá assume três vertentes:

- o património, quer o construído quer o paisagístico, é entendido como um espaço teatral privilegiado tendo em conta o cenário natural que comporta;
- a partilha com o público de um momento de refeição é assumido como uma forma de sociabilização e de concentração no espaço-tempo convocado pelo espectáculo;
- o acto teatral é entendido como um momento que emocione e divirta.

O Fatias de Cá usa como lema uma frase atribuída a Galileu: não resistir a uma ideia nova nem a um vinho velho

 

 

Outras obras do mesmo grupo e de que já aqui falei:

 

O Anel Quebrado na Quinta da Regaleira

 

O Nome da Rosa no convento de Cristo

 

 

Jorge Soares

publicado às 22:12


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