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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem do Público
O militar que se chama Hugo Ernano, matou o jovem durante uma perseguição policial que decorreu após um assalto a uma vacaria. O jovem de 13 anos ia na carrinha junto com o seu pai, que tinha fugido da prisão, e outros dois homens. O militar não sabia da presença do jovem na carrinha e disparou com o único intuíto de deter os assaltantes.
Sandro Lourenço, pai do jovem, foi condenado a dois anos e dez meses de prisão.
Conclusão, o verdadeiro culpado do que aconteceu, a pessoa que levou para um assalto um adolescente, foi condenado uma pena ridicula, e em pouco tempo estará de novo na rua pronto para proseguir com a sua vida dedicada ao crime. O cidadão que estava a cumprir o seu dever de combate ao crime, foi condenado a nove anos de prisão e ficou com a sua vida desfeita.
Depois de uma sentença como esta gostava de perceber para que entregam uma arma de serviço a policias e GNR's? Se numa perseguição policial não é licito que estes as utilizem, quando será? Para que servem as armas das forças de segurança?
Segundo o tribunal, Hugo Ernano agiu de modo “inadequado e desajustado” e que revelou abuso de autoridade. Gostava de perguntar aos juízes o que considerariam eles adequado num caso como este? Deixar os ladrões fugir?
É licito ou não que as forças de segurança utilizem as suas armas para deter criminosos? Se, como parace resultar esta sentença a resposta é não, então para que entregam armas de serviço a polícias e GNR's?
Jorge Soares
Imagem de aqui
De referir que Kristian tem 5 anos e a arma com a que matou a irmã era sua, foi-lhe oferecida como prenda de anos. E não, ninguém foi responsabilizado por isto, o caso foi arquivado dado que foi considerado um acidente.
É evidente que para quem não vive nos Estados Unidos é difícil entender como é que alguém oferece uma arma real a uma criança de cinco anos, como é que se deixa essa criança a brincar com outras crianças com a arma carregada, e é sobretudo muito difícil entender como é que para todo o mundo tudo isto pode parecer tão normal... afinal uma criança de dois anos foi morta a tiro por uma de cinco.
Noticias de acidentes com armas ou de loucos que pegam nelas e começam a disparar indiscriminadamente são frequentes nos Estados Unidos, mas isso não impede que no país continue a existir o culto das armas e que se veja como normal que uma criança tenha uma ou utilize a dos pais.
Como reagirá e a quem culpará esta criança quando crescer e tomar consciência que matou a sua pequena irmã porque alguém teve a irresponsabilidade de lhe dar uma arma para as mãos?
Depois da última matança de crianças numa escola o presidente Obama tentou mudar a lei e dificultar o acesso às armas, mas nem a visão recente de dezenas de crianças brutalmente assassinadas conseguiu vencer os lobbies e a lei foi chumbada, o que será necessário para que as pessoas compreendam que há algo de errado nisto tudo?
Jorge Soares
Imagem do Público
27 mortos, 20 crianças, a mãe, o pai, a namorada, o melhor amigo, Adam Lanza matou todos os que lhe apareceram pela frente... como é que algo assim pode acontecer?
As armas fazem parte da cultura americana, desde a guerra pela independência à guerra de secessão, passando pela conquista aos Índios, toda a história americana foi escrita a ferro e fogo. Se a tudo isto juntarmos uma industria cinematográfica em que a maioria dos heróis constrói as suas carreiras de arma na mão, temos um caldo de cultivo que só pode terminar em episódios como este.
Para nós que observamos tudo isto desde longe não deixa de ser evidente a forma como são tratadas de forma completamente diferente os atentados de cariz politico como o do 11 de Setembro que levaram a que os americanos olhassem para tudo o que vem de fora como uma ameaça evidente, e para os crimes cometidos por americanos, já sejam actos tresloucados como este ou os atentados de Oklahoma.
O pior de tudo isto é que nos Estados Unidos estas coisas repetem-se uma e outra vez, amanhã vamos ter o Obama, o governador do estado, meio mundo.... a lamentar-se e a enviar palavras de conforto às famílias, todo o mundo lamenta, mas na verdade ninguém faz nada para que isto não se repita.
Os Estados Unidos gastam biliões de dólares para evitar (ou provocar) guerras e mortes noutros lugares do mundo, mas fazem o quê para evitar que estas coisas aconteçam no seu quintal?
É verdade que as armas não matam ninguém, quem mata é quem prime o gatilho, mas será que se estas não estivessem sempre à mão este tipo de episódios aconteceria?
Se calhar não seria má ideia que alguém começasse a olhar para tudo isto de uma forma mais racional, o que mais será necessário para que alguém perceba que o que verdadeiramente está por trás de actos como este é a facilidade com que nos Estados Unidos se chega às armas? Quantas mais crianças e inocentes terão que morrer para que eles percebam que há algo errado em tudo isto?
Jorge Soares
Imagem do Facebook
Já aqui falei do assunto, foi a propósito de Breivik , nos Estados Unidos James Holmes, um estudante de medicina de 24 anos, entrou num cinema com um arsenal e a meio do filme desatou a disparar sobre tudo o que mexia, o balanço final fala de 12 mortos e 59 feridos.
Ao contrário do que aconteceu com Breivik, até agora não se conhecem nem antecedentes nem fins políticos no tresloucado acto, mas há algo que salta imediatamente à vista, a facilidade com que se compram armas no estados Unidos, em pouco tempo e sem que alguém levantasse a mínima questão, James comprou uma serie de armas e milhares de munições.
As armas fazem parte da cultura americana, desde a guerra pela independência, à guerra de secessão, passando pela conquista aos Índios, toda a história americana foi escrita a ferro e fogo. Se a tudo isto juntarmos uma industria cinematográfica em que a maioria dos heróis constrói as suas carreiras de arma na mão, temos um caldo de cultivo que só pode terminar em episódios como este.
Para nós que observamos tudo isto desde longe não deixa de ser evidente a forma como são tratadas de forma completamente diferente os atentados de cariz politico como o do 11 de Setembro que levaram a que os americanos olhassem para tudo o que vem de fora como uma ameaça evidente, e para os crimes cometidos por americanos, já sejam actos tresloucados como este ou os atentados de Oklahoma.
Se calhar não seria má ideia que alguém começasse a olhar para tudo isto de uma forma mais racional, o que mais será necessário para que alguém perceba que o que verdadeiramente está por trás de actos como este é a facilidade com que nos Estados Unidos se chega às armas?
Tal como diz a imagem, fosse James um muçulmano e a estas alturas toda a sua familia e amigos estariam presos ou a ser investigados, como é americano, é só mais um acto de um louco.
Jorge Soares