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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem do Público
Começou pela carne de cavalo, depois foi o bacalhau, agora foi o azeite, quando serão as análises à água, ao leite, ... o que se seguirá? A imagem com que ficamos disto tudo é que somos um país contrafeito... longe vai o tempo em que se ia à Feira do relógio ou de Carcavelos para comprar roupa ou malas com os símbolos das marcas... agora parece que basta ir ao hipermercado da esquina para sermos enganados.
Assim de repente parece que viramos um país contrafeito, até agora havia a desculpa que a carne de cavalo era importada da Roménia, o peixe caracol vestido de bacalhau vinha algures do pacífico, mas não há produto mais nacional que o azeite....
Há pouco num dos telejornais o responsável de uma das marcas apanhadas pela Deco a vender óleo por azeite mostrava a sua indignação... curiosamente até agora foi único que vi indignado, o resto do mundo parece que se limita a encolher os ombros.. o facto de uma das marcas mais caras do mercado aparentemente nos estar a impingir óleo vegetal a preço de azeite de primeira qualidade não parece ser um grande problema, aliás, como não pareceu grande problema que vendessem carne de cavalo em lugar de vaca.. ou peixe caracol em lugar de fiel amigo...
Alguém ouviu falar das sanções que resultaram destas fraudes?, alguém sabe se foi encontrado algum responsável pelas fraudes? Não, claro que não, limitamo-nos a ouvir dizer que nada disto constituía um perigo para a saúde... depois basta deixar passar o tempo, o povo tem memória curta e não vai deixar de comprar nos supermercados onde até estava a ser enganado.
Já alguém reparou que em todos os casos publicitados havia marcas dos diferentes hipermercados envolvidas nas fraudes? Que há alguns que foram apanhados em mais que uma fraude? mas isso importa a alguém?
Há muita gente que ainda se queixa da existência da ASAE.. depois disto tudo eu acho que eles pecam sim, mas é por defeito, pelos vistos para não sermos enganados todos os dias, para não virarmos definitivamente um país contrafeito, faz falta muito mais ASAE.
Jorge Soares
Imagem do Público
A questão não era se a carne de cavalo ia aparecer, a questão era quando e onde é que apareceria. O facto de ter demorado tanto tempo, mais de um mês depois do primeiro caso na Inglaterra, só mostra como andamos sempre atrás dos outros... e não, não me refiro à chegada da carne de cavalo aos nossos supermercados, refiro-me ao facto de sermos dos últimos a dar pela coisa... que de certeza que a carne chegou cá ao mesmo tempo, se calhar antes, dos outros países...
A história da carne dos cavalos que morreram na Roménia e terminaram nos pratos da Europa toda é um exemplo quase perfeito do que é a globalização.
Os primeiros exemplares apreendidos eram comercializados nos supermercados ingleses com a marca de de uma multinacional sueca, que contratou uma empresa francesa para cozinhar carne que comprou a uma empresa do Luxemburgo, que a importou através de duas empresas, uma francesa e outra do Chipre, que por sua vez compraram a carne num matadouro Romeno. Era carne de cavalo, nem quero imaginar como será o percurso da carne de vaca que quase de certeza vem da América do Sul.
As autoridades insistem em que não é um problema de saúde pública, será que alguma vez entraram no matadouro Romeno? Ou fazem alguma ideia da origem dos animais que por lá se matam?... Se calhar não era má ideia adoptar-se para os produtos alimentares algumas das normas que se utilizam para os produtos farmacêuticos.. afinal a saúde da que se fala é a mesma, não?
Jorge Soares
Imagem do Público
Desculpem lá a insistência, mas depois de passar o dia a ver comentários no Facebook, nos blogs, nos jornais, na televisão, eu juro que ainda não percebi que raio se está aqui a passar.
As milhentas criticas que se fizeram ao Pingo Doce tem só a ver com o facto de ter sido no dia em que foi, ou há algo mesmo errado com as promoções?
A sério, porque é que as mesmas pessoas que há uns dias atrás batiam palmas e promoviam a caridade de se dar os restos de comida para os pobres, agora estão entre os que atacam mais ferozmente o Pingo Doce porque se atreveu a oferecer 50% do valor das compras? só é permitido dar aos pobres?, é isso?
Há pouco vinha no carro e um anuncio do Dia promovia uma campanha de leve 3 pague dois...ou seja, 33 % de desconto, não é 50, mas não anda longe, há muito que recebo os SMS dos Continente com os dias em que há 50% de desconto em cartão,... exactamente o mesmo que no Pingo doce só que o dinheiro vai parar ao Cartão e servir para outras compras em lugar de ir parar ao bolso. Porque é que nestes casos nunca ouvimos falar de Dumping e de investigações da ASAE?
Eu pensava que as promoções eram fruto da concorrência, que eram práticas comerciais que servem para chamar a atenção dos clientes e como forma de publicidade, afinal parece que agora são coisas más, dignas de investigação por parte da ASAE, e até o governo já fala em criar leis contra elas... eu já não percebo nada disto... mas afinal as promoções não são boas para quem paga menos?
Será que toda esta gente que se fartou de falar de dumping, de margens, de lucros, e de um monte de coisas mais sobre as que não percebem nada mas das que falam como se fossem experts, na próxima vez que forem às compras só vão comprar coisas que não estejam em promoção e vão exigir pagar o preço completo?
A sério, esqueçam lá a parte de ser dia do trabalhador, expliquem-me lá como se eu fosse muito burro, o que é que tem de mal os 50% do Pingo Doce?
Jorge Soares
PS:Por certo, desde ontem o Continente passou de 50 para 75%.. é aproveitar meus senhores antes que a ASAE descubra e vá lá terminar com a promoção.
Imagem minha do Momentos e Olhares
Governo vai arrecadar não sei quantos milhões com a nova taxa alimentar.... aposto que o senhor ali da fotografia não se importa nada com isso.
Quando alguém perguntou à senhora ministra se não éramos todos nós quem ia terminar por pagar a bendita taxa, ela respondeu:
-Espero sinceramente que não!.
Senhora ministra, arranje uma cadeira.
Eu não tenho opinião formada sobre a nova taxa, sou dos que acham que a ASAE e outras autoridades alimentares fazem mesmo falta neste país, mas não tenho a menor duvida, não é o Belmiro, os franceses da Auchan, ou os restantes donos do hipermercados quem vai pagar a porra do imposto, somos todos nós.
Jorge Soares