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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
As imagens que nos entram pela casa dentro são aterradoras: pânico, morte, destruição, bairros inteiros destruídos, escolas e hospitais atacados por tanques de guerra, centenas de mortos, milhares de feridos, milhares e milhares de pessoas em fuga... Pessoas que para além demais não tem para onde fugir, o que era o seu país é neste momento o Estado de Israel e o que resta da Palestina está a pouco e pouco a ser destruído e anexado pelo Exército israelita.
Todos sabemos, porque faz parte da história antiga e da moderna, como tudo isto começou, não sei nem quero saber se a culpa deste novo capítulo que se está a escrever com sangue e morte é do Hamas ou do exército israelita, sei que todo este ódio e violência não levam a lado nenhum, só geram mais ódio que por sua vez irá algures no futuro gerar mais violência e sinceramente não consigo perceber o que ganha Israel com tudo isto.
O que a simples vista me quer parecer é que durante todos os séculos em que viveu sem pátria e disperso pelo mundo, o povo judeu aprendeu muito pouco sobre humanidade, só alguém que não tem memória e consciência do seu passado pode pretender para outros povos o que de muito mal lhe aconteceu a si no passado.
Para além do ódio a condenação e o desprezo de muita gente, o que ganha Israel com toda esta violência desatada?
Jorge Soares
Vídeo: Trying to survive on deserted streets of Gaza - BBC News
Na segunda feira Israel atacou em águas internacionais uma frota de barcos turcos que pretendiam fazer chegar à faixa de Gaza a ajuda que não pode chegar por terra devido ao bloqueio imposto por este país desde há mais de um ano. No ataque, que repito, foi em águas internacionais morreram 9 pessoas e muitas mais ficaram feridas.
Na segunda feira os telejornais dos 4 canais abriram com a noticia do Mourinho a ser apresentado como treinador do Real Madrid, na RTP foram mais de 10 minutos de Mourinho, nem sei se falaram dos barcos e do assalto de Israel, entretanto tinha mudado de canal. Ontem foi dia de jogo da selecção nacional, falou-se de futebol e do fecho das escolas com menos de 21 alunos... e da crise.... dos barcos, de Gaza, dos palestinianos, de todo um povo que sofre, pouco se falou.
Gaza é uma porção de terreno de 45 Kms de comprimento por 10 kms de largura onde desde há 4 gerações vivem 1,4 milhões de Palestinianos, pessoas que foram expulsas das suas terras e casas e confinadas em campos de refugiados. Em Gaza não há espaço para mais nada que para as pessoas, não há vida, não há empregos, não há economia, não há nada, só há miséria humana e raiva.... muita raiva.
Há mais de um ano e a propósito do ultimo ataque israelita em que morreram mais de 700 pessoas, escrevi o seguinte neste post:
Israel sabe que a mudança de presidente nos estados Unidos vai trazer ventos de mudança, a diplomacia Israelita sabe que mais tarde ou mais cedo, Obama vai trazer ventos de mudança que vão fazer abanar muitos equilíbrios precários. Vai daí, e enquanto é tempo, decidiu aproveitar todas as provocações para fazer uma limpeza do terreno antes que seja tarde.
O principal suporte do estado de Israel tem sido os Estados Unidos, só com a protecção do gigante Americano tem sido possível ignorar as dezenas de resoluções da ONU, só com a protecção dos Estados Unidos, Israel pode ignorar a censura do mundo durante tantos anos...e com Obama, mais tarde ou mais cedo, essa protecção vai acabar.
Está visto que eu, e já agora o mundo, esperávamos mais de Obama, para as pessoas da Palestina não mudou nada, Israel continua a fazer o que quer e lhe interessa, hoje as nações unidas condenaram o ataque aos barcos.... imagino que em Israel se devem rir do assunto, assim como desde sempre se riram de todas as resoluções e condenações das nações unidas e do mundo
O bloqueio israelita aos territórios da Palestina dura há mais de um ano, segundo noticia do Público, Israel nega-se a levantar o bloqueio, parece que o mundo, todos nós, decidimos olhar para o lado, até quando?