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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem retirada do Twitter
Definitivamente vivem-se momentos estranhos no Brasil, o twitt da imagem é sobre o que se está a passar nos cinemas deste país nas sessões do filme Bohemian Rapssody de que falei no post de sexta, pelo que tenho lido não é um acto isolado (ver aqui), em muitas sessões o filme é vaiado e os actores são insultados quando o público se apercebe das cenas gays, que diga-se de passagem são bem soft e insinuam muito mais do que mostram.
A orientação sexual de Freddie Mercury é conhecida pelo menos desde a sua morte, pelos vistos o público brasileiro não tinha essa noção e só conhecia o génio musical do líder dos Queen.
Nestas alturas percebemos porque é que 56% votou em alguém como Bolsonaro... e para eles nós é que somos os atrasados.
Prevejo tempos conturbados para quem no Brasil tem mente aberta e já saiu das trevas da idade média.
Jorge Soares
Imagem de aqui
Era noite de Halloween e fui expulso de casa por um bando de universitários... ter filhos (quase) adultos dá nisto, como estava de chuva não dava mesmo para ir caminhar, meti-me no carro e fui ao centro comercial, jantei qualquer coisa e decidi ir ao cinema.
Não fazia a menor ideia dos filmes que estão em cartaz, era o que deus quisesse .... entre o Quebra nozes e um filme de um super herói qualquer, chamou-me a atenção um cartaz com uma imagem do Freddie Mercury "Bohemian rhapsody" ... não pensei duas vezes.
O filme é uma obra de arte onde por entre o intervalo das músicas vamos vendo passar o desenrolar de uma vida. Freddie Mercury era um génio, alguém que vivia fora e longe do seu tempo, tudo isso está ali plasmado. A forma como em conjunto com a banda vai construindo um percurso musical que teima em ser diferente, muitas vezes contra tudo e contra todos, mas sempre com o objectivo de criar algo novo, algo diferente e marcante, está ali explicada de forma magistral.
Percebi pelo que li depois de ver o filme que há muito barulho e polémica à volta dele, que terá demorado mais de 10 anos em estar pronto, terá passado por mais que um director e terminou nas mãos de um senhor que descobriu-se agora é um escroque da pior classe.
A escolha do protagonista também não terá sido fácil, começou por ser Sacha Baron Cohen, depois terá sido Dexter Fletcher e por fim o escolhido foi Rami Malek, do qual eu nunca tinha ouvido falar, mas que para mim, entrou no papel de tal forma que há alturas durante as músicas em que é difícil perceber se é ou não Freddie Mercury quem ali está.
A sequência do Live Aid é brutal, mesmo, de cortar a respiração, eu tenho idade para isso mas confesso que não vi o concerto na altura, ali na sala de cinema senti-me lá, no meio daquela multidão e a vibrar com a entrega dos Queen num momento único e simplesmente fantástico.
Para quem gosta dos Queen, não deixe de ver, para quem gosta de cinema, não deixe de ver, para quem gosta de música, não deixe de ver.... pelo que li é difícil que chegue aos oscars, mas para mim, já ganhou.
Jorge Soares
PS: Não era dos que me sentia incomodado com as pipocas no cinema, passei a ser, num filme que vive entre a música e os diálogos intensos, ter uma senhora atrás de mim que passou o filme a mexer no copo das pipocas e a mastigar que nem uma vaca, irritou-me profundamente.... pronto tenho dito.