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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem do Público
Talvez porque vivi estas coisas em carne própria, talvez porque já senti que os meus filhos podiam estar a passar por isto, o bullying é algo ao que sou muito sensivel. Hoje ao ler no JN online o artigo sobre o suicídio de mais um jovem, não queria acreditar no que estava ali escrito.
Segundo os colegas do Nelson na sexta feira este foi despido ou obrigado a despir-se no recreio da escola, li também algures que não era a primeira vez que este tipo de coisas lhe acontecia, mas Fausto Farinha, director do Agrupamento de Escola Sá de Miranda em Braga onde está integrada a EB 2/3 de Palmeira, desmente a existência de "bulliyng". Segundo o senhor isto são brincadeiras inocentes.
Brincadeira? Que tipo de pessoa é um director de escola que acha que alunos que despem outros e os deixam em cuecas no pátio da escola é uma simples brincadeira? Para este senhor isto não é Bullying, que será necessário para que ele considere Bullying? Arrancar olhos? Deixar os colegas nus e cheios de penas de galinha? Violar um colega? Talvez matar?
É precisamente por termos à frente da escola pessoas com esta mentalidade que jovens como o Nelson se suicidam, que outros se negam a ir para a escola e que muitos outros crescem com medo, traumas e vergonha.
É claro que agora ninguém quer assumir as suas responsabilidades, a escola não sabia de nada, as autoridades não sabiam de nada, como é que ninguém sabia de nada se há colegas que dizem que falaram do assunto com os professores? Como é que o padre da aldeia sabia o que se passava na escola e os responsáveis não sabem de nada?
Bullying são muitas coisas, há muitos tipos de violência e muitos jovens que sofrem todos os dias em silêncio, é responsabilidade das escolas e das autoridades estarem atentas ao assunto, se enterram a cabeça na areia e dizem que tudo não passa de brincadeiras, estão a ser cúmplices de quem maltrata.
Para mim o senhor que diz que o que fizeram ao Nelson foi só uma brincadeira, devia ser acusado de homicidio, será que o senhor tem consciência? Como é que nós pais podemos estar descansados quando entregamos a segurança dos nossos filhos a pessoas como estas?
Jorge Soares
Imagem do Pontos de Vista
Somos um país de contrastes, em Novembro todo o país pode ver como a PSP aguentou estoicamente enquanto um grupo de provocadores lançou pedras durante mais de uma hora. Há pouco na Antena 1, um professor explicava como um grupo de estudantes do secundário foi dispersado com recurso ao gás pimenta porque ao ver a chegada do carro da PSP se juntaram em frente ao portão da escola para evitar que este fosse aberto pelos bombeiros.
No Facebook a PSP tenta justificar o injustificável dizendo que a utilização do gás teve por objectivo evitar a intervenção mais musculada com recurso a bastões e à violência.
Convém recordar que estamos a falar de um encerramento de uma escola a cadeado por parte de alunos do secundário, alunos que teriam entre os 12 e os 15 anos, e que a utilização do gás resultou em seis estudantes feridos, dois dos quais tiveram que ser atendidos no hospital... assim de repente ficamos a pensar o que querem eles dizer com intervenção musculada... se na não musculada resultaram seis feridos....
Fico a pensar, se contra estudantes menores de idade a polícia utiliza gás pimenta, o que será utilizado num protesto a sério como o que vimos na última greve geral? tanques de guerra?
Não vou ao extremo da frase da fotografia, quero acreditar que a nossa democracia está sólida... mas tudo isto dá que pensar.
Jorge Soares
Imagem do Pontos de Vista
É daquelas coisas que julgamos que já não pode acontecer no nosso país, mas acontece, em pleno século XXI, em Celeirós, Braga, um pequeno empresário dirigiu-se ao balcão de um banco para tentar descontar um cheque que acabava de receber, para seu espanto foi posto na rua pelo gerente da agência e obrigado a receber o dinheiro no passeio em frente ao banco devido a que estaria mal vestido.
Não contente com colocar o cliente na rua, o senhor gerente quando lhe foi pedido o livro de reclamações respondeu que só o entregaria depois do senhor ir tomar banho e trocar de roupa.
Não contente com tudo isto, ainda disse que tinha tomado aquelas atitudes porque julgava que o cliente era romeno e quando a GNR o tentou identificar, recusou-se a tal dizendo que se queriam identificar alguém, que identificassem o banco.
O conceito de bem ou mal vestido é evidentemente relativo, haverá de certeza muita gente que devido aos horários que os bancos praticam, vão às agências com a roupa de trabalho. Uma agência bancária não é um clube exclusivo, é um lugar público e de porta aberta, a roupa de trabalho pode não ser a mais agradável à vista, mas é roupa e tirando as mentes mesquinhas de alguns gerentes bancários, não ofende a dignidade de ninguém.
O facto do senhor dizer que tinha procedido dessa forma porque julgava que o cliente era Romeno, é para além de uma enorme discriminação, um acto de xenofobia e racismo...e o racismo é um crime público.
Também não percebo porque é que ante a recusa de entregar o livro de reclamações e de se identificar, a GNR não leva o senhor detido, há tanta gente que termina nos calabouços por coisas bem menos graves que estas.
E há quem ache que não somos um país racista, somos sim, racistas, xenófobos e preconceituosos... e tudo isto com a cumplicidade de quem deve fazer cumprir as leis.
Jorge Soares
Imagem de aqui
Já não sei o que me espanta mais, se a falta de bom senso das pessoas ou o facto de as empresas perderem tempo com coisas destas.
A notícia vem de Braga, no Hospital desta cidade há uma funcionária do departamento de comunicação que entre outras coisas, tem como tarefa periódica a monitorização da internet, leia-se: Facebook, blogs e restantes redes sociais, de modo a compilar tudo o que de bom ou de mau se diga acerca da instituição.
Não é algo assim tão estranho que as empresas se interessem pelo que delas se diz na imprensa, existem inclusivamente ferramentas do Google que servem para isso. O que já não me parece assim tão normal é que entre as pesquisas se encontre o facebook e o que dizem os seus funcionários.
Mas tudo isto só veio a público porque entre o que foi compilado nestas pesquisas estão uma série de comentários pouco abonatórios sobre o Hospital e as suas práticas, feitos por uma das funcionárias num grupo do Facebook destinado a trabalhadores do Hospital.
Convenhamos, já seria mau que a senhora fizesse os comentários no seu Mural do Facebook onde os poderia tornar privados e só acessíveis aos seus contactos, mas faze-los num grupo aberto desta rede social é o cúmulo da falta do bom senso. Como seria de esperar, os comentários não tardaram nada a chegar aos ouvidos dos responsáveis do Hospital que evidentemente não acharam piada nenhuma e a senhora encontra-se sujeita a um processo disciplinar.
Há quem olhe para todo o caso e veja excesso de zelo por parte da instituição e até um ataque à liberdade de expressão, concordo que ir espiolhar o que dizem os funcionários no Facebook pode ser excesso de zelo... mas convenhamos que a atitude da funcionária denota uma enorme falta de bom senso. Falar mal do Hospital e dos seus funcionários num grupo público do facebook é a mesma coisa que o fazer em voz alta num corredor ou numa das salas de espera das instituições e não me parece que alguém esteja para isso.
O Facebook é uma porta aberta a quem quiser entrar, convém que as pessoas tenham consciência disso, o que escrevemos no nosso mural, no dos nossos amigos ou conhecidos ou num dos milhões de grupos que existem é o mesmo que lançar folhas ao vento, nunca sabemos onde irão parar e nunca saberemos se elas serão esquecidas ou mais tarde ou mais cedo utilizadas contra nós.
Portanto, a próxima vez que entrar no seu Facebook, lembre-se: Bom senso, educação e respeito... nunca estarão demais.
Jorge Soares
Imagem de aqui
Não tenho nada contra Espanha ou os Espanhois, aliás, basta ver que é normalmente o meu destino de férias no Verão, acho que nuestros hermanos são um povo muito mais terra a terra que nós, que vivem de uma forma muito mais intensa as suas cidades e as suas tradições, muito senhores de si e da sua cultura.
Nós valorizamos muito menos o que é nosso e temos uma enorme tendência a copiar, muitas coisas, até algumas que não lembram nem ao menino jesus... e dito isto, faço minhas as palavras do Shark, no Charquinho
"Cada um de nós vive em função da conjuntura, da personalidade, da formação pessoal, de uma série de factores que nos distinguem por dentro e por fora, a influência do exterior que nos educa e acaba por nos encaminhar para determinada forma de estar que encaixa ou não nos valores que subscrevemos.
Essa diferença que nos torna únicos não impede que exista uma interacção, o apelo social irresistível que lima as arestas ou fornece os pretextos para ultrapassarmos aquilo que nos distingue e pode, pelo conflito de interesses ou mera incompatibilidade de vivências ou de características, afastar.
Por vezes as tais diferenças podem tornar-se obstáculos incontornáveis, quando o comportamento dos outros colide de forma frontal com a escala de valores que abraçamos. O conflito pode (embora não deva) nascer dos termos em que manifestamos a nossa opinião, esse exercício de liberdade de que podemos usufruir enquanto estiverem salvaguardados os seus limites mais ou menos consensuais.
Por isso confesso que estou a fazer um esforço para reprimir a expressão linear do repúdio que uma das notícias para encher chouriço de uma televisão qualquer me provocou, tentando moderar as emoções que as palavras deveriam transmitir.
Em causa está uma iniciativa levada a cabo em Braga, nomeadamente uma tomatada que um grupo de cerca de mil pessoas entendeu copiar dos espanhóis.
Durante dois ou três minutos vi no ecrã a forma como largas centenas de pessoas investiram a sua energia, o seu tempo e recursos, toneladas de comida, que poderiam salvar vidas noutro lugar qualquer. Mais de mil pessoas, numa praça, divertidas a arremessarem comida umas às outras apenas porque lhes deu para aí e não para encherem contentores com os seus projécteis improvisados e tratarem de os fazer chegar às bocas de outras pessoas que, neste mesmo país, jamais se divertiriam daquela forma por não terem com o quê. Nem força anímica para o conseguirem.
Podia agora dissertar uma moral qualquer, a minha, acerca do que está implícito de hostil na brincadeira tão pueril daquela gente minhota.
Mas prefiro entregar a ti que lês este texto a conclusão que a tua visão das coisas, a tua escolha, entenda extrair.
Já disse o que precisava de dizer."
Há tantas coisas de jeito que podiamos copiar da Espanha, porque escolher logo uma destas?
Jorge Soares
Imagem do Público
Eu sou do tempo em que o Porto não ganhava nada há 17 anos, em que o Benfica era a única equipa que tinha ganho a taça dos campeões e os Benfiquistas faziam alarde disso, eles tinham ganho a Taça dos Campeões, o Porto não tinha ganho nada, nem campeão nacional conseguia ser... nessa altura não era fácil ser Portista.
Um dia as coisas mudaram, o Porto foi finalmente campeão, é claro que para os benfiquistas isso não importava nada, só eles eram campeões da Europa .. duas vezes!... Estava eu em Caracas em 1983 quando as coisas mudaram ainda mais, aquela final da taça das taças com a Juventus foi um primeiro passo, não foi preciso muito tempo para noutra final ganharmos mesmo, e em poucos meses o Porto foi campeão da Europa, ganhou a Super Taça Europeia e a Taça Intercontinental.
Foi aí quando se terminaram os argumentos, eles nunca tinham ganho nada disso, o Porto ganhava porque era melhor, mais organizado, mais profissional e sobretudo porque sabia escolher os jogadores, muitos deles chegavam às Antas como jogadores normais e em pouco tempo saiam de lá como grandes estrelas.
De clube de provincia o Porto transformou-se num grande da Europa e do Mundo, um clube que não se deixa encandear com o sucesso, ao contrário, aprende com ele, com cada triunfo torna-se mais forte, maior, mais respeitado por quase todo o mundo... e com o tempo aparecem mais sucessos... muitos campeonatos nacionais, muitas supertaças, muitas taças...e a Taça Uefa, e a Liga dos campeões, e o melhor treinador do mundo... e mais, mais, mais, porque o céu é o limite.
Já não sou aquela criança que tinha que levar com as conversas dos colegas benfiquistas no caminho para escola, continua a ser complicado ser Portista num país de Benfiquistas... mas quantos adeptos no mundo podem dizer que em 30 anos viram o seu clube ganhar tudo o que havia para ganhar, a nivel nacional e internacional? e a maioria das coisas mais que uma vez?
Eu Posso!!!!!!!!!
Jorge Soares