Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem minha do Momentos e olhares
Aproveitamos que após a noite de tempestade o dia aqui em Setúbal acordou claro e soleado, para irmos dar um passeio até à praia de Albarquel, a meteorologia prometia chuva pelo que não havia muita gente.
O dia estava bonito e a água nem estava muito fria, à medida que se acercava o meio dia a praia ia ficando composta e havia até alguns turistas espanhóis que apreciavam a beleza do lugar.
Todo o mundo sabe que é proibido levar cães para a praia e por acaso em Albarquel até lá está o sinal bem à vista na entrada da praia, mesmo assim há quem se esteja a lixar para as leis e para as pessoas.
Íamos a passear junto à agua quando nos apercebemos de um senhor não com um mas com dois cães sem trela que corriam para lá e para cá entre quem descansava nas toalhas, as crianças que chapinhavam junto à água e os banhistas quem tomavam banho, e até faziam as suas necessidades ali no meio do areal ao lado das crianças que brincavam
Tudo isto enquanto os nadadores salvadores estavam em amena cavaqueira junto aos toldos de aluguer. A minha meia laranja não resistiu e foi questionar porque permitiam que dono e cães se passeassem assim impunemente quando isso é proibido. A resposta foi esclarecedora, pelos vistos os senhor vai para lá repetidamente com os cães, já foi chamado à atenção várias vezes para o facto de não poder levar os cães para a praia e simplesmente ignora, os nadadores salvadores não podem fazer mais que chamar a atenção, já chamaram a policia marítima mais que uma vez mas esta demora tanto tempo que quando eles chegam já os cães e o dono foram para casa.
Tive pena de não ter levado a máquina fotográfica comigo, porque de certeza que teríamos aqui a imagem do animal que leva os seus cães para a praia sem trela e se ri das leis, das normas e do civismo.
Os turistas espanhóis devem ter achado imensa piada à praia de Setúbal onde os cães fazem as suas necessidades no meio das toalhas dos banhistas... além disso aqueles não eram os únicos cães na praia, havia mais gente com o cachorrinho a apanhar sol.
Quanto ao dono dos cães, de certeza que gosta muito de animais, mas está-se mesmo a ver que se está a lixar para as pessoas
E é assim o civismo neste país....
Jorge Soares
Edgar é uma criança muito desejada e esperada, por motivos que nunca ninguém consegue explicar nem justificar, nunca consegue falar. Numa família que tem como actividade principal a criação de cães, ele rapidamente aprende a linguagem gestual e dispõe-se a enfrentar a vida de uma forma o mais normal possível.
Mesmo sem conseguir falar, Edgar consegue tornar-se um bom treinador para os cães e vive tão feliz como o pode ser uma criança que cresce num mundo rural idílico.
Já adolescente, a chegada à sua vida do seu tio paterno Claude e a morte do seu pai de uma forma que para ele é algo estranha, deixam de pantanas o mundo de Edgar que não voltará a ser igual.
Já o disse várias vezes, não sou um grande fã dos escritores americanos e ainda não foi desta que me converti.
O livro até começa muito bem, a história desenrola-se na América rural e profunda e o autor consegue situar-nos muito bem no espaço temporal e físico, começa por nos contar a história da casa que de certo modo será o centro da acção e a dos personagens principais. Depois, à medida que a historia se vai desenrolando, o livro tem algumas partes chatas e enfadonhas, a certa altura melhora, para voltar a decair ... e termina de uma forma estranha e que a mim pelo menos me decepciona completamente.... não era definitivamente aquele o fim que eu escreveria para esta história... mas o autor não sou eu.
Não deixa de ser um bom livro, que está bem escrito, quem gosta ou se interessa por cães de certeza que pode aprender muitas coisas com ele, a historia podia ser mais fluida, podia ter outro fim... mas não deixa de ser uma boa historia... um livro a ler.
Sinopse:
Mudo desde o nascimento, Edgar Sawtelle se comunica apenas por sinais e bilhetes. Leva uma vida serena com os pais na fazenda da família, em um lugar remoto dos Estados Unidos. Ao longo de gerações, os Sawtelles criaram e treinaram uma raça de cães cujo dedicado companheirismo tem sua síntese em Almondine, a amiga e eterna aliada de Edgar. A volta inesperada de Claude, o tio paterno, leva o caos ao então pacífico lar dos Sawtelles. Após a morte repentina do pai de Edgar, Claude se insinua na vida da fazenda e conquista o afecto da mãe do menino.
Confuso e dominado pelo sofrimento, o rapaz tenta provar que Claude teve algum papel naquela morte, mas esse plano fracassa e se volta contra Edgar, resultando em novas tragédias. Ao fugir para a área florestal nos limites da fazenda, Edgar amadurece em contacto com a vida selvagem, ao lutar pela própria sobrevivência e a dos três jovens cães que o acompanharam. Contudo, a necessidade de apontar e de enfrentar o assassino do pai e a devoção aos cachorros sawtelle fazem o menino voltar para casa.
Jorge Soares
Imagem de aqui
Se há coisa que me irrita profundamente é que as pessoas levem os seus cãezinhos a passear, já seja à rua ou a um qualquer jardim e deixem os presentes do cão ali mesmo onde o animal se alivia. Eu percebo que as pessoas gostem de animais, mas era bom que gostassem tanto deles próprios e das restantes pessoas à sua volta, como gostam dos bichinhos, e está visto que a maioria não faz a menor ideia do que significa a palavra civismo, basta passear por qualquer rua das nossas cidades ou ir dar uma volta a qualquer bocado de relva dentro das cidades para se entender isso.
Tudo isto me irrita tanto que por vezes até faz vir o meu mau feitio ao de cima. Há uns 12 anos atrás levamos a R. que na altura teria pouco mais de um ano a passear à Praça do Bocage, na baixa de Setúbal. No meio da muita gente um casalinho passeava um cão enorme, que à falta de melhor, escolheu o meio da praça para deixar um cocó de umas dimensões acordes com o seu tamanho.
O casalinho esperou que o animal terminasse de se aliviar e seguiu caminho como se nada fosse... não aguentei e chamei-os de volta. Ficaram indignadíssimos comigo, que me metesse na minha vida, disseram. Não os deixei sair dali, felizmente havia um polícia por perto e os meninos foram obrigados a limpar a imundice.
Há uns meses atrás, no jardim da Algodeia, um avô e o seu neto passeavam o seu cachorrinho junto ao parque infantil onde brincavam várias crianças. À falta de melhor, o animal aliviou-se ali mesmo. Evidentemente o senhor fez como se não fosse nada com ele... de novo não me contive:
- Desculpe lá, o cão é seu, a limpeza é da sua responsabilidade!
-... - tentou ignorar-me.
-Ouça, é consigo, o cão sujou, o senhor deve limpar!
-Você é fiscal?
-Não, não sou, mas sou cidadão, há imensas crianças aqui, e o senhor é o responsável pelo cão, assim que tem que limpar.
-Quer que eu faça o quê?
-Se não sabe educar o cão para que não faça isto aqui, tem que limpar...
Quando eu já estava a ver que a coisa só se ia resolver com a chamada da polícia, mais alguém que andava a passear um cão chegou-se a nós, puxou de um saco do bolso e disse-lhe:
- Tome lá, use este saco, e para a próxima traga sacos.
O Homem engoliu em seco, pegou no saco e apanhou.
Infelizmente há muitos donos de cães que não tem o civismo suficiente para perceber que a responsabilidade pelo que o animal faz é deles e isso nota-se nas nossas ruas, nos nossos jardins... Existem normas e multas para quem não as cumpre, mas parece que não há multas e normas que resolvam a falta de civismo e educação.
Ciente de tudo isto a junta de freguesia de Benfica acaba de lançar o seguinte vídeo com a participação do Nuno Markl, que espero se torne rapidamente viral, pode ser que algumas pessoas percebam a mensagem e o nosso ambiente se torne um pouco melhor...