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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem minha do Momentos e olhares
Fosse eu o Gustavo Santos e a esta hora estaria a dizer mal da minha vida, há uns dois ou três anos numa passagem pela serra da estrela num dia em que havia a neve suficiente para se fazer umas bolas, paramos o carro na berma da estrada e entre toda a família pusemos mãos à obra, o resultado é o que está à vista ali na fotografia, não é um daqueles bonecos dos desenhos animados enorme e com nariz de cenoura, mas é um boneco de neve à medida portuguesa, pequenino como o país e de acordo com a quantidade de neve que por cá cai.
Hoje descobri que com aquela brincadeira, eu e o resto da família estivemos a "... promover a luxúria e o erotismo”
Segundo o sheikh Mohammed al-Munajjid, um conhecido clérigo islâmico da Arábia Saudita, “não é permitido fazer uma estátua de neve, nem que seja por diversão" porque isto vai contra a lei islâmica.
A julgar pela quantidade de jornais, especialmente americanos, que não se atreveram a publicar as caricaturas do Charlie Hebdo, não fosse alguém ficar ofendido, está-se mesmo a ver que os bonecos de neve são uma espécie em extinção... é que ninguém se quer pôr a jeito.
Brincadeiras à parte, tudo o que é demais é exagero, gostava que alguém me explicasse qual a lógica de uma coisa destas, como é que deus, o profeta ou lá o que seja, se podem chatear com um simples boneco de neve?.. e como é que uma figura feita juntando e amontoando bolas de neve, podem promover a luxúria e o erotismo?
Eu entendo que as pessoas queiram respeitar a sua religião e os religiosos, mas há alguma forma de levar a sério pessoas que levam as palavras e as escrituras à letra até este ponto?
Quanto a mim, não sei se o pobre boneco da fotografia será o suficiente ou não para ter enfurecido algum terrorista radical... mas pelo sim pelo não, juro que só nos estávamos a divertir e não estávamos a gozar com deus ou profeta algum.
Jorge Soares