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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
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CARTA DE UMA PORTUGUESA VIP
Não contem comigo para deitar abaixo este pedacinho de céu. Não contem.
Há muito que reflito sobre esta matéria e parece-me que somos dos povos mais injustos que existem à face da terra. Desgraçadamente tontinhos, sem visão, e sem sabermos dar o devido valor aos valentes compatriotas que se chegaram à frente na condução deste país.
Falta perspetiva à nossa gente. Demasiado agarrada a pormenores.
Sofro com Cavaco. Estou desejosa que ele se reforme para, enfim, gozar o descanso que tão bem merece. Ele e a sua Maria, os dois, na marquise, a apanhar sol o dia todo, que dizem que faz muito bem à psoríase. Livre deste povo que nunca há-de reconhecer nem metade do que este santo homem fez pelo país. Nem metade!
Já para não falar do Portas, que tem uma mãe que é um amor, e que eu gostava muito de ver na paródia com o Mário Zambujal, naquilo do “ela diz e ele não” nas tardes da Júlia ou nas manhãs do Goucha, já nem sei. Mas mãe assim só podia parir filhos decentes e o Portas ainda vai aparecer, numa manhã de nevoeiro, montado num submarino, com uma velha às costas, a cantar a "garagem da vizinha". Aí é que lhe vão dar o devido valor.
Não gostaria de terminar este desabafo sem uma palavra de força ao senhor das finanças que criou a bolsa vip para nossa proteção. Porque isto é uma cambada de invejosos, toda a gente inveja o dinheiro de toda a gente, e ele agiu de boa-fé. Bem-haja.
E, como não podia deixar de ser, o meu coração está com Sócrates. Sempre Sócrates. O único. O Tal. O nosso. Estou agora a caminho de Évora, onde vou fazer greve de fome durante a noite, sentadinha num banco a ler a “Confiança no Mundo” e a rezar por ele. Para quem não conhece, deixo o hino. Eu fiz segunda voz e refrão. Modéstia à parte: acho que podíamos concorrer à eurovisão.
Grândola Vila Morena SEMPRE.
Maria da Silva
Vídeo do Hino ao José Sócrates:
Retirado do Facebook da Carla
Imagem de aqui
Tinha lido a noticia algures, é já neste mês de Setembro que no Estado de Indiana, nos Estados Unidos, as crianças que vão entrar para a escola vão deixar de aprender a escrever à mão. Hoje recordei o assunto porque a propósito do mundial de atletismo na Coreia do Sul, um dos jornalistas de A bola referia que o mesmo se irá passar neste país, todos os alunos terão um tablet e será ai que aprenderão a ler e a escrever, em letra de forma, é claro..
Eu sempre tive uma letra horrível, sofri horrores com a pressão dos meus pais e professores, de tanto escrever, apagar e reescrever, os meus livros e cadernos sempre tiveram um aspecto pavoroso. A R., que diz a mãe que herdou todos os defeitos dos pais e nenhuma das virtudes, sofre tanto ou mais que o que eu sofri e é constantemente penalizada por professores mais ciosos da letra redonda, bonitinha e legível. Em contrapartida, com 11 anos domina por completo o computador e as tecnologias associadas.
Assim de repente, pensar num futuro em que as pessoas não saibam escrever à mão parece complicado, até porque o fim da escrita vai significar o fim de muitas outras coisas: os postit por exemplo, ou os recados furtivos trocados entre carteiras, ou os escritos na mão para recordar algo, ou os postais de viagem... Na verdade, quase todas essas coisas já foram subsituidas pelo telemóvel, os SMS, os MMS.
Também não me lembro quando foi a última vez que recebi uma carta manuscrita, já ninguém espera com ansiedade pelo carteiro que desde há bastante tempo só entrega contas e lixo publicitário.
Imagino que a estas alturas da vida, já ninguém se lembra de ter pegado em papel e lápis para escrever uma carta de amor, estas morreram muito antes da escrita, foram substituídas por SMS's com meia dúzia de palavras, ou emails com meia dúzia de frases curtas e directas... Eu lembro-me de durante um muito curto período da minha vida, quando tinha 15 ou 16 anos, ter uma namorada noutro país e ter namorado por carta.. sentimentos que cresciam e minguavam ao ritmo das letras no papel branco e entre as idas e vindas do carteiro... na altura não havia email, nem Skipe, nem Messenger.... o amor era outra coisa.
O que será das cartas de amor?
Jorge Soares
PS: Para quem ainda não leu, aconselho vivamente o meu post, A Carta