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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
"O parque de campismo existe há dez anos e é especialmente dedicado para pessoas que gostem da natureza e tranquilidade, mas também para crianças que se podem divertir muito neste lugar maravilhoso. A nossa intenção ao criarmos o parque de campismo foi de mantê-lo pequeno e acolhedor para assim podermos dispensar a devida atenção com os nossos hóspedes.Existem aproximadamente 60 lugares ....."
É esta descrição que podemos encontrar no site do Parque de Campismo o Moinho, e é exactamente o que encontrámos quando lá chegámos, um camping rodeado de natureza, um lugar tranquilo, simpático e acolhedor. É claro que ao nível dos serviços tem o mínimo indispensável: casas de banho limpas e funcionais, um pequeno bar e pouco mais.
Mas estando no meio da natureza tem tudo o que é necessário à volta: um restaurante com bar e esplanada à porta, um café com mercearia a 300 metros e a excelente praia fluvial de Poço Corga composta por várias piscinas no rio Pêra, com direito a nadador salvador e tudo e que fica a 10 metros do parque.
Este será talvez o parque de campismo mais calmo e mais bucólico em que já estive. Fica a 3 Kms da Vila de Castanheira de Pêra, nas margens do Rio Pêra. É um parque sem residentes, onde tudo à volta é verde e natural, tem imensas sombras e mesmo em época alta tem preços bastante acessíveis, incluindo os Bungalows e grandes tendas.
De realçar a simpatia do seu proprietário e pelo menos nesta altura, único funcionário, sempre bem disposto e disponível....
Está mais que visto que fiquei cliente e já está decidido que para o ano por esta altura vamos voltar, para conhecer novas trilhos na natureza e outras das muitas praias fluviais que há nos arredores.
Jorge Soares
Imagem minha do Momentos e Olhares
Somos um país pequeno, mas mesmo assim cheio de enormes assimetrias, por muito que se diga que cada vez mais estamos de costas para o mar, a verdade é que a grande maioria da população vive numa pequena faixa do litoral a menos de 30 Kms do Mar, é lá que se concentram as indústrias, os centros comerciais, os eventos culturais, e sobretudo, o Poder. Um país de costas para o mar que vive praticamente com os pés na Areia.
Entretanto o resto do país vai definhando, no interior falta quase tudo, falta indústria, falta organização na agricultura arcaica e feita de minifúndios, faltam acessos, faltam perspectivas ... e com tudo isto, cada vez mais, faltam as pessoas.
Mas há quem teime em lutar contra a situação, quem saiba tirar partido do muito que o interior do país tem, quem saiba aproveitar muito bem o que mais sobra, natureza e beleza natural.
Este fim de semana estive em Castanheira de Pêra, uma pequena Vila bem no centro do País, longe do betão das auto-estradas, longe das praias, longe do litoral, o que por lá vi deixou-me deveras surpreendido.
Não sei de quem terá sido a ideia, mas se a praia fica muito longe para as gentes de Castanheira e arredores, nada como levar a Praia até Castanheira e constrói-se uma, magnifica, com ondas e nadadores salvadores e tudo. Dá pelo nome de Praia das Rocas e garanto que pelo menos em Junho é um local muito agradável de se estar.
Conjugando este magnifico equipamento, com o circuito das aldeias de Xisto, os inúmeros circuitos de passeios pedestres que se conjugam com as muitas praias fluviais em rios de águas límpidas e cristalinas, a gastronomia e a beleza natural, temos ali um excelente pólo do cada vez mais na moda, Turismo da natureza.
Ouvimos muitas vezes falar dos malefícios da interioridade, Castanheira de Pêra pareceu-me um excelente exemplo de como se contraria a interioridade, com ideias que privilegiam o aproveitamento da natureza, criam emprego e dinamizam a economia. Um exemplo a seguir, um local que aconselho vivamente a visitar e a revisitar.
Jorge Soares