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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem do Público
Já passei duas vezes pela faculdade, em ambas vivi as situações mais estranhas, desde o exame de electromagnetismo do Brotas de que havia 4 versões há uma carrada de anos e que se repetiam todos os anos, um exame de teoria dos jogos que ninguém conseguiu resolver, que pudemos levar para casa e entregar na semana a seguir e mesmo assim a melhor nota foi 13. Fiz um exame de electrónica com perguntas para 40 valores, das que podíamos escolher as que quiséssemos num máximo de 30 valores, em que o professor entregou os enunciados, saiu da sala e voltou duas horas depois para os recolher.
Vi muita gente copiar, desde os cábulas até aos melhores alunos e não me vou armar em inocente, também copiei algumas vezes. Não vou dizer que atire a primeira pedra quem nunca copiou, porque sei que há pessoas mesmo honestas que nunca o fizeram ....
Mesmo assim, não consigo de deixar de ficar chocado ao ler que no Centro de estudos judiciários 137 futuros magistrados foram apanhados a copiar num teste de cruzinhas e como prémio tiveram todos passagem administrativa com 10 valores.
Note-se que não estamos a falar de alunos normais, estamos a falar de advogados, pessoas adultas, formadas e presume-se com uma noção da justiça e da honestidade, que após a conclusão do curso irão fazer justiça e com as suas decisões decidir a vida de muita gente.
Não sei o que me choca mais, se perceber que o futuro da nossa justiça está nas mãos de um grupo de pessoas que não prima pela honestidade e sim pelo chico espertismo, ou que mesmo na justiça, o crime compensa, quanto a mim era 0 valores para todos e para o ano há mais. Afinal, a justiça e o exemplo devem começar por casa.
Entretanto hoje uma outra notícia fala de uma nova avaliação e do fim dos exames de cruzinhas ... então e uma cadeira sobre honestidade e ética na formação, não se arranjará?
Jorge Soares