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Mãe ajuda filhoa copiar em exame enviando SMS para o telmvel

 

Imagem do Público

 

No inicio do ano calhou-me ir assistir à primeira reunião da directora de turma da R., não altura achei um bocado exagerada a forma como ela proíbia terminantemente a presença de telemóveis dentro da sala de aulas, os aparelhos não podem simplesmente entrar, é proibido, mesmo que desligados e dentro da mochila... e ameaçou mesmo os espantados pais com confiscar qualquer aparelho que encontrasse. 

 

Sou dos que concordo que os telemóveis devem ser proibidos dentro das salas de aula, não me espanta que existam escolas em Portugal que já tenham instalado aparelhos para bloquear o sinal dentro do recinto da escola, afinal, para grandes males, grandes soluções.

 

Hoje a meio da tarde dei por mim a lembrar-me de tudo isto, a noticia não deixa de  ter o seu quê de insólito, não fosse porque dá uma imagem triste daquilo em que nos estamos cada vez mais a tornar, e até teria a sua graça. O que dizer quando lemos que numa escola de Chaves: Aluno do 5.º ano copiou em teste com a ajuda da mãe através de mensagens escritas.

 

Sempre achei que devemos educar em primeiro lugar pelo exemplo, dificilmente posso dizer aos meus filhos para serem bem comportados, se eu não o for, não há forma de fazer ver a uma criança que deverá respeitar colegas e professores se eu não o fizer, ora, que exemplo está esta mãe a dar a esta criança ao não só aprovar a falta de honestidade do filho, como ao ser cúmplice dessa desonestidade?

 

O que esperar do futuro desta criança se é a própria mãe que em lugar de o incitar a estudar e ser honesto, lhe apoia o facilitismo e a desonestidade?

 

Mas mais triste ainda é ler os comentários à noticia e verificar que há muitíssima gente que em lugar de criticar a mãe que é cúmplice num acto desonesto, centram a discussão sobre o facto de a professora ter invadido a privacidade do aluno ao ler as mensagens no telemóvel. Há quem fale dos direitos da criança, de autoridade, de ilegalidade, de advogados.... Como é que alguém consegue transformar o apoio à burla e ao facilitismo numa questão de privacidade de mensagens de telemóveis?... mas está tudo doido?

 

Jorge Soares

publicado às 21:00

Alunos do CEJ apanhados a copiar

Imagem do Público

 

Já passei duas vezes pela faculdade, em ambas vivi as situações mais estranhas, desde o exame de electromagnetismo do Brotas de que havia 4 versões há uma carrada de anos e que se repetiam todos os anos, um  exame de teoria dos jogos que ninguém conseguiu resolver, que pudemos levar para casa e entregar na semana a seguir e mesmo assim a melhor nota foi 13. Fiz um exame de electrónica com perguntas para 40 valores, das que podíamos escolher as que quiséssemos num máximo de 30 valores, em que o professor entregou os enunciados, saiu da sala e voltou duas horas depois para os recolher.

 

Vi muita gente copiar, desde os cábulas até aos melhores alunos e não me vou armar em inocente, também copiei algumas vezes. Não vou dizer que atire a primeira pedra quem nunca copiou, porque sei que há pessoas mesmo honestas que nunca o fizeram ....

 

Mesmo assim, não consigo de deixar de ficar chocado ao ler que no Centro de estudos judiciários 137 futuros magistrados foram apanhados a copiar num teste de cruzinhas e como prémio tiveram todos passagem administrativa com 10 valores.

 

Note-se que não estamos a falar de alunos normais, estamos a falar de advogados, pessoas adultas, formadas e presume-se com uma noção da justiça e da honestidade, que após a conclusão do curso irão fazer justiça e com as suas decisões decidir a vida de muita gente.

 

Não sei o que me choca mais, se perceber que o futuro da nossa justiça está nas mãos de um grupo de pessoas que não prima pela honestidade e sim pelo chico espertismo, ou que mesmo na justiça, o crime compensa, quanto a mim era 0 valores para todos e para o ano há mais. Afinal, a justiça e o exemplo devem começar por casa.

 

Entretanto hoje uma outra notícia fala de uma nova avaliação e do fim dos exames de cruzinhas ... então e uma cadeira sobre honestidade e ética na formação, não se arranjará?

 

Jorge Soares

publicado às 21:58


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