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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Vídeo do Observador, carreguem na imagem para ver
Acho que não há palavras para o que vemos aqui, estes senhores foram eleitos para representar o povo e estão na assembleia da república a denegrir o povo.
Sei que são ambos do PSD, não faço ideia porque distritos foram eleitos mas era engraçado ir perguntar a quem os elegeu, quem votou no partido deles nesses distritos, se foi para isto que os elegeram e se se sentem representados nestes comportamentos.
Evidentemente deviam deixar os lugares de deputados de imediato, isto para além de mais é fraude.
Triste a imagem destes politicos, depois querem que votemos neles?
Jorge Soares
Imagem retirada de aqui
Percebemos que o Cristiano Ronaldo da economia faz uns orçamentos que são mesmo uma seca, quando até uma deputada do partido de governo aproveita para pintar as unhas em plena bancada parlamentar durante a discussão na generalidade.
Lá ao fundo discute-se se pagamos ou não mais impostos, se a gasolina desce e o gasóleo sobe, se para os salários só há 50 milhões ou se deve haver mais .... se os 0,2 de défice são reais ou se são só uma previsão do governo... nada disso deve importar muito à senhora deputada Isabel Moreira, afinal, como muitos outros ela hoje só lá estava mesmo para levantar a mão nas votações ...e convém que quando se levanta a mão, as unhas estejam apresentáveis.
Ainda bem que era dia de pintar as unhas e não de depilação ..... .. não sejam mal pensados, nesse caso ela tinha faltado , não sei se à depilação, ou à sessão do parlamento.
Jorge Soares
PS: Eu sei que no nosso parlamento já não se vota de mão no ar.... mas pronto.
Imagem de aqui
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) é uma investigação conduzida pelo Poder Legislativo, que transforma a própria casa parlamentar em comissão para ouvir depoimentos e tomar informações directamente, quase sempre atendendo aos reclamos do povo.
In Wikipédia
Sempre que ouço falar de comissão parlamentar de inquérito lembro-me das que foram criadas a propósito da investigação da morte de Sá Carneiro, a X (décima) encerrou os trabalhos em Junho de 2015... e não me parece que depois de tanto tempo e tantas comissões de inquérito, alguém tenha alguma certeza do que realmente aconteceu a 4 de Dezembro de 1980.
Fora necessárias 10 comissões de inquérito para investigar uma queda de um avião, sou só eu que acho que se foram criando comissões sucessivas não porque se quisesse saber o que realmente aconteceu mas porque era necessário que se concluísse algo que agradasse a gregos e a troianos?
Todos ouvimos falar das comissões de inquérito ao caso BPN, ao caso BES, ao caso BANIF, mas tirando os deputados que nelas participaram, alguém tem a noção do que resultou de cada uma delas?
Todos sabemos que no fim todos os portugueses terminamos de uma forma ou outra por pagar o resgate destes bancos, mas alguém ficou a saber o que realmente aconteceu e quem são os verdadeiros responsáveis pelos enormes buracos em que se converteram estas instituições financeiras?
Todos ouvimos falar das enormes contradições nos depoimentos dos vários senhores que foram inquiridos pelos deputados, mas no fim alguém tirou a limpo quem estava a mentir ou se havia alguém que não o estava a fazer?
O PSD e o CDS estiveram mais de quatro anos no governo, precisamente durante o período em que mais aumentou o buraco na Caixa Geral de depósitos, aparentemente durante todo esse tempo não souberam ou não quiseram ver o que se estava a passar, agora que este governo decidiu encarar e tentar resolver o problema, parece que os senhores acordaram para o mundo e exigem uma comissão de inquérito... para quê?
É evidente que é necessário entender o que se passou na CGD, atendendo aos exemplos anteriores e sem querer faltar ao respeito aos senhores deputados que nelas participaram, será que vale mesmo a pena? Ou será só mais show off para desviar a atenção da responsabilidade dos governantes anteriores que pelos vistos ou estavam distraídos ou fecharam os olhos porque dava jeito?
Afinal para que servem as comissões de inquérito?
Jorge Soares
Imagem de aqui
"impeachment"
Acto ou processo legal que pretende a destituição de alguém de um cargo governativo. = IMPEDIMENTO
In Priberam
Imagem do Público
Foi há um ano que Maria Luís Albuquerque, na altura ministra das finanças do Governo de Passos Coelho, confessou que ganhava 6000 Euros e não lhe chegava para nada (ver aqui). Ora, em Portugal um deputado tem um salário bruto de €3683,42, muito menos que os 6000 Euros que há um ano não chegavam para nada, não é portanto de estranhar que a senhora tenha arranjado um segundo emprego
Pessoalmente acho que os deputados deveriam ser obrigados a ter dedicação exclusiva, eles estão na assembleia da república em representação de quem neles votou e isso deveria ser algo importante, não um emprego que se possa acumular com part-times em escritórios de advogado, empresas de consultadoria, bancos, construtoras ou empresas que vivem dos créditos mal parados de outras empresas e até países.
Governar e legislar são assuntos muito sérios e que não me parece possam ser levados de ânimo leve ou algo que se faça nos tempos livres, afinal, ninguém é obrigado a ser político e muito menos a ser deputado... Se calhar, porque há muita gente que como Maria Albuquerque, acha que são assuntos em part-time, é que o país está como está e tem os governantes que tem.
A Ex. ministra das finanças decidiu que precisava de mais salário e de dar mais utilidade aos seus conhecimentos, consigo entender isso, segundo consta irá juntar qualquer coisa como 5000 Euros brutos ao salário de deputado.... Confesso que fiquei admirado com estes números, em Portugal qualquer director de segunda numa empresa média, ganha mais que isso... mas também é verdade que é só um Part-time.
Imagino que alguém que foi durante anos ministro das finanças não tenha dificuldade em arranjar emprego, por isso custa-me entender que a senhora entre as muitas propostas que lhe terão de certeza chegado, tenha escolhido logo uma que para além de pagar mal, deixa muitas dúvidas sobre algumas questões éticas...
Ou seja, é um daqueles casos em que a mulher de César deveria parecer mais séria, ter mais bom senso, mais respeito por quem a elegeu... e ainda por cima, quanto a mim, é mal paga.
Jorge Soares
Imagem do Expresso
Foi em Novembro de 2014 aquando da apresentação de uma proposta que propunha a devolução das subvenções a quem tem mais de 12 anos na política, que neste post escrevi o seguinte:
Para quem não se recorda, a subvenção mensal vitalícia é atribuída a membros do Governo, deputados, autarcas e juízes do Tribunal Constitucional sem carreira de magistrados e foi revogada em 2005, com José Sócrates no Governo. No entanto, os titulares de cargos políticos que tivessem completado 12 anos à data da entrada em vigor da lei de Sócrates mantiveram o direito à subvenção.
Desde Janeiro de 2014, o valor destas subvenções passou a estar dependente dos rendimentos do beneficiário e do seu agregado familiar, mediante a apresentação da declaração de IRS. Se o rendimento for superior a 2000 euros (excluindo a subvenção), essa prestação é suspensa. Nas restantes situações fica limitada à diferença entre os 2000 euros e o rendimento (excluindo a subvenção).
A proposta que foi agora apresentada devolve o valor total das subvenções a todos os políticos que estão em condições de a receber.
Gostava de perceber a lógica de pensamento dos senhores que apresentaram a proposta de alteração, o governo nega-se a devolver os salários que foram retirados aos funcionários públicos porque o país não está me condições, o PSD , o CDS e o governo foram unânimes ao criticar o tribunal constitucional quando este proibiu os cortes nos salários que eram inconstitucionais, quer dizer, não há condições para devolver os salários e pensões a quem precisa e a quem trabalhou a vida inteira, mas há dinheiro para devolver pensões vitalícias a quem governou 12 anos? Mas afinal os portugueses não são todos iguais?
Com que lata é que estes senhores pedem sacrifícios aos portugueses quando depois eles são os primeiros a não os fazer?
Hoje ficamos a saber que o tribunal constitucional declarou inconstitucional a norma do orçamento de 2015 que fazia a subvenção depender dos rendimentos e que os deputados a vão receber tenham ou não outras fontes de rendimento.
O pedido de inconstitucionalidade foi assinado por trinta deputados entre os que estava a candidata à presidência da República Maria de Belém Roseira.
Maria de Belém Roseira tem baseado a sua campanha, quase completamente vazia de conteúdos políticos, principalmente na saúde e nos apoios sociais.... com que lata é que ela fala em apoios sociais quando está entre as primeiras que querem dar a quem não precisa para tirar ao resto dos portugueses?
Jorge Soares
Imagem do Expresso
"Líder parlamentar do PSD lamenta que a “tradição” tenha sido quebrada esta sexta-feira de tarde com a eleição de um presidente da Assembleia da República que não pertence ao partido mais votado nas legislativas."
"Nuno Magalhães, líder parlamentar do CDS, entende que a eleição de Ferro Rodrigues como presidente da Assembleia da República é “um facto negativo”"
Passamos os últimos dias a falar de assaltos ao poder, de não se respeitar a vontade dos portugueses, de golpes de estado, de que quem tem que governar é quem tem mais votos.
Hoje em votação secreta Ferro Rodrigues foi eleito presidente da assembleia da república com 120 votos, Fernando Negrão teve 108 ...está visto que os deputados decidiram desde já seguir os conselhos do presidente da República e votar em consciência.
Parece que há uma regra qualquer não escrita que diz que elege o presidente da assembleia quem ganhou as eleições... sendo assim, para que se obriga os deputados a ir depositar o voto naquela urna de barro? Só para fazer ver?
Há sempre uma primeira vez para tudo, até para a verdadeira democracia funcionar na eleição do presidente da assembleia da república... quer dizer, há quatro anos já se tinha vislumbrado... mas era só um aviso.
Não sei, mas a mim hoje pareceu-me que há muita gente na assembleia da república com muito mau perder.... e deve haver algures para os lados de Belém um senhor a engolir um discurso.
Jorge Soares
Imagem de aqui
Ouvi hoje algures que o caso das lista de contribuintes VIP já chegou à procuradoria geral da república, o PS achou que havia ali matéria criminal e o PSD não se opôs... é bom saber que de vez em quando eles estão de acordo... veremos quanto tempo demora o caso a ser arquivado...
A mim não me estranha para nada que a dita lista exista mesmo, num país de doutores e engenheiros é mais que evidente que para o estado e os seus funcionário, não é o mesmo quem paga milhões e/ou tem rabo de palha, que quem com o fruto do seu trabalho paga umas centenas ou poucos milhares de Euros .
Pelo que percebi, e desde já peço desculpa se percebi mal, o objectivo da ditosa lista seria a de garantir a confidencialidade dos dados dos senhores e senhoras lá incluídas, ora, como informático fiquei com algumas duvidas:
Em primeiro lugar, como é que a existência de uma lista garante a confidencialidade do que quer que seja?
Em segundo lugar, o sistema informático da AT não deveria garantir a confidencialidade dos dados de todos os contribuintes por igual?
De resto, se o sistema não é seguro de que serve uma lista? Colocam os dados dos senhores e senhoras da lista noutro sistema mais seguro? Como é que a simples existência de uma lista de nomes impede o acesso aos dados?
O verdadeiro problema da existência da lista não é a lista em si, o verdadeiro problema está em que pelos vistos o sistema informático onde estão os nossos dados fiscais não garante o controlo da informação e portanto é necessária uma lista de contribuintes VIP para os que existirão cuidados especiais.
Um sistema informático bem desenhado e implementado deveria garantir à partida a confidencialidade dos dados, se assim fosse não seria necessária nenhuma lista, bastava que o mesmo registasse quem, em que momento e desde que lugar, acedeu a que dados, para garantir o controle dos mesmos e para se evitar que estes fossem objecto de fugas de informação.
De resto o que eu acho que é verdadeiramente urgente não é esta discussão parva sobre se a lista existe ou não, é uma auditoria independente aos sistemas informáticos da AT, e já agora de outros serviços do estado, para esclarecer as muitas dúvidas que neste momento todos temos sobre a segurança e confidencialidade dos nossos dados.
Jorge Soares
Imagem de aqui
Afinal Cavaco Silva tinha razão, PS e PSD podem chegar a consensos, não sei se para resolver os problemas do país e dos portugueses isso será possível, mas está visto que no que toca à melhoria de vida dos políticos, eles conseguem.
Hoje foi votada e aprovada com os votos de PS e PSD e com abstenção do CDS, uma norma do Orçamento do Estado que repõe as subvenções vitalícias a ex-políticos.
Esta norma não estava contemplada na versão do orçamento apresentada pelo governo, mas o pedido de alteração foi apresentado na passada sexta-feira pelos deputados Couto dos Santos (PSD) e José Lello (PS), ambos membros do Conselho de Administração da Assembleia da República.
Para quem não se recorda, a subvenção mensal vitalícia é atribuída a membros do Governo, deputados, autarcas e juízes do Tribunal Constitucional sem carreira de magistrados e foi revogada em 2005, com José Sócrates no Governo. No entanto, os titulares de cargos políticos que tivessem completado 12 anos à data da entrada em vigor da lei de Sócrates mantiveram o direito à subvenção.
Desde Janeiro de 2014, o valor destas subvenções passou a estar dependente dos rendimentos do beneficiário e do seu agregado familiar, mediante a apresentação da declaração de IRS. Se o rendimento for superior a 2000 euros (excluindo a subvenção), essa prestação é suspensa. Nas restantes situações fica limitada à diferença entre os 2000 euros e o rendimento (excluindo a subvenção).
A proposta que foi agora apresentada devolve o valor total das subvenções a todos os políticos que estão em condições de a receber.
Gostava de perceber a lógica de pensamento dos senhores que apresentaram a proposta de alteração, o governo nega-se a devolver os salários que foram retirados aos funcionários públicos porque o país não está me condições, o PSD , o CDS e o governo foram unânimes ao criticar o tribunal constitucional quando este proibiu os cortes nos salários que eram inconstitucionais, quer dizer, não há condições para devolver os salários e pensões a quem precisa e a quem trabalhou a vida inteira, mas há dinheiro para devolver pensões vitalícias a quem governou 12 anos? Mas afinal os portugueses não são todos iguais?
Com que lata é que estes senhores pedem sacrificou aos portugueses quando depois eles são os primeiros a não os fazer?
Já dizia o Zeca:
São os mordomos
Do universo todo
Senhores à força
Mandadores sem lei
Enchem as tulhas
Bebem vinho novo
Dançam a ronda
No pinhal do rei
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada
Jorge Soares
Imagem de aqui
Hoje ouvimos Passos Coelho dizer que vai pedir à procuradoria geral da República que investigue como foi a sua ligação à Tecnoforma, seria louvável não fosse o facto de a empresa ter desaparecido e até o contabilista já ter morrido.
Depois da trapalhada dos comunicados da assembleia da República em que ficamos a saber que o deputado Passos Coelho não tinha o regime de exclusividade mas afinal recebeu mais de 60 mil Euros por ter sido deputado em regime de exclusividade, não é de esperar muito mais desta investigação da PGR.
Com a empresa já falida, o desaparecimento de quem levava as suas contas, a falta de memória de Passos Coelho e a não obrigatoriedade de se guardarem os dados fiscais por mais de quatro anos, o que e onde irá a Procuradoria investigar?
Convenhamos que é difícil acreditar que Passos Coelho tenha trabalhado e dado a ganhar muito dinheiro a ganhar à empresa durante anos, à borla, (ver este link) , o primeiro ministro pode ser muito boa pessoa, mas há limites para certas coisas que nos querem fazer crer.
Acredito que passados estes anos algumas coisas sejam difíceis de recordar, mas é difícil entender que, e dado que não restam dúvidas de que ele colaborou com a empresa, não se recorde se e quanto lhe pagavam, mais ainda quando em toda a vida se trabalhou para duas ou três empresas, como é o caso dele.
Entendo o suposto zelo de Passos Coelho e acho muito bem que estas coisas sejam investigadas por quem de direito, mas não percebo porque é que o primeiro Ministro não diz ao país preto no branco se foi ou não remunerado pelo seu trabalho para esta empresa e no caso de ter sido, porque recebeu os 60 mil Euros do parlamento.
No fim de tudo isto a imagem que passa para o país é que Passos Coelho chutou a bola para a frente e uma vez mais temos gato escondido com o rabo de fora ... de novo se aplica a velha máxima da sabedoria popular, à mulher de César não lhe basta ser séria...
Jorge Soares