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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
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Por cá o dia de reis é o dia de retirar o presépio, de apagar a as luzinhas que enfeitam ruas e praças, basicamente é o fim de natal e o regresso à vida normal. Mas não é assim em todos os países, na Espanha por exemplo, é na noite de 5 para 6 de Janeiro que se entregam e se abrem os presentes que são trazidos pelos reis nos seus camelos e não por nenhum velho de barbas...
Mas afinal de onde vem a história dos reis magos? Como a maior parte das festas católicas, a dos reis é baseada na tradição, o Evangelho segundo São Mateus refere a chegada de uns magos que terão perguntado "Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer?", não diz quantos eram e não fala em nenhum tipo de presentes.
Há quem diga que eram quatro, que eram dez, o mesmo evangelho diz que tinham três presentes, por associação de ideias, com o tempo passaram a três os reis.
Os nomes com que actualmente os conhecemos, Gaspar, Melchior e Baltasar aparecem pela primeira vez num friso do século VI da igreja San Apolinar Nuovo, em Rávena (Italia), este friso representa a procissão das virgens que é conduzida por três figuras vestidas à moda persa, por cima das suas cabeças estão os três nomes que agora conhecemos.
Com o tempo foram-se acrescentando detalhes à história, como o facto de cada um ser de uma raça diferente.
Sobre a estrela que eles terão seguido, há um sem número de teorias diferentes, a mais comum é que terá aparecido por aquela altura um cometa que os terá conduzido a Belém e não falta quem tente acertar com os cálculos para tentar fazer coincidir a suposta data do nascimento de Jesus com a passagem de algum dos cometas conhecidos... é claro que o facto de não se conhecer a data exacta do nascimento não ajuda muito.
Num destes dias ouvi numa rádio Espanhola que a versão actual dos reis foi determinada por um papa algures no século XV, andei á procura mas não consegui encontrar nenhuma referência ao dito papa, mas não me estranharia que fosse verdade, afinal em pleno século XXI Bento XVI tentou, sem muito sucesso diga-se de passagem, deixar a sua marca no presépio fazendo desaparecer a vaca e o Burro, não me estranha nada que no passado algum dos seus antecessores tenha tido mais sucesso quando quiz deixar a sua marca pessoal.
Jorge Soares