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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem da RTP
"Os trabalhadores eventuais são contratados ao turno e, quando fazem mais do que um ou dois turnos, podem ser contratados e despedidos duas e três vezes no mesmo dia” (retirado de aqui)
Segundo a mesma noticia esta situação mantém-se desde há pelo menos 25 anos, 25 anos? Há pessoas que se sujeitam a isto durante anos e anos?
Eu consigo perceber que alguém se sujeite a algo assim por necessidade durante uns meses até arranjar um emprego a sério, mas durante anos e anos? Porquê? Estas pessoas pagam segurança social? Tem direito a férias, a subsídios de natal e de férias? Será que um dia terão direito a reforma? São muitas perguntas...
Imagino que nada disto seja ilegal, mas como é que o estado permite tal coisa? Como é que uma empresa que é tão importante para o porto de Setúbal, para as empresas que o utilizam e até para a economia do país, pode funcionar há anos e anos sem ter o mínimo de funcionários para garantir o seu funcionamento?
Todos ouvimos falar dos funcionários em greve, mas será que realmente isto é uma greve? Afinal nenhuma daquelas pessoas tem emprego, para todos os efeitos são desempregados, se o contrato é feito e desfeito todos os dias, se não se apresentam ao trabalho não estão em greve, estão desempregados. É válido um pré-aviso de greve que se refere a pessoas que não são empregadas da empresa?
Tudo isto é no mínimo bizarro, pode ser legal, mas não é de certeza ético, não pode ser ético contratar e despedir dezenas de pessoas todos os dias e por um único dia. Se as leis o permitem então as leis estão erradas e alguém as devia mudar.
Hoje havia deputados do bloco de esquerda e do PCP entre os manifestantes que foram retirados pela policia da entrada do porto, percebo o objectivo de lá estarem, mas espero sinceramente que esse apoio se continue a manifestar sobre a forma de projectos de alteração à lei de modo a que no futuro nada disto seja permitido. Se não o fizerem então só lá estiveram para tirar vantagem política da luta dos trabalhadores.
Jorge Soares
Imagem do Facebook
Infelizmente as situações como a que vemos no anuncio são cada vez mais, há muita gente que se aproveita da crise para abusar, cada dia que passa vão aumentando os relatos de empresas que se escondem por trás da palavra estágio para arranjar mão de obra barata e até gratuita...
Estágios não remunerados, empregos a tempo parcial de mais de 30 horas por semana com ofertas de salários de 300 Euros ou menos, ofertas de estágios profissionais em que se exigem conhecimentos e experiência a troco de nada ou de migalhas, tudo isto é o pão nosso de cada dia.
Um destes dias numa reportagem da RTP, um empresário da área do calçado explicava que tem dificuldade de encontrar mão de obra, e que até já teve que recusar mais que uma encomenda porque não tem empregados suficientes.
-Quanta paga aos seus empregados?- Perguntou a jornalista.
-O salário mínimo!
Se calhar isso explica porque é que não consegue arranjar empregados... mas será que o senhor já se pôs a fazer contas? Quando dinheiro perderá ele com cada encomenda que recusa? Se calhar aquele cliente até arranja quem lhe faça os sapatos e para além daquela encomenda perde um cliente... será que não compensaria aumentar os salários e assim ter a mão de obra suficiente e qualificada para responder a todos os seus clientes? Será que com mais mão de obra e melhor paga não teria oportunidade de fazer mais e melhor, arranjar mais clientes e mais mercados onde apostar?
É claro que com empresários e mentalidades como esta será muito difícil diminuir o desemprego no país, este senhor com esta forma de olhar para os negócios dificilmente sairá da cepa torta. A industria deste país só conseguirá ressurgir e marcar a diferença se tiver mão de obra qualificada e competente e não será de certeza com baixos salários que isso se consegue...
Todo o mundo acha que a culpa da crise é só dos políticos, mas na realidade muito do que se está a pasar também é culpa de mentalidades como esta e de coisas como estas, assim nunca se irá criar emprego e a crise vai durar para sempre
Ainda não consegui encontrar o vídeo da reportagem, mas assim que o encontre coloco aqui.
Jorge Soares
Retirado da DRE
É curioso, antes do Post sobre o André e o cancro de mama, (por favor vão ler) eu tinha pensado falar sobre um anuncio que saiu num dos jornais em que se pediam estagiários sem vencimento e/ou de empresários do calçado que pagam o salário mínimo e se queixam que não arranjam empregados... Já todos sabemos que em alturas como esta há sempre quem se aproveite para pagar o mínimo possível e até há quem não queira pagar nada a troco do trabalho.... mas juro que não me passava pela cabeça que o exemplo viesse do próprio estado..
O que vemos na imagem é real, não é brincadeira nenhuma, o ministério da educação, que deixou sem emprego milhares de professores contratados, propõem-se a contratar professores reformados em regime de voluntariado...
Tendo em conta que a grande maioria dos professores quer ir o mais rapidamente possível para a reforma porque já não se sente com idade, capacidade nem paciência para aturar as os alunos que lhes calham em rifa, será que haverá alguém que está disposto a aceitar uma proposta como esta? E o que se pode esperar ou exigir a estes professores avós que vão trabalhar á borla e se calhar até pagar para dar aulas?
É mesmo este o modelo que o ministério da educação quer para o futuro das nossas escolas, regime de voluntariado?
O que podemos esperar de patrões e empresários quando o estado dá um exemplo destes?
Jorge Soares
Imagem do Ionline
Eu tinha lido algures que logo após a saída do Relvas do governo, o Gaspar tinha decretado que não havia mais dinheiro para o Impulso Jovem, por um lado achei mal, todos os programas de incentivo ao emprego são necessários, por outro lado tinha esperança que a falta de dinheiro fizesse o cromo do Miguel Gonçalves sair de cena ... pelos vistos ainda não se acabou o dinheiro.
Bom, o Miguel voltou à carga e como seria de esperar, voltou em grande, está visto que com ele não há meias medidas, senão vejamos:
“Muitos dos desempregados não querem trabalhar ou são maus a fazê-lo”
E não, a frase não foi tirada do contexto, toda a entrevista é neste tom. Para o Miguel a falta de emprego é um mito, a falta de oportunidades de trabalho para uma grande parte dos jovens licenciados, um mito. Há neste momento empresas que se aproveitam da situação e exploram os jovens?, outro mito..
Para o Miguel o problema do país não é a falta de emprego, é a falta de vontade e iniciativa das pessoas, que não arranjam emprego porque não são o suficientemente persistentes, não aceitam mudar de ramo, não aceitam fazer ou aprender outras coisas, em suma.. a solução para o desemprego é dos desempregados. Essa é que é a grande diferença. E, se calhar, pode chocar dizer isto, mas muitos dos que estão desempregados, estão desempregados porque, ponto número um, não querem trabalhar e, ponto número dois, são maus a fazê-lo.
Outra pérola:
Nas universidades, o que vês é que as pessoas estão com muito medo, porque vêem demasiada televisão.
O que significa isso?
Que as pessoas estão com medo porque pensam que não há trabalho. É mentira, há muito trabalho disponível.
Um dos problemas do Miguel, é que ele ainda não percebeu a diferença entre um nicho, que é onde está o mercado da sua empresa e a vida dele, e o resto do mundo. Outro grande problema do Miguel é que ele ainda não percebeu que quando estamos a falar da população de um país e da economia de mercado, não se pode generalizar.
É evidente que há uma ponta de verdade em tudo o que ele diz, é claro que todos conhecemos desempregados que não abdicam de receber o subsidio de desemprego para irem trabalhar. Todos conhecemos pessoas que não trabalham porque não querem ou não lhes apetece, todos conhecemos pessoas que se acomodam e não são o suficientemente pró-activas na procura do emprego... mas em Portugal a taxa de desemprego vai a caminho dos 20%, e dizer que 20% da população activa não trabalha porque não quer, não é só uma generalização absurda, é uma falta de respeito para as milhares de pessoas que querem alimentar os seus filhos e por mais que se esforcem, não conseguem encontrar um emprego nem a vender pipocas.
O desemprego entre os jovens licenciados anda perto dos 40%, o Miguel diz que isso acontece porque todos esses milhares de jovens são preguiçosos e não batem às portas suficientes... era bom que alguém explicasse ao Miguel que não há neste momento portas suficientes neste pais para que tantos jovens possam bater, porque a austeridade não sabe abrir portas, só sabe encerrar empresas.
Com tudo isto, com tanta conversa e autoconfiança o Miguel só me faz lembrar aqueles pregadores das igrejas americanas, aqueles que se os deixassem seriam capaz de convencer a mãe de deus a mudar de religião e claro, a pagar o dizimo. Não sei se ele será ou não religioso, mas de algo não há dúvida, para vender banha da cobra ele tem jeito... não é à toa que o Relvas o contratou.
O maior problema do Miguel é que ele acredita no que diz... e portanto não há forma de se convencer que este país não está para conversas destas.
Jorge Soares
Imagem do Público
"Uma empresa da área da publicidade e comunicação, da zona do Porto, em que um designer foi a uma entrevista, um designer licenciado e com alguma experiência, e ofereceram-lhe 200 euros por mês para trabalhar em regime full-time. Perante a estupefacção do candidato, a pessoa que estava a fazer a entrevista apontou para uma pilha de currículos e disse: Se você não quiser, alguém ali daquela pilha há-de querer”
A escravidão foi abolida em Portugal a 12 de Fevereiro de 1761 pelo Marquês de Pombal, mas parece que com a crise e a falta de emprego há muita gente que esqueceu essa parte da nossa história, apesar de que o governo tem não sei quantos programas de incentivo ao emprego jovem e outros tantos de estágios remunerados, basta dar uma olhadela aos portais do emprego para se verificar que há muitíssimas empresas a colocar anúncios em que muitas vezes se exigem conhecimentos acima da média em troco de nada.
A plataforma Ganhem Vergonha nasceu para denunciar este tipo de situações, nela podemos encontrar os mais variados exemplos, principalmente de empresas que oferecem estágios nos que se trabalha durante meses a troco de nada. Caricato mesmo é o de uma pensão que procura recepcionistas fluentes em 3 linguas para trabalharem 6 meses à borla... o que é um estágio de recepcionista?
Há também uma empresa que procura "produtor de conteúdos Web com formação superior e três anos de experiência na área, para trabalhar durante meio ano sem salário"
Há muitos mais exemplos como estes, de mais está dizer que pagar abaixo do salário mínimo é ilegal, assim como são ilegais os estágios sem remuneração... infelizmente parece que neste país tudo o que é ilegal com o tempo vai-se tornando habitual e a prova é que todas estas empresas colocam os anúncios online a dizer que pretendem mão de obra escrava e não lhes acontece nada..
A plataforma chama-se Ganhem Vergonha mas a sua existência mais não é do que a prova de que o que há é cada vez menos vergonha.
Jorge Soares
Imagem de aqui
O anuncio acima não é o original, que à hora em que lá cheguei já tinha sido corrigido e os outros conhecimentos, que pelos vistos se referiam aos conhecimentos pessoais da Vera Pereira e não a outros conhecimentos profissionais ou intelectuais, já tinham sido retirados. A imagem é de uma replicação num dos muitos sites de emprego que referenciam o site do IEFP.
Também não tem nada de novo, todos sabemos que neste país o primeiro factor para conseguir um emprego é mesmo a cunha e quem não as tem, nas condições em que está o país está mesmo lixado com F grande.
De saber que é assim que o país funciona, estas coisas já não chocam, mas não deixam de me irritar profundamente, e irrita-me muito mais ler que “A situação identificada é perfeitamente normal, enquadra-se nos procedimentos previstos e estipulados para as ofertas de emprego apresentadas com o propósito de as empresas formalizarem candidaturas à medida Estímulo 2012”, segundo o Público, foi esta a explicação dada por Fátima Cerqueira, directora de comunicação do IEFP.
É verdade que a oferta de emprego é para uma instituição privada, e evidentemente esta instituição pode escolher quem bem entender para os seus quadros, mas o anuncio foi publicado porque esta instituição se está a candidatar a um programa de incentivo de empregos, programa que é pago pelos nossos impostos.
Se realmente a instituição já tem alguém para o lugar, porque é que se publica o anuncio online? O anuncio serve para quê?, Para colocar um monte de gente a enviar currículos para nada?, Para que os funcionários do IEFP tenham que fazer e estarem a olhar para currículos e candidaturas que na realidade não servem para nada? Para as estatísticas?, para que a IEFP diga que o programa está a funcionar?
Tudo isto pode ser normal e até legal, mas será moral? Com que imagem ficamos da IEFP e dos programas de incentivo ao emprego?
Jorge Soares
Imagem do Público
Há uns dias numa conversa noite dentro numa pequena aldeia Alentejana discutíamos alternativas ao sistema económico em que vivemos, de um lado quem achava que mal por mal o sistema actual ainda é aquele que melhor garante que quem se esforça é recompensado, do outro quem achava que o sistema ideal é aquele em que não há a cultura do prémio e a produtividade é assegurada pelo interesse comunitário em que todos os indivíduos vejam satisfeitos os seus desejos e necessidades.
A coisa terminou em impasse quando o Paulo disse que o seu desejo era ter um Ferrari, que tinha direito a ter esse desejo e a trabalhar para ele... e do outro lado não nos conseguiram convencer de que a comunidade ia fazer o esforço para satisfazer o desejo do Paulo sem criar desigualdades.
Hoje lembrei-me dessa conversa quando li no Público que já há em Portugal quem se aventure país adentro a trabalhar a troco de casa, comida e roupa lavada.
É preciso ler a noticia para percebermos que na verdade as coisas não são bem assim, as duas enfermeiras idearam durante três meses um projecto de voluntariado que aproveita o abandono a que foi votado o o interior de um país que cada vez mais aposta no litoral, para numa pequena aldeia de Miranda do Douro mostrar os seus serviços com a esperança de no fim serem recompensadas com um contrato que lhes garanta o tão desejado emprego.
Não sei se era a isto que se referia Passos Coelho quando falava nas oportunidades do desemprego, mas é de facto uma forma original de enfrentar a situação. Resta saber se as medidas a colocar em prática pela junta de freguesia de Atenor, assim se chama o lugar onde as duas senhoras decidiram assentar arraiais, serão suficientes para cobrir os salários das duas enfermeiras....
Acho a iniciativa de louvar, mas tenho sérias duvidas que ela sirva de exemplo para muita mais gente,.. é que com uma população cada vez mais envelhecida, médicos e enfermeiros terão sempre trabalho, mas duvido que isso seja válido para o resto dos milhares de jovens profissionais desempregados...
Jorge Soares
PS: Gosta de boa Música?, experimente a First Class Radio ali na banda lateral do Blog
Retirado de aqui
empreendedorismo
(empreendedor + -ismo)
2. Atitude de quem, por iniciativa própria, realiza ações ou idealiza novos métodos com oobjetivo de desenvolver e dinamizar serviços, produtos ou quaisquer atividades de organização e administração.
Hoje encontrei o seguinte vídeo:
Não há pior cego que quem não quer ver, eu percebo o ponto de vista do Herman, quando temos tudo à mão, quando a nossa única preocupação é arranjar mais uma piada parva (ou não) para fazer rir o povinho... acreditamos que tudo é possível, até fazer nascer as oportunidades.
Toda esta história do empreendedorismo fez-me lembrar outros tempos, quando eu vivia num dos países com mais recursos no mundo e onde apesar disso ( ou se calhar por isso) a crise se instalou. Como não havia Euro a solução foi proibir a venda de divisas e desvalorizar a moeda.. de um momento para o outro deixou de haver bens importados, a economia parou completamente e uma enorme franja da população viu-se sem emprego e na miséria.
Como era um pais em que mais de 50% da população tinha menos de 25 anos a solução foi o empreendedorismo, em pouco tempo todos os passeios das principais avenidas da capital se encheram de gente que vendia tudo e mais alguma coisa, desde roupa a cassetes piratas, passando por comida, verduras e até pequenos serviços. Em todas as esquinas e semáforos havia gente com baldes e panos que insistiam em lavar os vidros dos carros, mesmo que estes tivessem sido lavados no semáforo anterior, por entre as filas de transito havia crianças a vender pensos, pilhas, rebuçados...
É claro que há sempre aqueles que sonham mais alto, aqueles para quem um lugar num passeio em frente a uma loja chique ou numa esquina qualquer, não é suficiente... esses arranjaram armas e montaram outro tipo de negócios bem mais lucrativos... os sequestros expresso por exemplo.
De certeza que não era destes tipos de empreendedorismo que falava o nosso primeiro ministro Passos Coelho, devia ser mais do tipo Cupkakes de que fala o Herman no vídeo... mas não restam muitas dúvidas que é para ali que caminhamos... resta saber quem no meio disto tudo fará o papel do Hugo Chávez português.
Jorge Soares
PS: Por certo, no vídeo alguém falava da prostituição como saída... não sei se sabem, mas na Holanda, talvez já a pensar no futuro e numa de empreendedorismo, alguém abriu uma escola para prostitutas ...
Imagem da Internet
Um destes dias a Jonas neste seu post em jeito de dúvida existencial perguntava quanto pode valer na vida, fazer aquilo de que gostamos. É uma pergunta pertinente, fazer aquilo que realmente gostamos e ainda por cima receber o dinheiro justo por isso... não está mesmo ao alcance de todos... e eu diria que não tem preço.
Hoje lembrei-me da Jonas e do seu post. Decidimos aproveitar o feriado para ir a Sintra e visitar a Quinta da Regaleira com os miúdos. Podíamos ter escolhido um dia mais seco, 90% da visita é ao ar livre pelos jardins do palácio e choveu a maior parte do tempo, mas não é disso que quero falar.
Já lá tínhamos estado há uns 10 anos atrás e na altura a visita correu muito bem, a guia era uma pessoa muito simpática e toda a visita foi uma agradável lição de história. Hoje o guia chamava-se Ricardo e claramente estava ali a fazer um frete.
Havia no grupo umas 4 ou 5 crianças, umas mais irrequietas que outras, mas quase todas muito curiosas. Num lugar como aquele, envolto em algum mistério, em que a visita vive muito desse mistério, o mais natural é que as crianças perguntem e queiram saber. Ora, o senhor não estava para isso, porque não gostava de ser interrompido, porque não gostava que as crianças se chegassem a ele, porque não gostava quando alguém não percebia bem o que ele dizia e perguntava qualquer coisa, bom, enfim, um sem-fim de situações que chegavam a roçar o ridículo.
Eu sei que nem todos temos a mesma paciência, nem sempre estamos bem dispostos, mas se estamos num sitio publico, se temos que lidar com pessoas, se ainda por cima aquilo que fazemos tem a ver com comunicar com as pessoas, devemos ter um mínimo de profissionalismo. Se não temos paciência para as pessoas, se não gostamos de crianças, se não gostamos de ser questionados, se não estamos para ouvir as perguntas e esclarecer... porque é que simplesmente não vamos fazer outra coisa qualquer? Que culpa tem os visitantes, que até pagaram para o ouvir, da falta de paciência do senhor? Que culpa temos nós que o senhor não goste daquilo que faz?
Eu não sei quanto ganhará um guia turístico, de certeza que a que nos calhou da outra vez, ganhava muito pouco para a forma como nos conseguiu interessar pela história e os mistérios da quinta, e de certeza que este senhor Ricardo, ganha muito para a forma como não consegue transmitir nada disto.
Jorge Soares