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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem do Público
"Como podemos acreditar em alguém que liderou o Luxemburgo na época em que este serviu de paraíso fiscal para mais de 300 empresas?"
Terá sido mais ou menos esta a pergunta que alguém fez a Jean-Claude Juncker quando este hoje se apresentou quase como o paradigma da justiça europeia contra a fraude fiscal.
Depois de uma semana em silêncio, o agora presidente da união europeia decidiu que o melhor mesmo era a fuga para a frente e veio a publico apresentar uma campanha europeia contra a evasão fiscal e os regimes especiais que permitem às empresas pagar menos impostos.
Do pouco que ouvi concordo com o senhor numa coisa, este tipo de situações só acontece porque não há na Europa uma verdadeira harmonização fiscal, enquanto não houver uma convergência real a este nível, as empresas irão sempre fugir para os países onde a situação lhes seja mais favorável, afinal o objectivo de qualquer empresa é o lucro e a menos impostos, mais lucro.
Mas isto não implica que este mesmo Juncker que agora se apresenta como o lutador contra a fraude, não tenha sido o mesmo que durante anos se aproveitou dessa mesma fraude para ter condições excepcionais e muito dinheiro para governar.
Ele pode dizer o que queira, mas não me parece que ele não soubesse de onde vinha o dinheiro que criava as condições para que o Luxemburgo tivesse um enorme crescimento económico. Há quem diga que o que se fazia no Luxemburgo não era crime, era só uso e abuso de métodos legais, mas a verdade é que com eles as empresas lucraram milhões, milhões esses que deixaram de entrar nos países de origem e que de certeza os prejudicaram na mesma forma em que beneficiavam o Luxemburgo.
A união Europeia abriu um processo de investigação contra o Luxemburgo, processo que dificilmente dará em algo, mas a verdade é que Juncker fica muito mal na fotografia, é que um ex primeiro ministro e agora presidente da união europeia, não só deve ser sério, deve também parecer... e convenhamos que visto desde aqui, não parece lá muito.
Jorge Soares
Imagem do Pontos de Vista
1. Sem limites.
2. Extensíssimo.
3. Infinito.
Em Portugal até o infinito tem limites...e pelos vistos no que toca a chamadas telefónicas, o infinito está limitado a uma hora diária.... por isso, se tem mesmo muito para dizer a alguém, não telefone, vá!.. assim pelo menos não corre o risco de ter supresas na factura telefónica.
A reportagem é da SIC e chama a atenção para o que eu acho que é um enorme embuste, e não é só pelas chamadas ilimitadas, nem sequer é de agora, em Portugal as empresas de telecomunicações parece que tem um estatuto qualquer especial, porque a publicidade promete sempre coisas que depois raramente se concretizam na realidade.
Raramente os clientes tem a velocidade da internet que lhes é vendida, ou o número de canais no cabo que aparece nas promoções, agora são as pretensas chamadas ilimitadas para todas as redes que depois se resumem a uma hora por dia. Para já não falar nos famosos planos de fidelização que nunca ninguém conseguiu perceber se são ou não legais mas que servem para nos manter durante anos presos a serviços que funcionam mal ou que muitas vezes nem funcionam de todo.
Há também aqueles vendedores que nos juram a pés juntos que não nos temos que preocupar com os planos de fidelização das outras empresas, que eles resolvem tudo, depois do contrato assinado simplesmente desaparecem (aconteceu comigo) e a pessoa descobre que não só está ligado a um contrato de fidelização, como passou a estar ligado a dois e que tem que pagar os dois até ao fim, mesmo que depois ninguém lhe preste o serviço que contratou.
Imagino que deverá haver autoridades e organismos que zelem para que estas coisas não aconteçam, na maioria dos casos tudo isto andará muito próximo de ser uma burla quase generalizada, dia a dia somos bombardeados com publicidade que é claramente enganosa e que é pensada para enganar os incautos, parece que vivemos no reino do vale tudo para enganar o consumidor, porque é que não há ninguém que ponha cobro a tudo isto?
De há muitos anos que as empresas de telecomunicações são de longe quem tem mais processos nos tribunais, uma enorme percentagem desses processos terá a ver com tudo isto, porque é que o estado olha para o lado e finge que não vê?
O pior é que pelos vistos não há mesmo alternativa, porque como em muitas outras coisas, parece que todas a empresas se puseram de acordo para nos oferecer as mesmas coisas, aos msmos preços e com os mesmos logros.
Reportagem da SIC do programa Contas Poupança
Imagem do Público
"Uma empresa da área da publicidade e comunicação, da zona do Porto, em que um designer foi a uma entrevista, um designer licenciado e com alguma experiência, e ofereceram-lhe 200 euros por mês para trabalhar em regime full-time. Perante a estupefacção do candidato, a pessoa que estava a fazer a entrevista apontou para uma pilha de currículos e disse: Se você não quiser, alguém ali daquela pilha há-de querer”
A escravidão foi abolida em Portugal a 12 de Fevereiro de 1761 pelo Marquês de Pombal, mas parece que com a crise e a falta de emprego há muita gente que esqueceu essa parte da nossa história, apesar de que o governo tem não sei quantos programas de incentivo ao emprego jovem e outros tantos de estágios remunerados, basta dar uma olhadela aos portais do emprego para se verificar que há muitíssimas empresas a colocar anúncios em que muitas vezes se exigem conhecimentos acima da média em troco de nada.
A plataforma Ganhem Vergonha nasceu para denunciar este tipo de situações, nela podemos encontrar os mais variados exemplos, principalmente de empresas que oferecem estágios nos que se trabalha durante meses a troco de nada. Caricato mesmo é o de uma pensão que procura recepcionistas fluentes em 3 linguas para trabalharem 6 meses à borla... o que é um estágio de recepcionista?
Há também uma empresa que procura "produtor de conteúdos Web com formação superior e três anos de experiência na área, para trabalhar durante meio ano sem salário"
Há muitos mais exemplos como estes, de mais está dizer que pagar abaixo do salário mínimo é ilegal, assim como são ilegais os estágios sem remuneração... infelizmente parece que neste país tudo o que é ilegal com o tempo vai-se tornando habitual e a prova é que todas estas empresas colocam os anúncios online a dizer que pretendem mão de obra escrava e não lhes acontece nada..
A plataforma chama-se Ganhem Vergonha mas a sua existência mais não é do que a prova de que o que há é cada vez menos vergonha.
Jorge Soares
Imagem dio Público
A lei dos duodécimos foi publicada hoje, entre outras coisas diz o claramente que quem quiser continuar a receber os subsídios por junto sem ser em duodécimos, tem 5 dias úteis após a publicação para avisar por escrito a entidade patronal. Quem não o fizer receberá metade de cada subsídio em duodécimos e a outra metade antes de ir de férias e no natal.
Entretanto mal a lei saiu descobriu-se que há um erro e que tal como está escrita não poderá aplicar-se ao subsidio de férias... mas eu já ouvi o senhor ministro Álvaro a dizer que não senhor, não há erro nenhum e é para aplicar.
Imagino que cada um terá as suas ideias e a forma de ver estas coisas, eu tenho a minha e depois de cá em casa fazermos contas e se estudar prós e contras, decidimos que queremos os subsídios por inteiro, nada de duodécimos.
Para quem quiser fazer as contas e ver o que mais lhe convém, pode ir ao site do Público fazer download do simulador, aqui
Jorge Soares
Imagem de aqui
privacidade
A semana passada foi notícia que há nos Estados Unidos empresas que nas entrevistas pedem aos candidatos a empregos o utilizador e a password do Facebook e quem se nega é evidentemente descartado.
Ao invés da Golimix, eu não vejo nesta situação um sinal de que os tempos estão a voltar para trás, vejo sim um sinal de que as empresas estão atentas ao que se passa á sua volta e tentam tirar partido da falta de consciência que a maioria de nós tem sobre as consequências de alguns dos nossos actos.
Eu tenho Facebook, não lhe dedico muito tempo, mas o pouco que dedico dá para perceber como a maioria das pessoas não tem a noção de como o Facebook é um livro aberto, desde declarações de amor mais ou menos veladas, a fotografías comprometedoras, fotografias às claras de família, amigos e filhos, caso especialmente grave quando se trata de crianças adoptadas, há de tudo um pouco.
As pessoas não tem noção, mas no segundo a seguir em que colocamos algo na net, já seja num blog, num site pessoal ou numa rede social, não há forma de o esconder ou apagar, e não, o facto de termos o perfil protegido não serve de nada, porque não impede que alguém simplesmente copie o que mostramos e o coloque noutro sitio.
É evidente que não concordo nem desculpo estas empresas, mas também é verdade que se queremos privacidade devemos ser nós os primeiros a proteger-nos e a verdade é que a maioria não o faz... e para ser sincero, não sei se quem utiliza o Facebook para espalhar ao mundo a sua vida social, as suas taras e manias, será digno de confiança.
Por cá a notícia é que há organismos do estado que na altura da prorrogação dos contratos de quem está a recibos verdes, exige uma declaração de afinidades politicas, económicas e familiares com outros colaboradores e ex-funcionários.
E de repente percebemos que sim que a Golimix tem razão, porque isto nem é uma questão de privacidade, é uma questão de cumprir leis, fazer cumprir o que diz a nossa constituição... e sim, já foi tempo em que neste país não havia liberdade de pensamento ou associação, felizmente há muito que esse tempo passou... o facto de isto aparecer agora é sinal de que ainda há quem tenha saudade desses tempos e muito mais grave, que há quem se aproveite da precariedade de quem está a falsos recibos verdes, muitas vezes há anos, para tomar atitudes destas.
Quero crer que isto seja a excepção, assim como uma andorinha não faz a Primavera, também não será uma atitude destas que irá fazer o tempo andar para trás.... não Golimix, não consigo sequer conceber que um destes dias apareça por aí uma nova Pide... tu, eu e muito mais gente como nós, nunca deixaríamos que isso acontecesse.
Jorge Soares
PS: O Blog vai entrar em modo automático até depois da Páscoa, desejo uma boa Páscoa a todos.. não comam muitas amêndoas.
Todos os anos mais ou menos por esta altura a empresa em que trabalho é invadida por jovens adolescentes, finalizadas as aulas os filhos dos funcionários com mais de 16 anos convertem-se em estagiários, ganham uns cobres, fazem um monte de trabalhos chatos que a a malta vai acumulando durante o ano e vão aprendendo o que custa a vida.
Há uns dois ou três anos uma jovem morena alta e formosa, filha de uma das secretárias, chamava a atenção pela sua beleza e sobretudo, pela (pouca) roupa que insistia em passear pela fábrica. Passados poucos dias foram distribuídos pólos da empresa por todos os jovens e de uma forma mais ou menos discreta, ficou claro que não podia haver mais tops justos, mini- saias ou calças no meio do rabo a mostrar a roupa interior.
Hoje, lembrei-me disto ao ver o reboliço que causou esta noticia do Público. Viver em sociedade implica a aceitação das regras da mesma, nem todos temos a mesma forma de olhar para a vida, cada um tem os seus gostos e a sua própria forma de entender e interpretar alguns conceitos.
É evidente que num mundo em que cada vez mais cada cabeça sua sentença, terá que existir um mínimo de bom senso para que cada um de nós possa viver dentro do seu espaço próprio e das suas ideias sem invadir o espaço do vizinho mais próximo e sobretudo, sem ferir susceptibilidades.
Quando o bom senso não é suficiente a sociedade tende a criar regras que sirvam de equilíbrio, foi isso que fez a empresa onde trabalho e penso que terá sido isso que tentou fazer a Universidade Católica.
O Dress Code é algo que existe na maioria das empresas e instituições. Bancos, seguradoras, consultoras, ministérios, .. instituem regras sobre a forma como se devem vestir os seus funcionários, são normas comuns e aceites por todos sem muitas reclamações... se calhar porque precisamos do salário no fim do mês.
Se aceitamos que as empresas imponham regras de vestuário porque nos choca tanto que uma universidade o faça?, se adultos formados e responsáveis precisam de regras que vão para além do bom senso, porque não as podem necessitar os jovens estudantes?
Ia falar da ministra da agricultura e das gravatas..mas fica para outro post que este já vai longo.
Jorge Soares
Imagem do Público
Não fosse porque estive mais ou menos todo o dia ligado às noticias e não daria porque hoje houve uma greve geral em Portugal, por onde passei era um dia normal, desde a Bomba de gasolina em Setúbal até ao café em Loures, passando pelo transito de um dia normal e pelas portagens da Brisa e da Lusoponte, tudo em funcionamento normal. Na empresa onde trabalho a aderência à greve foi de 0%.
Há muito que as greves, as gerais ou as outras, são coisas de funcionário público, assim como o são as tolerâncias de ponto e algumas outras coisas. Alguém que como eu trabalha no sector privado pensa duas vezes antes de aderir a uma greve. No meu caso, aderir a uma greve significa logo à entrada ter um dia de absentismo, na empresa onde trabalho um dia de absentismo significa que no ano a seguir, em lugar dos 25 dias de férias passamos a ter 22, para além disso, leva 50% do valor do prémio anual de produtividade, sendo que o resto fica ao critério do chefe... e está-se mesmo a ver que a maioria dos chefes gosta mesmo de quem faz greve não é?.
É claro que no meu caso eu dava de barato os 3 dias de férias, o dinheiro do prémio ia custar um pouco mais, que qualquer coisa que venha a mais e ajude a amortizar dividas sabe sempre bem... mas para isso tinha que acreditar que esta greve fazia algum sentido ou teria algum efeito. Eu teria aderido com todo o gosto, se ela tivesse acontecido há uns dois meses atrás, quando o governo se preparava para cortar a direito e o PSD para fazer de conta que era contra, agora, depois do orçamento aprovado e das medidas decididas, esta greve serve para quê?
Dizem os sindicatos que foram 3 milhões, diz o governo que não foram não senhor, e no fim eu fico com a sensação que tudo se resume a uma guerra de números, retirando todo o sumo dos números, não resta mais nada..,. porque o número de milhões que o país perdeu com tudo isto, ninguém conta, Euros, milhões de Euros.. não deve interessar para nada.
Esta greve faria sentido se daqui a uns meses quando forem as eleições, toda esta gente que fez hoje greve chegasse lá e mostrasse o seu descontentamento não votando nos culpados, PS e PSD, isso é que era uma greve de jeito...
Jorge Soares
PS: Na Autoeuropa a adesão foi de 98%... pelos vistos 4% de aumento é pouco.. depois estranhem que as empresas se querem mudar para outros paises