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Pedro Passos Coelho

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Hoje tivemos um Passos Coelho igual a si próprio... igual, igual não, há uma evidente melhoria da utilização das palavras, imagino que seja das idas ao parlamento e da participação nos debates com os deputados da oposição... o homem já está tão mestre na fuga às questões e no utilizar as palavras para falar muito e dizer pouco, como qualquer outro político e já não mete os pés pelas mãos tantas vezes.

 

Dos comentários que fui lendo no Facebook, parece que há muita gente desiludida com o formato do programa, com as perguntas colocadas pelas pessoas, com a falta de debate, com a forma como se deixa o entrevistado fugir às questões ou dizer o que lhe apetece sem contraditório e sem confrontação.

 

Eu não tinha grandes expectativas sobre o que ia resultar dali, o programa tem tempo limitado, cada pessoa tem os seus problemas e as suas expectativas, cada um de nós teria outras questões para colocar, mas só cabem ali 20 pessoas.

 

Acho que as pessoas foram bem escolhidas e as perguntas foram abrangentes, foram tratados praticamente todos os problemas que fazem a actualidade e até alguns que até fazem sentido mas que andam um pouco esquecidos.. como a acessibilidade ao interior do país, leia-se Túnel do Marão, e a agricultura.

 

Mas este não era um programa de debate, era um programa de perguntas e respostas sem direito a contraditório, e de um programa de este tipo não se pode esperar muito mais que aquilo que saiu.

 

De resto não saiu dali nenhuma novidade, mesmo no caso do ministro Morais Sarmento, ele foi coerente consigo mesmo, minimizando o que de mau se está a passar.

 

Passos Coelho limitou-se a repetir o que vem dizendo desde que formou governo, continua a mostrar uma enorme convicção de que o caminho que está a seguir é o correcto e que não há alternativas.

 

Quanto ao programa, não sei como funciona noutros paises, mas nestes moldes não sei se faz muito sentido ou se pode trazer alguma coisa de novo.

 

Jorge Soares

publicado às 22:48

Armstrong deu uma entrevista de duas horas e meia a Oprah Winfrey

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A propósito da entrevista em que Lance Armstrong aparentemente resolveu confessar-se a Oprah Winfrey, vou copiar aqui o que escrevi há uns tempos atrás sobre Armstrong e o ciclismo. Hoje há quem queira inclusivamente colocar em causa este desporto como modalidade olimpica.. onde andava toda esta gente até agora? Quantos outros ciclistas já foram apanhados ou confessaram que se doparam durante parte ou toda a sua carreira? Andavam todos a olhar para onde?

 

Até hoje Lance Armstrong era para mim o maior ciclista de todos os tempos, porque para além de ganhar mais tours de França que qualquer outro ciclista, essas vitórias foram numa época em que o profissionalismo tomou conta do ciclismo. Há muitas mais equipas, muitos mais atletas e sobretudo, porque ao contrário dos grandes nomes de outros tempos, ele ganhou as provas numa época em que os ciclistas passam por centenas de controlos antidopagem.. o que supunha eu, tornava este desporto muito mais limpo.

 

Desde sempre existiu uma áurea de suspeição à sua volta, desde a sua primeira vitória no Tour que à boca pequena ou grande, havia muita gente a dizer que aquela força toda que o levava a subir montanhas a uma velocidade que para alguns seria dificil na descida, tinha por trás muitos segredos e muita ciência.

 

Sou um seguidor do ciclismo, em particular das grandes voltas, sempre achei que não era possível que alguém conseguisse passar controlos antidopagens diários, controlos feitos pelos mais modernos e prestigiosos laboratórios desportivos do mundo, sem estar limpo. Não, não era possível, todo aquele barulho de fundo eram desculpas de quem queria e não conseguia ter pernas e força para o acompanhar e/ou vencer.

 

Hoje percebi que afinal  Lance Armstrong, o homem que venceu o cancro e sete tours, não passa de um mentiroso, um enorme ídolo com pés de barro.

 

Com essa percepção e depois de saber que as mais de mil páginas sobre ele e as equipas em que correu, se baseiam sobretudo nos testemunhos de pelo menos 11 dos seus colegas, todos primeiras figuras do ciclismo mundial,  que admitiram não só que ele se dopava, como que eles também o faziam, não só vi como se desmoronava um dos maiores ídolos com pés de barro de toda a história do desporto, como fiquei com a imagem de que o ciclismo, pelo menos o ciclismo de alto nível, é uma enorme mentira.

 

Um desporto em que são mais importantes os médicos e os químicos que os atletas, só pode ser uma enorme mentira e aquela frase tantas vezes repetida: "Ninguém sobe montanhas só a comer bifes e vegetais", afinal é mesmo verdade

 

Talvez volte a passar tardes inteiras colado ao televisor a ver as etapas das grandes voltas, mas nunca deixarei de pensar: será que aquilo é um atleta ou o resultado da pesquisa de um qualquer laboratório farmacêutico?

 

Jorge Soares

publicado às 08:30

 a quem interessam estas medidas de austeridade?

Imagem de aqui

 

Pedro Passos Coelho deixou claro nesta quinta-feira à noite que não está disposto a recuar em nenhuma das medidas recentemente apresentadas pelo Governo.


Não, claro que não, ele não recua, imagino que estando o país e todos nós ao borde do abismo, ele será o primeiro a dar o passo em frente.


Está mais que visto que só ele e os seus ministros não conseguem entender que tal como disse Manuela Ferreira Leite, com estas medidas estão a levar o país ao caos. Se até a Troika já se veio desmarcar das medidas que foram agora tomadas, o que será mais necessário para que estes senhores entendam que nos estão a levar a todos à miséria?

 

Ontem Ferreira Leite deixava um recado aos deputados do PSD e do CDS, que por uma vez sigam a sua consciência... será que ainda resta na bancada da maioria quem tenha consciência?

 

E diz o senhor que "Infelizmente, não posso dizer que já atingimos esse limite e que não podemos pedir mais" ... não há pior cego que aquele que não quer ver.

 

Jorge Soares

publicado às 22:20

Luis Figo, A vida é um negócio

Imagem do Público

 

O Luís Figo é o contrário do estereotipo do jogador de futebol Português,  é  uma pessoa inteligente que sabe muito bem o que quer, que sempre fez uma gestão séria e sóbria da sua carreira e que mesmo numa situação como a que o levou a trocar o Barcelona e a Catalunha pleo Real e  Madrid e a viver na primeira vez que jogou contra o Barcelona pelo Real Madrid, um dos momentos de maior tensão que algum jogador de futebol terá sentido, conseguiu sair por cima e seguir em frente.

 

Li com alguma atenção a versão em papel da entrevista do Figo ao Público, uma entrevista sóbria e em que como quase sempre, o ex jogador não se fica pelas meias palavras, muito ao seu jeito encara todos os assuntos com frontalidade, incluindo os mais melindrosos como a sua suposta entrada na politica nacional com o seu apoio a José Sócrates.

 

De toda a entrevista destaco 3 pontos fortes:

 

-Nunca ninguém obrigou a quem lhe fez ganhar muito dinheiro a assinar os contratos.

-José Sócrates enganou-o muito bem, tal como enganou muitos milhões de portugueses

-Está farto do país e quer vender tudo o que tem por cá.

 

Sendo que em grande parte a última deriva da segunda, o Figo está farto das consequências do seu apoio a Sócrates e da forma como este apoio surgiu.

 

Desde que deixou de jogar o Figo faz da sua vida um negócio, muita gente vê aquele pequeno almoço com Sócrates como uma entrada na política,  nesta entrevista o Figo tenta alimentar essa forma de ver o assunto, na realidade ele sabe que não se trata de nada disso. Aquele pequeno almoço não foi para o Figo mais que um negócio, não deixou de ser mais um contrato em que alguém lhe deu a ganhar dinheiro, muito dinheiro.

 

Ora, usando as palavras dele, ninguém o obrigou a assinar esse contrato, ele só o assinou porque viu que para além do negócio imediato, isso lhe poderia ter trazido muitas vantagens no futuro, acontece que o Sócrates passou à história e essas vantagens esfumaram-se... e Figo sente-se enganado, não porque Sócrates tenha sido um mau governante ou porque deixou o país na ruína, mas sim porque com a mudança de côr politica, o Figo passou a ter menos portas abertas.

 

Para o Figo a vida é um negócio, mas nem o país deve ao Figo mais que agradecimento e admiração porque como ele diz muito bem, fez parte de um grupo de jogadores que levou o nome de Portugal muito longe, nem ele precisa de ser ingrato ao ponto de culpar Portugal e todos os portugueses pela má opção de negócios que ele fez no momento em que assinou o contrato de muitos zeros com os responsáveis da campanha do José Sócrates...  

 

Jorge Soares

publicado às 21:28

 O deputado Ricardo Rodrigues

 

Imagem do Público

 

A propósito de um telemóvel que um dia foi encontrado algures nas pedras de uma calçada de Setúbal, há uma regra cá em casa que os meus filhos sabem que tem que cumprir, tudo o que encontramos na rua ou noutro lugar qualquer e que não nos pertence, não é para trazer para casa... e ainda a semana passada houve uma pequena troca de ideias por causa de uma bola de futebol que alguém na escola ofereceu... pela dúvidas, a bola ficou na escola, cá em casa não entra.

 

Pelos vistos quando o sr Deputado Ricardo Rodrigues era pequenino, os pais dele eram mais liberais, ninguém lhe ensinou que o que se encontra em cima das mesas é para entregar ao dono... e vai daí, temos uma cena que para além de triste, é lamentável.

 

Levou, roubou, apropriou-se, confiscou, tomou posse... li e ouvi um pouco de tudo... seja qual for a interpretação e o nome que se queira dar à coisa, não deixa de ser uma atitude que irreflectida ou não, é vergonhosa e indigna de alguém que foi eleito para nos representar a todos. Quanto a mim o senhor devia de imediato abandonar o lugar de deputado, não só pelo acto em si, mas principalmente pelo que representa, uma tentativa estúpida e inglória de impedir que seja público o seu desconforto com perguntas que tem a ver com o seu passado. Todos temos um passado, se não nos orgulhamos dele, se temos rabos escondidos, então o melhor é mantermo-nos quietos e calados...

 

Lamentável também a atitude de Francisco Assis, líder da bancada do PS, que saiu a tentar apoiar e justificar o injustificável.

 

Para quem ainda não viu, deixo aqui a prova do crime:

 

 

 

Jorge Soares

publicado às 22:43


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