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Sporting Falido

Imagem de Henricartoon

 

Não passou muito tempo desde o Verão passado quando três clubes nas meias finais da Liga Europa faziam do futebol Português um exemplo para o país, a final  entre o Porto e o Braga valeram ao futebol nacional um inédito primeiro lugar no ranking europeu. Na altura não faltou quem aproveitasse o momento para mostrar como o futebol podia ensinar o país a ter sucesso em momentos de crise.

 

Passado pouco mais de meio ano eis que a realidade aparece e mostra aquilo que todo o mundo sabe, mas que ninguém quer ver. esta semana o Sporting foi noticia, não só porque teima em não levantar cabeça no campeonato, mas também porque feita a auditoria às contas, a  conclusão a que se chegou foi que a instituição está há muito tempo na falência e  à imagem do país, a viver muito acima daquilo que seria possível.

 

É claro que a situação do Sporting não é única, no dia que façam auditorias ás contas de Porto e Benfica o resultado será o mesmo... aos restantes clubes não é necessário fazer auditorias, basta seguir as noticias da falta de pagamentos de salários para se perceber o que por aí vai....e sinceramente a mim faz-me muita confusão como é que clubes que todos os anos deixam de pagar em Novembro, conseguem ter jogadores e inscrever equipas no ano a seguir.

 

Hoje foi notícia Carlos Pereira, presidente do Marítimo, que reconheceu ter pago uma divida do clube ao fisco com um cheque careca... ora, fosse o senhor Carlos Pereira um cidadão normal e não um presidente de um clube de Futebol, a esta hora já teria a polícia á porta... como é do futebol que se trata, ele vem para os jornais cheio de razão e a reclamar justiça.

 

Quando olhamos para o futebol profissional deste país o primeiro que pensamos é que em algúm lado há um saco sem fundo, clubes que todos os anos dão prejuízo de muitos milhões, funcionam como se algures debaixo do estádio existisse um poço de petróleo, gastam-se milhões em jogadores, pagam-se salário milionários e vive-se como se não existissem contas. De onde sai o dinheiro para manter tudo isto é um enorme mistério, qualquer outra empresa ao fim de dois ou três anos no vermelho encerra as suas portas, os clubes de futebol passam décadas no vermelho e parece que cada vez há mais dinheiro... algo de errado tem que haver em tudo isto.

 

A realidade é que tal como o país, o futebol há muito que está falido, e ao contrário do que se tenta muitas vezes mostrar quando há resultados desportivos de mérito, não é exemplo para ninguém. Há muito que vive acima das suas possibilidades e só sobrevive, quando sobrevive, que há exemplos como o do Boavista, Salgueiros, Farense, ... graças a esquemas mais ou menos obscuros e para os que o resto do país teima em não olhar. É claro que também há os casos mais ou menos escandalosos daqueles que vivem em grande parte dos nossos impostos, graças à generosidade de regiões autónomas e algumas autarquias.

 

Não, o futebol não é exemplo para ninguém... bem pelo contrário.

 

Jorge Soares

publicado às 21:46

Educar é dar o exemplo
Imagem de aqui
 
No outro dia nos comentários de um post do Sentaqui em que se falava sobre pagar ou não impostos, a Marta deixou o seguinte comentário:
 
"... pela parte que me toca, penso sempre no exemplo que dou aos meus filhos (e aos meus alunos que também contam muito) e jamais fujo aos meus deveres de cidadã."
 
Principio sábio o da Marta, se eu for um cidadão exemplar haverá de certeza muito mais probabilidade de os meus filhos também o serem.
 
Vem isto a propósito de um assunto que à medida que se acerca o fim do ano escolar se vai tornando cada vez mais importante por estes lados, a R. vai concluir o 6º ano e vai chegando a altura de escolher a escola que se vai seguir.  Escolher é como quem diz, supostamente existem regras definidas para a colocação dos alunos nas escolas públicas, regras que tem a ver com a morada e o agrupamento, regras que deveriam garantir que cada aluno fosse parar à escola mais próxima da sua residência, ou da do trabalho dos pais.
 
Na realidade não é nada disso que acontece, desde a cunha até moradas fictícias, passando por contratos com empresas de telemóveis que garantam uma factura para uma morada de uma loja qualquer ou até de uma loja vazia, já ouvi quase de tudo.
 
No nosso caso a escola mais próxima da nossa morada é o Liceu de Setúbal, que é a escola com melhor ranking do Distrito, logo, a mais procurada, e segundo nos vão dizendo as probabilidades da R. lá ir parar serão 0, isto apesar de lá andarem alunos que vivem em alguns casos na outra ponta da cidade e até em Azeitão, a uns 10 Kms.
 
É claro que há sempre a hipótese de fazermos como os outros e utilizarmos um esquema, que no nosso caso até seria fácil, a R. anda no conservatório e  teria prioridade, acontece que ela já decidiu que vai desistir da música, o que a deixa de fora, mas não faltou quem a aconselhasse a só desistir depois do inicio das aulas, de modo a garantir a vaga  no liceu. .. 
 
Lá tivemos que lhe explicar que além de isso não ser honesto, iria contribuir para tirar o lugar no conservatório a alguém que goste mesmo de música, e mesmo que as suas amigas façam isso, nós não fazemos... porque isso não é exemplo que se dê aos filhos.
 
Em Setúbal há escolas suficientes para todos os alunos, mas há muito que faz falta uma enorme volta e muita moralização na forma como as crianças são colocadas, todo o mundo conhece os esquemas, todo o mundo conhece alguém que sabe das cunhas, não percebo é porque ninguém faz nada para mudar a situação.
 
Jorge Soares

publicado às 21:55


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