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Todas as revoluções precisam de uma flor

por Jorge Soares, em 22.01.16

marisa matias.jpg

 

Imagem de aqui

 

É  para mim a frase desta campanha eleitoral, foi dita por um popular algures a norte  à passagem de Marisa Matias.

 

- Todas as revoluções precisam de uma flor

 

A campanha eleitoral das últimas legislativas foi marcada por uma mulher, Catarina Martins, esta campanha para as presidenciais ficou marcada por outra mulher, também ela  do Bloco de Esquerda, Marisa Matias.

 

Salvo raras excepções, a politica portuguesa tem estado marcada pelo domínio masculino com o resultado que se tem visto, saúda-se a chegada de mulheres de garra como Catarina Martins, Marisa Matias, Mariana Mortágua e tantas outras que deixam no ar um perfume de mudança

 

Se todas as revoluções precisam de uma flor, da esquerda portuguesa surgem muitas flores... ainda bem.

 

Jorge Soares

publicado às 21:37

Pais 1 - Cavaco 1 ... e o jogo continua!

por Jorge Soares, em 10.11.15

assinatura.jpg

 

Imagem do Facebook 

 

Alguém dizia ao fim da tarde na Antena 1 que Cavaco Silva é o grande derrotado de tudo isto, chega ao fim do seu mandato não só sem que se tenha alcançado o acordo alargado (ao PS, CDS e PSD) a que ele tanto tinha apelado, como lhe vai chegar às mãos um acordo de esquerda e assinado por  partidos que para ele não fazem parte do sistema... vai ser um sapo difícil de engolir... 

 

Não li o acordo, não faço ideia se é um acordo para um orçamento de um governo PS ou para uma legislatura, mas tal como dizia António Costa, este é um acordo assinado por pessoas sérias que representam partidos sérios e acredito sinceramente que todos  querem o melhor para o país e para todos nós.

 

Esperemos que o presidente da república seja também o suficientemente sério para perceber que os votos dos deputados no parlamento representam a vontade dos portugueses que os elegeram e não se ponha a inventar jogadas que  tentem deixar Portas e Passos Coelho num governo de gestão.

 

Hoje continuamos a ouvir falar em falta de ética e em golpes de estado, parece que para os senhores da direita é difícil entender que  a constituição e as regras democráticas não se aplicam só quando é a seu favor... na realidade isso nem é de estranhar, afinal não foi em  vão que o último governo bateu todos os recordes de chumbos do tribunal constitucional...

 

Curiosamente e ao contrário de todos os profetas da desgraça que por ai andam, apesar do debate e do chumbo do governo psd/cds  mais do que  previsto, a bolsa de Lisboa fechou em alta e os juros da dívida em baixa... vá lá a gente perceber esta gente dos mercados....

 

Jorge Soares

publicado às 22:12

Alguém falou de mau perder?

por Jorge Soares, em 25.10.15

ferrorodrigues.jpg

 

Imagem do Expresso

 

"Líder parlamentar do PSD lamenta que a “tradição” tenha sido quebrada esta sexta-feira de tarde com a eleição de um presidente da Assembleia da República que não pertence ao partido mais votado nas legislativas."

 

"Nuno Magalhães, líder parlamentar do CDS, entende que a eleição de Ferro Rodrigues como presidente da Assembleia da República é “um facto negativo”"

 

Passamos os últimos dias a falar de assaltos ao poder, de não se respeitar a vontade dos portugueses, de golpes de estado, de que quem tem que governar é quem tem mais votos.

 

Hoje em votação secreta Ferro Rodrigues foi eleito presidente da assembleia da república com 120 votos, Fernando Negrão teve 108 ...está visto que os deputados decidiram desde já seguir os conselhos do presidente da República e votar em consciência.

 

Parece que há uma regra qualquer não escrita que diz que elege o presidente da assembleia quem ganhou as eleições... sendo assim, para que se obriga os deputados a ir depositar o voto naquela urna de barro? Só para fazer ver? 

 

Há sempre uma primeira vez para tudo, até para a verdadeira democracia funcionar na eleição do presidente da assembleia da república... quer dizer, há quatro anos já se tinha vislumbrado... mas era só um  aviso.

 

Não sei, mas a mim hoje pareceu-me que há muita gente na assembleia da república com muito mau perder.... e deve haver algures para os lados de Belém um senhor a engolir um discurso.

 

Jorge Soares

publicado às 18:55

cavaco.jpg

 

Imagem do Facebook 

 

Hoje Cavaco foi igual a si próprio, primeiro ele, depois o partido dele, depois os políticos ao lado dele e no fim, se ainda for preciso, o país.

 

Acho que para além de uma ténue esperança de que a lucidez pudesse aparecer por milagre, ninguém tinha duvidas que Passos Coelho e o PSD seriam indigitados para o governo, é este o presidente da República que elegemos, logo, é este o que temos.

 

De resto tudo foi como era esperado, até o discurso no que não poderia faltar o apelo à tradição, ninguém explicou ao senhor que até em política a tradição já não é o que era e que ao contrário do que ele tentou mostrar, não é a tradição que faz com que os governos se aguentem sem uma maioria de deputados.

 

De resto o discurso dele não esteve longe do que ouvi estes dias a alguns conhecidos quando finalmente quem votou no PSD deixou a vergonha e se começou a assumir.

 

Parece que agora a esperança radica em que alguns deputados eleitos pelo PS irão ir em contra da disciplina de voto e votando em consciência, resta saber na consciência de quem, irão votar em contra do PS e a favor do programa de governo.

 

Ao contrário do que Cavaco tentou explicar no seu discurso, a decisão dele não é a favor da estabilidade, é precisamente o contrário, com esta decisão o mais certo é o país passar os próximos meses sem orçamento e com um governo de gestão, gostava de perceber onde está a estabilidade no meio de tudo isto e o que irão achar os mercados e a união europeia.

 

Num país normal após o chumbo do programa de governo Passos Coelho apresentava a demissão e Cavaco chamava Costa a formar governo.... mas depois do que ouvimos hoje, o mais certo é Passos Coelho demitir-se e a seguir Cavaco chamar Paulo Portas ou quem sabe quem,  a formar governo, nunca António Costa, não vá ele trazer consigo aqueles senhores que comem criancinhas ao pequeno almoço.

 

Só gostava de perceber para que raio é que o Presidente da República ouviu os partidos e o que estes lhe disseram, afinal ele é que dita as regras...

 

Jorge Soares

publicado às 21:48

Para que servem os votos dos portugueses?

por Jorge Soares, em 14.10.15

voto.jpgImagem de aqui

 

“Eleitores socialistas não votaram no PS para um Governo com o PCP e o BE”

Durão Barroso

 

Há pouco no telejornal ouvi Durão Barroso a dizer a frase acima e fiquei a pensar: E votaram para que o PS se abstenha na votação do orçamento da maioria? É claro que não!

 

Conheço algumas pessoas que votaram PS, mais que uma que costumava votar PSD  esta vez votou PS porque não queria que continuassem as politicas de austeridade, de saúde e de educação,  que estavam a ser seguidas até agora.

 

O PS é um dos partidos do  chamado arco do poder, quem vota PS é porque quer que seja este o partido que vá para o governo. Acredito que haja quem prefira um acordo com o PSD que com os partidos mais à esquerda, mas não estou a ver que essas pessoas no momento de colocar o voto na urna estivessem a pensar: "Este voto vai servir para viabilizar um governo do Passos Coelho e do Portas"

 

Nos últimos dias tenho ouvido as teorias mais mirabolantes sobre quem deve ou não governar, há muita gente que esquece que as  leis e os orçamentos não dependem só do governo, dependem da assembleia da república e dos deputados e feliz ou infelizmente a soma dos deputados de PSD+CDS não tem maioria.

 

Além de PSD e CDS há mais partidos em Portugal, partidos que tiveram votos para ter deputados, mais deputados que a antiga maioria e não, o facto de não terem ganho as eleições não os obriga a votar nas leis e nos orçamentos com os quais não estão de acordo.

 

Em Portugal a democracia é isto, as pessoas votam  em partidos que elegem deputados e esperam que esses deputados representem as suas ideias.

 

Da última vez houve mais pessoas a eleger deputados de direita que de esquerda  e tivemos que levar com Passos Coelho e com o irrevogável Portas durante quatro anos, esta vez houve mais pessoas a eleger deputados de esquerda que de direita, quer-me parecer que isso significa que há mais pessoas a querer mudar de governo que as que querem que este continue... é claro que podem haver outras formas de entender os resultados... mas a mim parece-me claro.

 

Durão Barroso pode tentar achar que quem votou PS é parvo, espero que o António Costa seja mais esperto e perceba o porque de haver tanta gente a votar PS.

 

Jorge Soares

publicado às 23:04

E se a esquerda chegar mesmo a acordo?

por Jorge Soares, em 08.10.15

cavacoecoelho.jpg

 

Imagem do Expresso

 

E se o homem que nunca se engana nem tem dúvidas desta vez se enganou?

 

Imaginemos que quando finalmente António Costa for recebido em Belém, chega com a novidade que tem um compromisso com Bloco de Esquerda e Partido comunista para votar contra o programa de governo do PSD/CDS e a garantia que nem o orçamento nem  nenhuma das medidas de Passos Coelho e Portas irão passar no parlamento?

 

Era evidente para todos nós que o homem não precisava de ir à bruxa para saber o que iria fazer no dia 5 de Outubro, ele ia tentar colocar o PSD no governo, se calhar iria tentar mesmo que o PSD não tivesse mais votos que o PS.

 

Convidar Passos Coelho para formar governo sem ouvir todos os partidos com assento parlamentar é uma falta de respeito não só pela constituição como pelo povo Português e uma irresponsabilidade que pode colocar o país numa situação de ingovernabilidade caso se dê mesmo o acordo entre o PS e os restantes partidos.

 

Não me parece que seja muito provável o entendimento entre os três partidos de esquerda, mas o facto de haver vontade de dialogar já é meio caminho andado, resta saber o que vai acontecer se esse acordo chegar mesmo a Belém, irá Cavaco engolir os sapos todos e voltar com a palavra pedindo a Costa que forme governo ou, teimoso como sempre foi, irá fazer o país passar por largos meses de desgoverno?

 

O que vale é que já só faltam uns meses para que o senhor volte para Boliqueime.

 

Jorge Soares

publicado às 21:53

Ana Drago

 

Imagem do Público 

 

A Mesa Nacional do Bloco de Esquerda chumbou este domingo, por dez votos, uma proposta de Ana Drago para o início de diálogos com o movimento 3D, o Livre e o PAN no sentido de uma convergência à esquerda.

 

Não me lembro quando comecei a votar Bloco de esquerda, mas acho que foi quando ainda andava na universidade e ainda se chamava PSR, nunca me senti parte da esquerda caviar, mas sempre me senti identificado com a forma como eram apresentadas as ideias e pela forma como trabalhavam os deputados do partido na assembleia da república.

 

Para mim o ponto de viragem foi quando se negaram a ir falar com a Troika, disse-o na altura e repito-o agora, o Bloco tinha ideias diferentes das que eram apresentadas pela troika e pelos outros partidos, devia lá ter ido e expor essas ideias, os senhores ouviam e faziam com elas o que entendessem.

 

Desde então muitas coisas mudaram no partido, Louçã deixou o Parlamento e a liderança, optou-se por uma liderança bicéfala que pretende ser inovadora mas que na realidade não é carne nem peixe. Ana Drago, uma das deputadas mais carismáticas do partido, deixou o parlamento e é evidente o seu cada vez maior afastamento da liderança... 

 

Entretanto  numa altura em que cada vez mais o país parece estar farto das políticas dos partidos do arco do poder, em lugar de estar a mostrar-se como uma alternativa e a aglutinar os votos de quem à esquerda está farto de PS e PSD, vai perdendo votos em cada eleição e vê como à sua volta vão surgindo partidos como o PAN ou o LIVRE, que crescem à custa do que já foram os seus eleitores.

 

Hoje foi notícia que a mesa nacional do partido rejeitou, uma vez mais, uma proposta de Ana Drago para o início de diálogos de convergência com movimentos e partidos à esquerda.

 

Não sei se os lideres do Bloco retiram alguma lição do que tem acontecido nas últimas eleições, mas de certeza que não é encerrando-se em si mesmo e com a repetição dos mesmos erros que vão conseguir voltar a ganhar a confiança dos eleitores.

 

O país precisa de uma alternativa, precisa de pessoas que tenham ideias e que se mostrem capaz de ser uma verdadeira alternativa a quem nos tem governado, o Bloco de esquerda já se mostrou capaz de ser essa alternativa, mas neste momento o que parece é que cada vez mais se encerra em si mesmo, que nem dentro do partido existe consenso e que dificilmente voltará a ser essa alternativa d que precisamos.

 

 

Jorge Soares

publicado às 23:33

Jean Marie Le PenImagem do I online

 

Jean-Marie Le Pen suggests Ebola as solution to global population explosion

 

“O senhor Ébola é capaz de resolver tudo isso em três meses”.

 

Quando a noticia me apareceu no Facebook fiquei tão incrédulo que achei que não podia ser verdade e  tive que ir investigar, infelizmente é mesmo verdade e Jean Marie Le Pen, lider da extrema direita francesa, disse mesmo aquilo. Em plena campanha para as eleições europeias, Le Pen sugeriu que o vírus ébola é a melhor solução para resolver os problemas de sobrepopulação do mundo e por conseguinte, os problemas de emigração para a Europa.

 

Jean Marie Le Pen é o lider da Frente Nacional,  o partido de direita francesa que segundo as últimas sondagens lidera  as intenções de voto dos franceses para as eleições europeias do próximo Domingo.

 

Não sei o que é pior, é que existam políticos que digam coisas destas numa campanha política, ou que existam pessoas que mesmo assim continuem a votar neles.

 

Há quem ache que a esquerda tem os dias contados na Europa graças aos excessos de políticas sociais, bom, se o futuro da politica europeia depende dos partidos  de direita liderados por palermas que pensam como este senhor, acho que está na hora de começar a pensar para onde posso fugir...

 

Mas há quem vote em palermas como este? E ele diz estas coisas e fica impune? Mas está tudo doido ou quê?

 

Jorge Soares

publicado às 22:26

ele vai votar... está com essa cara porquê?

Imagem retirada do Facebook (clique para ampliar)

 

Esta foi a campanha do vazio, a Troika e o memorando ataram os chamados partidos do arco do poder de pés e mãos e nenhum dos três quis ir muito longe, todos terão lido as letras pequeninas (esperemos) e sabem muito bem o que aí vem, fazer promessas numa altura destas era arranjar lenha para (mais cedo que tarde) se queimar. Ficaram-se todos mais ou menos pelos mesmos lugares comuns, e não fosse o diz desdiz do Passos Coelho, a coisa teria sido uma pasmaceira de bradar aos céus. Comparada com a campanha de 2009, esta foi de alto nível, completamente vazía de conteúdo, mas pelo menos não se caiu no insulto fácil....

 

O Bloco de esquerda e a CDU fizeram a campanha do contra, sendo que neste caso era fácil ser do Contra, contra a Troika, contra o Memorando, contra o amém dos outros três, contra o estado em que Sócrates deixou o país, contra as trocas e baldrocas do Passos Coelho. A favor da renegociação da dívida, a favor de um estado mais social e solidário.

 

Tentei ouvir as ideias dos restantes 12 partidos, a verdade é que tirando a coerência do PCTP/MRPP, o resto é patético e confrangedor... a democracia também tem destas coisas e há espaço para todos....

 

Tentei seguir a campanha através dos meios de comunicação e da blogosfera, vi um ou dois debates, ouvi diariamente os diários de Campanha da Antena 1, tentei ler o mais possível sobre as propostas de cada partido..e fartei-me de levar nas orelhas da Sandra, porque ando sempre desinformado.... Amiga, louvo-te a paciência, e agradeço-te os muitos esclarecimentos.

 

Não pretendo dizer a ninguém em quem deve votar, se eu ainda não tenho a certeza... o que digo é que, vão votar,  é muito importante que o façam, não importa se vão votar à esquerda, à direita ou ao centro, mas, vão votar, não deixem de lá ir.

 

Nunca consegui perceber as pessoas que não votam, sempre achei que quem cala consente, depois descobrimos que quem mais fala, por norma quem fala mais mal, é quem não vota, precisamente os que deveriam estar calados,.... não fiquem calados, vão votar, o país precisa, nós precisamos.

 

Sobre votos brancos e abstenção, recomendo este post, vejam o vídeo é muito esclarecedor...e decidam em consciência, vão e votem, na esquerda, na direita, ao centro, não importa, vão e votem, joga-se muito do nosso futuro nestas eleições, não queiram deixar a decisão para os outros, sejam donos do vosso futuro, VOTEM.

 


 Jorge Soares

publicado às 22:22

Desbordado e deprimido

por Jorge Soares, em 07.02.11

A politica portuguesa é um labirinto

 

Hoje faz exactamente um ano que voltei daquela semana em Cabo Verde, desde esse dia disse a mim mesmo que ia tentar viver a vida de uma forma mais positiva e até certo ponto consegui. Para isso contribuiu a alegria contagiante da minha filha, os dois meses que passei em casa com ela de licença parental, afinal, mesmo para quem não costuma sonhar o realizar de um sonho, o cumprimento de um desejo, o alcançar uma meta é sempre um momento marcante, um ponto de viragem.

 

Confesso que hoje me sinto desbordado, e até certo ponto, deprimido. Desbordado porque é completamente impossível responder a 60 comentários, não há paciência nem cabeça fria que aguente, o problema de ser bloguer amador e ainda por cima nocturno, é que não dá para responder na hora e a quente, durante o dia eu estava a trabalhar e à medida que me iam chegando os comentários eu ia ficando deprimido, juro.

 

A meio da tarde a P. brincava comigo, que desde quando eu tinha passado a pertencer á esquerda radical sem lhe dizer nada... que se isso não daria direito a divórcio. Ela acha que ando longe, muito longe da esquerda radical... eu também acho.

 

Eu tenho 42 anos, nasci antes do 25 de Abril, sei como eram as coisas, em minha casa nunca faltou o pão, a broa era amassada com a farinha do milho plantado no quintal,  havia o galinheiro e a casa do porco, mas comia-se carne de vaca duas vezes por ano, no entrudo e no dia de São Lourenço, padroeiro do lugar.

 

Considero-me uma pessoa instruída, mas isso só foi possível porque os meus pais decidiram que ou emigravam, ou os filhos saiam directos do ensino obrigatório  para a fábrica aprender um oficio. Era assim que eram as coisas nos 70's.

 

Peço desculpa desde já, não quero ofender ninguém, mas que alguém pergunte o que nos deixou de positivo o 25 de Abril, a mim irrita-me profundamente, qualquer tentativa de comparação entre o nível de vida actual com a que existia antes do 25 de Abril, só pode ser brincadeira e só pode vir de alguém que na altura era um privilegiado do sistema.. só pode.

 

A intenção do meu post era chamar a atenção para a incoerência entre a forma como foi recebida a música dos Deolinda e o que acontece nas urnas, para o facto de sermos um povo que fala, fala, mas na hora da verdade, não somos capazes de ir mais além..de mudar... não era, nem podia ser um chamado a votar à esquerda ou à direita.

 

Os problemas deste país não se resumem a uma questão de esquerda ou de direita, são sobretudo uma questão de termos políticos com credibilidade ou não, de termos pessoas com capacidade ou não e sobretudo, de querermos mudar as coisas ou não... eu quero!... mas tenho sérias dúvidas que a generalidade dos portugueses queira.

 

Jorge Soares

publicado às 22:43


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