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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Retirado de Samizdat
Imagem do JN
A história não é fácil de contar, na realidade é difícil até de ler, ouvir ou sequer acreditar. Numa família de 5 pessoas há quatro que sofrem de cancro... pai, mãe e dois filhos, só a filha mais nova escapa à doença.
Entretanto com ambos os pais doentes e desempregados vivem do Rendimento social de inserção, recebem 426 Euros por mês, sendo que só de renda pagam 265...
Evidentemente não dá e as dívidas acumulam-se, a começar pela renda que já vai em três meses de atraso, aguardam que a Câmara de Viseu lhes atribua uma casa e vivem do pouco que a camÂra e a caridade lhes vai dando.
É nestas alturas que tenha a certeza que deus não existe.
Para ajudar esta família pode fazer uma transferência usando o NIB: 003507530001659270055 ou o IBAN: PT50003507530001659270055.
Jorge Soares
Imagem de aqui
Adopção:
Criação, por sentença judicial, de um vínculo jurídico semelhante ao que resulta da filiação natural, independentemente dos laços de sangue;filiação legal
In Infopédia
O assunto foi noticia na TVI e no Correio da manhã e foi-me aparecendo no Facebook em forma de comentários isolados principalmente de estupefacção por parte das pessoas.
Segundo o que pude perceber, um casal de Vila Real enviou para um centro de acolhimento uma criança de 12 anos que tinha adoptado há quatro ou cinco anos, porque alegadamente esta teria mau feitio. A criança tinha sido adoptada junto com um irmão que por incrível que pareça, o tribunal permitiu que continuasse a viver com os mesmos senhores.
Há aqui algumas coisas que é necessário esclarecer, não consegui perceber se estas crianças foram adoptadas com adopção plena ou não, mas caso tenham sido, a adopção é um vínculo definitivo, depois de decretada é para sempre o que estes senhores fizeram além de que não tem nome, ao contrário do que foi dito na comunicação social, não é uma devolução, as devoluções ocorrem antes de que seja decretada a adopção, depois disso não há forma de desfazer o vínculo e se alguém lhe quiser da rum nome terá que ser abandono.
O que este senhores fizeram foi pegar num dos seus filhos e atirá-lo porta fora, como se este fosse um electrodoméstico avariado, a miúda tinha defeitos, tinha mau feitio, por isso já não a querem...
Eu já disse aqui mais que uma vez que, pelo menos para mim, não há filhos adoptivos e biológicos, há filhos ... e sei por experiência que não há filhos fáceis. Ser pai é muito complicado, muito caro e completamente estafante, há muitos dias em que nos apetece gritar e/ou fugir, mas se há coisa que nunca me apeteceu foi pegar nos meus filhos e atirá-los porta fora, porque isso vai contra o meu coração e contra o amor que tenho por eles.
Evidentemente não conheço estes senhores de lado nenhum, mas está à vista que para eles a adopção é algo diferente do que é para mim e para todos os pais e mães adoptivas que conheço, nós adoptamos para ter filhos, alguém que faça parte de nós e connosco forme uma família, para eles não sei o que será, mas de certeza que não é de forma alguma ter filhos, porque ninguém faz a um verdadeiro filho o que eles fizeram.
No meio de tudo isto há algo que para mim é completamente inexplicável, como é que depois de algo assim, o tribunal permite que a outra criança continue a viver com eles? O que estará este a sentir ao saber que a sua irmã foi descartada da família desta forma? Como é que se explica a uma criança que a sua irmã tem defeitos e por isso foi abandonada? Por favor alguém tenha juízo e volte a juntar os dois irmãos, de preferência na instituição, porque quem não consegue amar um, de certeza que não consegue amar o outro, além disso, tenho muitas dúvidas que estes senhores alguma vez tenham olhado para estas crianças como seus filhos.
Jorge Soares
Imagem do Sol
"Santidade, na sequência das informações veiculadas por ocasião do último Sínodo, constatamos com dor que para milhões de fiéis a luz dessa tocha pareceu vacilar sob os ventos malsãos de estilos de vida propagados por lobbies anticristãos. Com efeito, observamos uma desorientação generalizada, causada pela possibilidade de que se tenha aberto no seio da Igreja uma brecha que permite a aceitação do adultério – mediante a admissão à Eucaristia de casais divorciados recasados civilmente –, e até mesmo uma virtual aceitação das próprias uniões homossexuais, práticas essas condenadas categoricamente como contrárias à lei divina e natural."
O texto acima foi retirado de um site brasileiro, faz parte de uma petição que pretende recolher assinaturas para convencer o papa Francisco a que volte atrás na sua abertura para com os divorciados e os homossexuais dentro do seio da igreja católica.
Segundo o site em questão, já terão sido recolhidas mais de 73000 assinaturas, entre as quais estará a de Duarte Pio, duque de Bragança...
Há por aí muita gente que pelos vistos enche o peito quando proclama a sua religião, mas que depois se mostra muito pouco tolerante com os seus semelhantes...e já nem o Papa escapa à sua foirma de ver o mundo.
Curiosamente uma outra petição onde se pede ao papa a abolição do inferno só conseguiu reunir 15 (quinze) assinaturas... é natural, de abolicem o infernopara onde mandavam os divorciados e os homosexuais?
Jorge Soares
Imagino que a estas alturas já devem estar todos mais ou menos fartos do assunto, desde sexta-feira que pouco se tem falado de outras coisas, o que não deve estar muito longe do que seria o objectivo dos responsáveis de toda esta palhaçada. Curiosamente li muitas coisas, muitas opiniões de quem é contra o referendo, muita gente que diz que vai votar SIM, mas muito pouco de quem é contra a adopção e a co-adopção.
De tudo o que li há algo que me chamou a atenção, a grande maioria das pessoas não faz ideia do que significa o termo co-adopção e não faz distinção entre adopção e co-adopção.
Acho que era bom que as pessoas percebessem que adopção por casais do mesmo sexo e co-adopção são duas coisas distintas, a co-adopção é um acto jurídico em que alguém adopta o filho do seu conjugue. Ou seja, quando no âmbito dos casais do mesmo sexo falamos de co-adopção, estamos a falar de crianças que já vivem com dois pais ou duas mães e em que o único que vai mudar é que o laço afectivo que já existe passa a estar escrito num papel e a criança passa legalmente a ser filho do cônjuge da sua mãe ou do seu pai.
Dito isto, alguém me explica porque é que há políticos e pessoas neste país que são contra algo que faz todo o sentido e que na prática não vai mudar em nada a situação social e familiar nem da criança nem do adoptante?
Há uns dias, quando publiquei a carta de Fabíola Cardoso (vão ler aqui) aos deputados, achei que ante um caso como aquele ninguém teria dúvidas sobre a verdadeira necessidade e o objectivo da lei que permita a co-adopção e disse inclusivamente que seria necessário usar palas para não entender um testemunho como aquele, bom, pelos vistos no PSD ou há muita gente que não sabe ler, ou usa palas!... ou então, tal como diz o cartoon, vivem na época e no século errados... triste é que queiram levar o país com eles e para a época deles....
Jorge Soares
Este post da Manu deixou-me a pensar, o post e os comentários, assim como este da Rita. Ao contrario da maioria das pessoas, eu não tenho grandes recordações do natal da minha infância, por muito que tente não me consigo lembrar de nenhuma prenda... mentira, lembro-me que havia sempre um chapéu de chuva de chocolate... curiosamente lembro-me dos carrinhos e camiões, dos legos e demais brinquedos de moda que os meus primos recebiam.. e que invariavelmente eu invejava quando no dia 25 nos encontrávamos em casa da minha avó.
Quer isto dizer que os meus natais eram tristes? não, claro que não, eram simplesmente os natais humildes das pessoas humildes, em minha casa havia árvore de natal, presépio e luzinhas, e havia batatas e bacalhau e bolo rei... mas o facto de haver menos consumismo, menos prendas, menos coisas, fazia do meu natal de então um natal melhor que o de hoje? É que por vezes fico com a sensação que assim é, que o natal de hoje como tem muitas coisas, muitas prendas, muita comida, muito consumismo, é mau.
Lendo os comentários ao post da Manu ficamos com a sensação que as pessoas resistem a ser felizes, a aceitar que um natal cheio de coisas, cheio de prendas, cheio de consumismo é um natal mau... não é natal, porquê? O que tem de mal que as pessoas possam comprar, dar prendas, partilhar?
Eu olho para trás e resisto-me a pensar que o natal dos meus filhos seja pior que os meus, não, resisto a acreditar que o facto de que os meus filhos tenham tudo aquilo que eu sonhava e não podia ter seja mau... eu sou muito feliz porque ao contrário dos meus pais, eu posso dar-me ao luxo de comprar para os meus filhos muitas coisas.
As pessoas dirão que se perdeu o significado do natal... pois a isso eu respondo que o natal, para além de ser quando o homem quiser, também significa o que quisermos. Eu sou ateu, evidentemente não festejo o nascimento de um menino numa manjedoura, mas festejo o momento, a presença da família, se quiserem, festejo a alegria de poder ter um natal, de poder comer, comprar, gastar.... porque o natal já era natal antes de supostamente ter nascido um menino algures a Oriente... e como vão as coisas, daqui a 3 ou 4 gerações já poucos pensarão nesse menino, mas aposto que o natal continuará a ser festejado.. e espero que com muito mais luz, muito mais festa... muito mais alegria...
Jorge Soares
Imagem do Público
Soy venezolana por que mis padres así lo quisieron, ellos emigraron de su tierra a este país hace más de 50 años buscando un futuro. Venezuela los recibió y aqui construyeron su vida, dónde ahora no quiero que ellos la pierdan a manos de la violencia, ni a ellos ni ninguno de los míos. Será que ahora toca ser extranjero en la tierra de ellos? No me puedo imaginar la vida en un país donde el hampa se ha convertido para los venezolanos en el mayor peligro que existe. No quiero seguir con el toque de queda que nos imponen los malandros, que cada vez que salgo o entro tengo que estar pidiendo al cielo que nada nos pase, porque sólo Dios nos puede cuidar, yo no tengo escoltas mi familia tampoco... no somos ricos, pero ya sabemos que aqui matan hasta por un celular. Me da terror señores TERROR seguir viviendo en estas condiciones. No sigo porque tengo demasiados sentimientos de dolor y no me caben las palabras!
Sou venezuelana porque os meus pais assim o quiseram, eles partiram da sua terra para este país há mais de 50 anos à procura de um futuro. A Venezuela recebeu-os e aqui construíram a sua vida, onde agora eu não quero que eles a percam às mãos dos marginais, nem eles nem ninguém dos meus. Será que agora me calha ser estrangeira na terra deles? Não consigo imaginar a vida num país onde os marginais se converteram no maior perigo que aflige os seus habitantes. Não quero continuar a viver neste recolher obrigatório imposto pelos ladrões, que cada vez que entro ou saio me obrigam a pedir aos céus para que nada me aconteça, porque só a Deus nos podemos confiar, nem eu nem a minha família andamos com seguranças .. não somos ricos, mas já sabemos que aqui matam até por causa de um telemóvel. Eu tenho TERROR, terror de continuar a viver nestas condições.
O texto acima e que tentei traduzir, foi escrito hoje no Facebook por um dos meus familiares que ainda vivem na Venezuela e acho que é suficientemente elucidativo sobre a forma como hoje em dia, quase 20 anos depois da chegada de Hugo Chavez ao poder, se vive por lá.
Já aqui defendi mais que uma vez o Hugo Chavez, nos vários posts já tentei explicar não só os motivos da sua chegada ao poder numa altura em que o país e a sociedade estavam a um passo do abismo, como também o facto dele não ser mais um ditador latino-americano e sim um dirigente democraticamente eleito.
É evidente que a palavra democracia serve para muitas coisas, e basta olhar para a Madeira para se perceber que é mesmo para muitas coisas, mas se ele continua no poder é porque o povo vota nele..e esta vez o povo voltou a votar nele...
Contudo, e voltando ao inicio do Post, a verdade é que por muito que ele tenha melhorado em muito a vida de uma enorme percentagem da população, principalmente das franjas mais pobres, a verdade é que a insegurança, em Caracas os assassinatos contam-se às centenas todos os fins de semana, está de novo a levar o país a uma situação insustentávelel e não me parece que Chavez e os seus ideais Bolivarianos consigam resolver algo que só piorou desde que ele chegou ao poder.
Não sei se a solução seria ou não Capriles, mas está mais que claro que já era altura de que algo mudasse e pensando bem, difícil mesmo era que as coisas piorassem.
Vivi 10 anos na Venezuela, um país que me acolheu de braços abertos e que apesar de ser estrangeiro me fez sentir em casa desde o primeiro dia, é com uma enorme tristeza que olho para tudo isto.
Jorge Soares
Imagem do DN
Imagine a situação, depois de todo um ano a sonhar com aquelas férias maravilhosas num lugar paradisíaco, você está com a família no aeroporto, prestes a apanhar o avião para finalmente poder sentir que está de férias. No último momento, mesmo quando o sonho se está a tornar realidade, você descobre que o passaporte da sua filha mais nova de apenas dois anos, não é válido e portanto ela não vai poder embarcar... o que faria?
Não há muitas respostas possíveis, assim de repente só me ocorrem duas hipóteses, ou ninguém apanha o avião e depois vemos o que fazemos, ou a família vai de férias e eu fico com a mais nova para tratar do assunto, deve haver uma forma qualquer de ir ter com a família mais tarde.
Bom, na realidade há uma terceira hipótese, quem tem os documentos em dia vai de férias, quem não tem, fica em terra.... pois, há aquele detalhe de estarmos a falar de uma criança de dois anos... mas há quem não veja problema nisso.
Segundo o DN, aconteceu na Polónia, numa situação destas ... Uma menina de dois anos foi deixada em lágrimas no aeroporto em Katowice, na Polónia, enquanto o resto da família foi de férias para a Grécia.
Ainda segundo a notícia, a menina estava histérica quando se apercebeu que a família ia de férias e ela ficava ali sozinha, mas isso não demoveu pais e restantes familiares, que apanharam o avião e a deixaram mesmo em terra.
Há coisas que são até dificeis de comentar, eu não consigo imaginar que existisse algum motivo que me fizesse deixar um dos meus filhos para trás, muito menos para ir de férias.
Mas que raio se passa com o mundo e com as pessoas, como é que chegamos a um ponto em que uns pais preferem deixar uma criança de dois anos sozinha e abandonada num aeroporto do que abidcar de uma viagem de férias?
Jorge Soares
Imagem da Internet (não é o José!)
Mais um menino para o qual se procura pais e a instituição onde se encontra, nos solicitou que divulguemos esta informação....
“O José (nome fictício) é um menino que deseja muito ter uma nova família, tem actualmente 9 anos de idade.
Encontra-se institucionalizado desde 2007, ou seja, há cinco anos, tendo chegado com 4 anos.
Tem uma história familiar muito perturbadora, fruto da sua vivência , o José chegou à instituição com um atraso grave de desenvolvimento e a nível da vinculação muito desorganizado. Ele não dava afecto, não aceitava recebê-lo, agredia os adultos, não pedia, nem se queixava de nada, etc.
O José foi evoluindo muito favoravelmente, conseguiu desenvolver um vínculo afectivo a uma das nossas Irmãs, e já é capaz de receber afecto (gosta muito), de pedir ajuda, de dizer quando está doente, etc. Também já é capaz de procurar afecto, por vezes, espontaneamente.
Finalmente (e infelizmente tão tarde), foi decretada a adopção em Março de 2011, quando já tinha oito anos. Ele foi fazendo o luto da família biológica e atualmente deseja muito ter uma nova família. Quando uma criança sai para adopção ele sofre imenso.
Na escola, o José tem algumas dificuldades, contudo, tem evoluído muito, porque tem muita motivação (apesar das dificuldades ele quer aprender e esforça-se) e adora a professora com quem estabeleceu uma relação afectiva muito positiva. Nunca apresentou problemas de comportamento relacionados com as outras crianças na escola.
O José é jogador federado de hóquei em patins. É o goleador da equipa e joga muito bem. Gosta muito de jogar de computador e de trabalhos manuais. Quando está inspirado faz desenhos muito bonitos.
O José é muito meigo com os bebés, ajuda muito os mais pequeninos e reage muito bem quando sai com famílias amigas. Todas referem como ele se porta bem quando está fora da instituição e num ambiente familiar.
Para mais informações sobre o José deverá contactar para geral@bemmequeres.org
Retirado do Facebook da Bem me queres
Jorge Soares