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O Freeport pariu um rato

Imagem do Público

 

 

O Ministério Público pediu esta segunda-feira no Tribunal do Barreiro a absolvição dos dois arguidos do caso Freeport, Charles Smith e Manuel Pedro, considerando que durante o julgamento não ficaram provados os factos que lhes eram imputados

 

Depois dos rios de tinta que se gastou com isto, das fugas para a China, depois de tantas acusações e denuncias directas ou indirectas, depois de tantas suspeitas lançadas ao vento, foi preciso que mudasse o governo e que Sócrates fosse estudar para Paris para que no fim tudo isto desse em nada.

 

É curioso como estas coisas acontecem uma e outra vez nos processos judiciais em Portugal, eu não consigo deixar de pensar que tudo isto:

 

1- Não foi mais que uma enorme encenação para denegrir e afastar do poder um ou mais nomes que constam ou que se pretendia que constassem do processo.

 

ou

 

2- A nossa justiça está mesmo ferida de morte e raramente algum processo que envolva actuais ou ex-politicos termina em condenação efectiva porque por trás de tudo o que vemos há quem mexa todos os cordelinhos para garantir a impunidade.

 

Depois de todo o folclore e todo o barulho feito por não sei quantos magistrados e investigadores do ministério público, como podem estes senhores pedir a absolvição dos acusados? Então aquilo tudo foi para quê?

 

O pior é que depois disto tudo e de todo o tempo e dinheiro que já se gastou com todo este filme triste, agora vão de certeza vir os pedidos de indemnização de quem durante anos foi acusado e viu o seu nome ser denegrido junto da opinião pública... indemnizações que irão evidentemente sair dos nossos impostos e não do bolso de quem andou anos a brincar à justiça.

 

Este país é sem dúvida nenhuma cada vez mais surreal

 

Jorge Soares

publicado às 22:58

O país do faz de conta

por Jorge Soares, em 08.11.09

O país do faz de conta

 

Há bocado lia este post da Abigai e voltei muito atrás no tempo, até aqueles dias em que olhava para Portugal com os olhos dos meus pais, e através dos olhos deles, olhava para um país que há muito não existia. Quando mudamos de lugar levamos connosco uma fotografia de aquele momento e é assim que o recordamos, entretanto a vida segue, os países mudam, evoluem, melhoram ou pioram, mas para nós continuam a ser aquele lugar maravilhoso que guardamos na memória.

 

Entretanto voltei para cá  e como a Abigai, tive que enfrentar a realidade de um país que não conhecia, ideias, mentalidades, usos e costumes, uma nova vida à que me fui habituando. Mas há coisas que resistimos em ver, quando se fala de insegurança e corrupção, eu teimo em continuar a ver aquele ideal, principalmente porque a realidade de onde vinha era de tal forma violenta que acho sempre que por cá, e como dizia neste post, continuamos  a viver no céu.

 

Este ultimo ano foi terrível para as minhas convicções, primeiro foi o caso BPN que arrastou para a lama uma boa parte do PSD, depois foi o caso Freeport que chapinhou o Primeiro ministro e bastante gente à sua volta, depois foi aquela trapalhada toda do PSD antes das eleições, agora foi o caso das sucatas, que mostrou o lamaçal em que vivem as empresas públicas e de novo mostra que o estado vive num mar de negociatas e compadrios.

 

Vivemos sem dúvida no país do faz de conta,  vejamos:Eu faço de conta que vivo num país de gente séria. Durante muito tempo o Presidente da República e o PSD fizeram de conta que no BPN não se passava nada. Depois o Primeiro Ministro e o PS fizeram de conta que no freeport não se passava nada e aquilo não era nada com eles. De novo o Sr. Cavaco Silva a fazer de conta que o país era parvo e a lançar noticias e suspeições, agora, segundo esta notícia do Publico, durante 4 meses o Procurador Geral da República esteve a fazer de conta que não se passava nada e a deixar passar as eleições para mandar investigar o caso das sucatas.

 

Digam lá se Portugal não está convertido no país do faz de conta? 

 

Jorge Soares

 

 

publicado às 21:30


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