Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Retirado do Facebook
Miguel,
Eu sei que tu e a tua mulher tiveram muitas dificuldades nos últimos meses desde que perderam os empregos.
Agradeço-vos terem pago sempre a renda a tempo. Eu quero oferecer-vos um presente. Não me paguem a renda do mês de Dezembro. Utilizem esse dinheiro para passarem um feliz e maravilhoso natal em família com os vossos filhos.
Bom dia e feliz natal
António Silva
É nestas alturas que percebemos o que realmente significa o espírito do Natal.
Jorge Soares
PS: Há uma enorme probabilidade de isto ser uma campanha publicitária qualquer... mas eu prefiro acreditar no espírito do natal.
Imagem de aqui
Logo de manhã a Mie reclamava no Facebook com o facto de a cor do vestido ser noticia no site da SIC noticias, mal sabia ela o que estava para vir, durante todo o dia, olhássemos para onde olhássemos lá estava a pergunta: É branco e dourado ou azul e preto?
No fim do dia era noticia na SIC, na RTP, na TVI e em todos os sites dos jornais online não só nacionais como internacionais, há uma guerra na Síria, outra na Ucrânia (alguém reparou que identificaram o tipo que se decapita os reféns do estado islâmico?), estudantes mortos pela polícia na Venezuela,... mas o que é que isso interessa? O que interessa mesmo é a cor do vestido...
Tudo começou com um post na rede de blogs Tumblr, uma senhora colocou uma fotografia de um vestido e perguntou quais eram as cores que se viam, de ali a coisa passou ao Twitter e de um momento para o outro parece que todo o mundo estava interessado naquilo. Segundo os responsáveis da rede Twitter, o vestido bateu todos os recordes de visualizações e o Twitter teve o melhor dia da sua história.... o artigo sobre o vestido que foi publicado na rede Buzzfeed, teve em dois dias mais de 20 milhões de visualizações... incrível, e tudo porque alguém perguntou "de que cor é o vestido?"
Vivemos num mundo estranho em que pelos vistos, qualquer coisa, até uma simples pergunta sobre a cor de um vestido, pode virar uma noticia a nível mundial que é divulgada por todas as agências de noticias, televisões e jornais.... já imaginaram a quantidade de coisas realmente importantes que aconteceram nestes dois dias e das que não fazemos a menor ideia?... mas quantas pessoas a esta hora não terão ouvido falar da cor do vestido?
Sou só eu que acha que isto é a prova de que para além de haver muita gente com pouco que fazer, há algo de muito errado com a forma como estamos a gerir as nossas prioridades?
Por certo, para mim é branco e dourado, mas já vi versões em azul e preto, vermelho e preto e muitas outras cores, mas dado o estado actual da arte da fotografia da era digital, a pergunta não deveria ser "qual é a cor do vestido?", deveria ser "Qual queres que seja a cor do vestido?" Não sei se terá sido propositado, mas não há duvida que para a marca que os vende, isto foi a melhor campanha publicitaria do mundo.
Haja paciência
Jorge Soares
Todos sabemos que os mortos não voltam; por uma razão muito simples — morreram. No entanto, uma inaptidão para lidar com a interrupção do devir leva-nos a imaginar os nossos mortos, em forma carnal incorrupta, como quando os conhecemos. Aliás, a aventura humana, com as suas contínuas “entregas de testemunho cultural”, é muito eficaz a fazer-nos proceder como se houvesse um devir contínuo. E um contínuo progresso. Esta nossa capacidade de abstração e de idealização permite-nos imaginar os cenários mais inverosímeis com a naturalidade das coisas quotidianas.
Um avô meu morreu em 1950, quando eu tinha dois anos. Uma lembrança que tenho dele é, provavelmente, falsa. Era um agricultor que tinha vivido sempre na aldeia — exceto a passagem por França, na I Guerra Mundial — e cuja informação se fazia nos mercados, nas conversas de vizinhos e, talvez, num jornal mensal. O mundo dele era calmo, duro, equilibrado. Vivia ao ritmo das estações. A curiosidade de o conhecer é natural. Como seria se o encontrasse hoje, ele parado nos cinquenta e tal anos da fotografia da parede, bem mais novo que eu agora? Como nos relacionaríamos, se convivêssemos durante, digamos, um mês? Como camaradas? A sua ascendência prevaleceria, ou a minha maior idade fá-lo-ia reverente, vindo ele dum tempo em que o respeito pelos mais velhos era sagrado?
Se bem o vislumbrei, melhor o fantasiei. O meu avô esteve connosco um mês. Acompanhou a minha família em todos os momentos, desde os de lazer caseiro, aos de afobamento de afazeres citadinos. Mostrei-lhe as maravilhas do meu tempo e indaguei-o sobre muitos aspetos do dele. Levei-o velozmente pelos lisos tapetes das autoestradas do país, mostrei-lhe a ponte de dezassete quilómetros sobre o Tejo, mergulhámos de metro no ventre da cidade em hora de ponta, guiei-o pelas avenidas dos grandes centros comerciais e outros formigueiros. Ele mostrava-se um pouco confuso, mas muito adaptável. Gostou especialmente da televisão por cabo. Devorava sobretudo as notícias. Embora se admirasse com os telemóveis, o computador e a internet, ficava particularmente desconfiado com o microondas e divertido com a máquina elétrica de barbear. Achava piada às roupas deste tempo e às pessoas nos ginásios. Ver-me a pedalar em seco levava-o às lágrimas. Gostou de encontrar roupa pronta a vestir e de conhecer as várias utilizações dos plásticos. Apreciou o serviço de aconselhamento médico pelo telefone, a que tive de recorrer. Admirava a utilidade de conservação do frigorífico e a frescura das bebidas e da fruta, embora achasse esta insípida, apesar das cores fortes e dos tamanhos surpreendentes.
Finalmente, chegou o dia em que o prazo planeado acabava. Chamou-me de lado e — cito de memória — disse-me:
«Amaro, meu homónimo, meu velho neto, gostei muito de conhecer a tua família e o teu mundo. É um mundo admirável, mas difícil de compreender para um homem do meu tempo. Custa-me a crer que os homens foram à Lua, que desvendaram as entranhas da vida, que criaram certas maravilhas tecnológicas. Talvez tenham feito tudo isso, mas continuam a não ser solidários; nem sequer conseguem viver juntos. As guerras são permanentes, e em inúmeros pontos do planeta há milhares de pessoas a morrer de fome — que conceito abominável — enquanto nos países ricos se destroem milhares de toneladas de alimentos, para não deixar baixar os preços. As cidades estão cheias de fumo e sobrepovoadas. As pessoas amontoam-se em pequenos espaços, trabalham toda a vida para pagar a casa, quase não veem os filhos. Toda a gente tira cursos superiores, mas poucos conseguem exercer uma profissão nessa área de estudos. Os jovens apenas conseguem trabalhos precários, às vezes, escravatura encapotada, com nomes pomposos como “estágio não remunerado”.
E, no entanto, tens razoáveis condições para ter uma vida boa: já não trabalhas, recebes o suficiente para viver, tens tempo e saúde, podes fazer o que quiseres. E o que fazes tu? Agora brincas aos cronistas, como tens brincado aos bloguistas e aos contistas. Passas demasiado tempo ao computador. Tens mais amigos na internet que na “vida real”. As novidades tecnológicas vêm, envolvem-te e passam. Tens centenas de DVD que nunca vês, dezenas de CD que nunca ouves, rádios, oitenta canais de televisão, dos quais vês meia dúzia. A oferta é avassaladora, dispersa-te. Era um mundo assim que idealizavas? Parece-me que estás esquecido dos sonhos da adolescência. Diz-me: és feliz?»
Antes que eu tivesse tempo de responder, deu-me um abraço e foi-se embora. Melodramático, este meu avô, mas interessante. Gostava de ter estado mais tempo com ele!
Joaquim Bispo
* * *
(Esta crónica integra a coletânea resultante da edição de 2013 do Concurso Literário da Cidade de Presidente Prudente.)
* * *
Ilustração de Rodolfo Bispo: https://www.facebook.com/rodolfo.bispo.77
Retirado de Samizdat
Imagem do Público
Hoje levei os meus filhos para Lisboa, manhã cedo ouço sempre a Antena 1 e hoje não foi diferente, por muito que eles preferissem a Antena 3, às 8 as noticias falavam da hipótese de que os dados sobre pedófilos e condenados por crimes sexuais estivessem disponiveis para consuta de qualquer pessoa com filhos menores de 16 anos.
Antes mesmo que eu pudesse processar o assunto já a R. a adolescente reivindicativa cá de casa estava a reclamar:
- Mas isso é uma estupidez, as pessoas tem os seus direitos, já foram condenadas e já pagaram pela sua culpa, não podem ficar assim expostas a qualquer um que lhes queira fazer a vida impossível, isso é o que acontece nos estados unidos e as pessoas são impedidas de viver.
Nestas alturas fico sempre com um sentimento de dever cumprido.
Eu sei que o tema é melindroso, concordo que a pedofilia é um crime horrendo e que muitas vezes quem comete esses crimes o volta a fazer, mas, até posso concordar que as autoridades tentem de alguma forma registar e controlar estas pessoas, mas não posso concordar que se tornem públicos dados pessoas de pessoas que se é verdade que cometeram um crime, também é verdade que já pagaram por ele e após o cumprimento das penas tem direito à sua vida.
Qual a diferença entre um pedófilo e um assassino? Quem matou uma vez pode matar duas vezes, quantas vezes olhamos para o lado quando vemos violência familiar e depois esse olhar para o lado termina em morte de alguém com a cumplicidade de quem diz que "entre marido e mulher ...."?
Porque não disponibilizar da mesma forma os dados de quem agride mulheres .. e já agora, porque não divulgar publicamente quem foge aos impostos, quem excede os limites de velocidade, ou quem atravessa a rua fora da passadeira?.... se formos por aí de certeza que não vai ficar ninguém fora da lista.... mas aposto que aí vamos todos ser muito zelosos da nossa privacidade?
Esta proposta de lei é completamente demagógica e mais que tentar controlar, o que tenta promover é uma caça às bruxas, vai haver muito ocioso que vai ir consultar as listas e esquecendo o dever de sigilo, vai tornar a vida de muita gente num inferno, seja ou não a pessoa culpada, tenha ou não pago a factura dos seus crimes...
Há uma diferença enorme entre controlar e humilhar, ninguém deixa de ter direitos porque cometeu erros na vida e pagou por eles, todo o mundo tem direito a uma segunda oportunidade e recomeçar em paz, não é promovendo a caça às bruxas que se resolve o problema da pedofilia, não se combatem erros com outros erros.
Jorge Soares
Imagem minha do Momentos e Olhares
Mariana encolheu os ombros:
- Não sei.
João encolheu os seus:
- Eu também não.
Ficaram calados, os olhos fixos no horizonte de casas e carros, cada um deles perdido na sua imensidão de pensamentos.
- Podemos falar com ele.
- Para quê? Já falámos, ele nem ouve. Vai dizendo que sim, que sim e se lhe perguntares depois o que é que dissemos, ele não sabe responder. Nem ouve.
- Mas não podemos ficar sem fazer nada, ele vai acabar por se matar…
- Eu sei. Mas não sei o que fazer.
- Pois, eu também não.
Calaram-se novamente.
- E a mãe dele?
- Morreu o ano passado, não te lembras? Já era velhota.
- Caramba, ninguém devia ser filho único.
- Isso não interessa nada, olha a Paula: 3 irmãos e não se falam há milénios, detestam-se. E há mais exemplos, tu sabes. Além disso, que poderiam fazer? Ele não ouve.
- Pois, é verdade.
O silêncio, pesado de impotência, voltou.
- Achas que se ele estivesse 2 semanas inteiras sem beber, curava-se?
- Não sei… Mas ele não fica nem meia hora, quanto mais 2 semanas!
- Olha, eu posso tirar 2 semanas de férias, tu também tens férias, não tens?
- Tenho, acho que na próxima semana posso meter, mas qual é a tua ideia?
- Vamos lá para cima, os três. Tu sabes, a casa daqueles amigos do meu pai, no inverno nunca está lá ninguém. Montamos guarda ao Nené, ele não vai beber nem um pingo por muito que insista. Que é que achas?
- Não sei, Mariana… Ele até é capaz de ir com a gente mas chegando lá vai ser a chatice do costume!
- Eu sei mas aí nem que a gente tenha de o amarrar, ele não vai beber nem um pingo. Achas que dá? Temos de fazer alguma coisa!
- Não sei, tu já viste como é, até fica agressivo…
- Eu sei. Mas tu és maior do que ele e se não for isso, fazemos o quê?
- Não sei…
- Sei eu. Vamos meter as férias e falamos com ele. Eu arranjo a casa com o meu pai e na próxima terça-feira estamos lá. E olha que não estava a brincar, João, vou levar corda e aqueles atilhos de plástico – nós vamos ter de dormir de vez em quando.
...
Quando viu o pai de Mariana, o rapaz reconheceu-o e encolheu-se. O senhor aproximou-se e pôs-lhe a mão no ombro:
- Olha, a culpa não foi tua, está bem? Foi um acidente, um estúpido acidente. Quero que tu saibas que a culpa não foi tua, foi o camião que ficou sem travões e o condutor não conseguiu fazer nada, pobre diabo.
- A Mariana?...
- A Mariana morreu, Nené. O João também e o condutor do camião.
- Todos...?
- Sim, todos menos tu. E eu tinha de vir cá falar contigo, porque era preciso que tu soubesses que a culpa não foi tua, para não ficares para aí a pensar parvoíces e dar cabo da tua vida sem razão. A Mariana era muito tua amiga, devo-lhe isto.
O senhor passou-lhe a mão pela face, sorriu-lhe, virou-se e saiu do quarto com passos pesados de desgosto.
…
Anos e anos depois, o Nené ainda explicava nas reuniões dos AA como é que tinha sido recuperado para a vida em menos de cinco minutos pelo pai de Mariana.
MAC
Retirado de Samizdat
Imagem do Público
cívico
Por vezes temos dificuldades em perceber o verdadeiro significado das palavras, civismo é uma daquelas que de tão pouco ser utilizada, para além de que parece ser completamente desconhecida para muita gente, corre sérios riscos de entrar em extinção.
Felizmente ainda restam alguns exemplos dos que nos podemos socorrer para explicar do que se trata, a história conta-se aqui e trata disso, de civismo, de uma acção civil que partindo de um cidadão, conseguiu arrastar outros em defesa de um objectivo que no fim trará algo de positivo para o resto da comunidade.
É claro que não é um pouco de relva em lugar de mais um carro estacionado que irá mudar o mundo, mas o mundo é feito de muitas destas pequenas coisas, se cada um de nós ao ver algo errado em vez do acostumado encolher de ombros que nada resolve reagisse da mesma forma em que reagiu o Ricardo Sobral, de certeza que teríamos um mundo muito melhor.
Civismo é isso, é pensar também nos outros em lugar de unicamente no nosso umbigo, é olhar para o mundo que nos rodeia e ser capaz de deixarmos a nossa marca pela positiva.
Jorge Soares
PS:E não, o facto de ser difícil arranjar onde estacionar em Lisboa não é desculpa para não estar lá a relva.
Imagem de aqui
"Ele é muito dócil mas há outra face, ele não queria saber da escola!"
Juro que me vieram as lágrimas aos olhos, como é possível?..estou para aqui a tentar verbalizar o que me vai por dentro e não consigo, como é que é possível?, como é que esta senhora tem a lata de vir dizer uma coisas destas para a televisão? Mudava de roupa todos os dias..e isso é defeito?, teve 3 negativas num período... e isso é motivo para se abandonar uma criança ao fim de cinco meses e meio do período de pré-adopção?
Supostamente a imbecil, desculpem mas hoje não vou estar com meias palavras e não me ocorre nenhuma outra forma de me referir a ela, tem dois filhos biológicos, será que eram ambos perfeitos?, tiveram sempre boas notas, nunca se portaram mal, nunca fizeram uma asneira? Nunca os devolveu porquê? Porquê escolheu uma criança que já tinha sido abandonada antes, que viveu uma grande parte da sua vida na expectativa de encontrar uma família, para a voltar a abandonar e a fazer sofrer?
Gostava sinceramente de falar com as assistentes sociais que fizeram a avaliação do processo, gostava de saber como foi avaliada esta senhora, porque entregam uma criança a alguém que está à espera que esta seja perfeita. Não faço ideia da história de vida da criança, mas não é difícil de entender que não terá tido uma vida fácil, como pode alguém estar à espera que ela seja perfeita?..existem as crianças perfeitas?
Eu sempre disse que adoptar é um acto de egoísmo, ninguém adopta por querer ajudar as criancinhas, todos adoptamos porque queremos ter filhos, mas um filho não se escolhe, e não se escolhe quando é biológico como não se escolhe quando é adoptado, um filho é uma davida que se recebe de braços abertos e se aprende a amar, com virtudes e defeitos.
Entretanto alguém deixou o seguinte comentário na noticia da TVI:
"Esta criança no dia em que deixou a instituição para ir com esta família irradiava alegria, felicidade, e sempre o ouvi dizer que queria ser adoptado. Sou voluntária nesta instituição e esta criança já tinha laços com esta família antes de lhe ser entregue."
Ainda por cima eles já conheciam a criança desde antes, coisa que não acontece na maioria dos casos, como é que há gente tão anormal que consegue destruir assim os sonhos de uma criança?
O mais grave é que estas coisas passam impunes, como dizia a Susana há pouco no Facebook, se alguém abandona um filho biológico é recriminado e criminalizado, esta gente abandona as crianças desta forma e não só não é responsabilizado, como continua na lista de adopção e há quem lhes entregue outras crianças.
Vídeo com a noticia da TVI aqui
Imagem do Público
A Somália é um país no Corno de África, tem perto de 9 milhões de habitantes e vive desde 1991 uma guerra civil em que os vários senhores da guerra lutam pelo poder e pelos poucos recursos que ainda restam. Todos estes anos de guerra converteram este pais sem lei e sem destino aparente num dos mais pobres do mundo. Sendo que ultimamente ficou tristemente conhecido graças à pirataria que floresce nas suas costas e que inclusivamente já levou a que os barcos mercantes sejam protegidos por navios de guerra da NATO.
Já não bastavam os maus humores dos seus governantes, agora até a natureza se empenha em fazer sofrer o povo Somali, o Corno de África, está a sofrer uma das maiores secas dos últimos 60 anos que está a deixar um rasto de morte e miséria. As Nações Unidas declararam formalmente a existência de fome no Sul do país e já se fala da mais grave tragédia humanitária no mundo.
Várias organizações lançaram campanhas, em todo o mundo. Eis como pode ajudar:
- A Unicef em Portugal (www.unicef.pt) está a recolher fundos, os donativos podem ser feitos no site ou nas caixas multibanco. Selecciona-se “Transferências”, depois “Ser solidário” e finalmente “Unicef”. Para efeitos fiscais, escolhe-se depois a opção “Factura” e introduz-se o número de contribuinte.
Também podem ser enviados cheques para a morada Comité Português para a UNICEF, Av. António Augusto de Aguiar, 21 - 3º Esquerdo 1069-115 Lisboa.
Também é possível contribuir por telefone, através do número 760 501 501, chamada de valor acrescentado que custa 60 cêntimos. Ou fazer depósitos para a conta no banco Millenium BCP (NIB 0033 0000 5013 1901 2290 5)
- O Comité Internacional da Cruz Vermelha também tem uma página na Internet dedicada à Somália onde se podem efectuar donativos (http://www.icrc.org/eng/where-we-work/africa/somalia/index.jsp)
- O Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados lançou, também na Internet, uma campanha para ajudar a Somália, à qual se pode aceder emhttp://www.unhcr.org/emergency/somalia/
- O Programa Alimentar Mundial está a efectuar recolha de donativos para ajudar as vítimas da seca no Corno de África em http://www.wfp.org/crisis/horn-of-africa
- A Oxfam (http://www.oxfam.org/eastafrica
) também está a aceitar donativos para as vítimas da fome.
- A Care lançou a sua campanha na página http://www.care.org/index.asp
- Os Médicos sem Fronteiras recolhem também donativos emhttps://www.doctorswithoutborders.org/donate/
Fonte: Público.pt
Jorge Soares
A Bruna teve direito aos seus mais que merecidos cinco minutos de fama algures em Maio do ano passado, na altura a coisa deu brado, depois passou. Soubemos em Setembro que a rapariga voltou a concorrer ao seu lugar de professora e ficou colocada algures perto das Caldas da Rainha, como não voltou a ser noticia, imagino que terá sido bem aceite por alunos e sobretudo encarregados de educação.
A fama é efémera mas não para o google que se lembra dela e dos posts que sobre o assunto aqui escrevi, de vez em quando olho para os logs e muitas vezes há alguém à procura da Bruna de Mirandela, ou da professora de Mirandela, da professora que posou para a playboy.. ou, uma que outra vez, das mamas da professora de Mirandela. Está visto que há quem sinta saudades dela.
Hoje não pude evitar rir quando vindo de Espanha encontrei a seguinte:
O visitante chegou de Marbella, no Sul de Espanha e veio a mando do google.es ... e deve ter ficado meio baralhado quando no post 197053 aqui do Jantar, deu de caras com a Bruna e o seu simpático cãozinho. A Bruna é sem dúvida uma rapariga com obra feita, sobretudo a nível visual... não sei é se será esse o tipo de obras que alguém que escreve "procuro gente de mirandela que fazen obras" procura.
Jorge Soares