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35 Horas

por Jorge Soares, em 18.01.16

35 horas.JPG

 Imagem de aqui

 

Há pouco na SIC O Miguel Sousa Tavares dizia que não entende porque é que os funcionários públicos tem que trabalhar menos horas que os privados.. eu acho que ele tem razão, eu também não percebo porque é que tendo os funcionários públicos horários de 35 horas há anos, os que trabalhamos no sector privado continuamos a ter horários de 39, que na realidade são 40, ou 40 horas. semanais.

 

Perguntava também se o facto de eles passarem de 40 para 35 horas significa que eles não tem trabalho suficiente... há pouco no Facebook, alguém pedia para lhe perguntarmos se eles passaram de 35 para 40 porque na altura tinham trabalho a mais.

 

As 35 horas da função publica são um direito há muito adquirido, a Troika achou que por cá se trabalhava a menos e portanto convenceu Passos Coelho e o governo a levarem 4 feriados e mudar os horários de trabalho... Na realidade ninguém sabe quais os efeitos desta medida, há quem ache que aumentou a produtividade e há quem ache que não aumentou nada, há quem diga que a economia ganhou porque as empresas pagam menos horas extra e trabalho de feriados,  há  quem pense que a economia perdeu porque há menos tempo livre (e dinheiro)  para investir em turismo e lazer.

 

Há pouco nos prós e contras alguém contava as pontes que vão aparecer com os novos feriados... pontes, quais pontes? Eu se quiser fazer uma ponte tenho que meter dias  de férias, que deixo de poder gozar noutra altura, qual é a diferença? 

 

Será que é assim tão difícil perceber que nos privados não há pontes? No estado só há porque os governos insistem em dar tolerâncias de ponto que não fazem sentido nenhum.

 

A Troika diz que por cá se trabalha pouco e que há  muitos feriados... mas não explicam porque é que na generalidade dos países Europeus há mais feriados e se trabalham menos horas.

 

De 2011 para cá os funcionários públicos além de passarem a trabalhar mais dias e mais horas por dia, perderam um quarto do seu rendimento. Os impostos e o aumento do desemprego levaram uma boa fatia dos salários de todos os trabalhadores portugueses, pelos vistos o objectivo é aumentar a competitividade do país... mas faz sentido que a competitividade de um país seja alcançada à custa de salários baixos e fracas condições de trabalho? Queremos competir com quem? Com a China e o Bangladesh? Ou com os outros países Europeus e emergentes?

 

Jorge Soares

publicado às 22:30

A cega e o cigano... o jornalismo de sarjeta.

por Jorge Soares, em 26.11.15

correiodamnahã.jpg

 

 

A imagem veio via Facebook, mas a noticia também está online, aqui

 

Cabe dizer que a "cega" chama-se Ana Sofia Antunes e vai ser nomeada Secretaria de Estado para a Inclusão de Pessoas com Deficiência, para além de jurista é presidente da Associação dos Cegos e Amblíopes (ACAPO), o "cigano" é Carlos Miguel, que vai ser Secretário de Estado para as Autarquias Locais

 

Não percebo porquê mas deixaram de fora do mais que deplorável titulo da notícia, a nova ministra da justiça Francisca Van Dunem, que como já todos sabemos, para além Procuradora do estado, é negra.

 

É dificil perceber que alguém escreva uma noticia com um título como este, mesmo para o Correio da manhã isto é ir baixo demais no indice de lixo jornalistico... Mas não é de estranhar, não é dificil ler nos comentários online dos jornais portugueses quem se refira ao novo primeiro ministro como o "monhé" .... depois há quem diga que os portugueses não são xenófobos e discriminatórios, se não o fossem este jornal não existia porque não havia quem o comprasse.

 

Todos devemos congratular-nos pela chamada a governar destas pessoas, que para além da sua competência para os lugares para os que foram nomeados, de certeza que vão levar ao governo a sua especial sensibilidade em áreas em que como está à vista até na forma como o assunto foi tratado na maioria da comunicação social, esta sensibilidade é mais que necessária, a sociedade portuguesa está longe de ser inclusiva.

 

Deixo aqui as palavras do deputado do Bloco de esquerda Jorge Falcato com as que não podia estar mais de acordo:

Para todos aqueles e aquelas que dizem que não é importante ter uma secretária de estado cega e que isso não devia ser notícia, porque numa sociedade inclusiva somos todos iguais, lembro uma coisa: ESTA SOCIEDADE NÃO É INCLUSIVA.
Só quem não sente na pele a discriminação pode dizer semelhante alarvidade.

 

Jorge Soares

publicado às 13:12

Agora vamos empatar mais um bocadinho

por Jorge Soares, em 23.11.15

cavaco-cagarro-2-e1447706861311.jpg

 

Imagem de aqui

 

Antes das eleições o senhor já tinha tudo previsto e até já sabia perfeitamente o que ia fazer a seguir, lembram-se? Até achamos que o homem tinha ido à bruxa?. Pelos vistos a bruxa não era lá grande espingarda, porque passados quase dois meses o país ainda está à espera de saber quem vai governar a seguir.... 

 

Como a bruxa falhou completamente as previsões, e uma boa parte dos portugueses votamos ao lado do que seria desejável para o senhor e os seus interesses, ele decidiu ouvir meio país, mas mesmo assim não está contente e vai de aí resolveu fazer mais umas perguntas a António Costa.

 

Está visto que andamos numa de empatar, entretanto Passos Coelho vai fingindo que governa, os mercados sorriem e a Europa desespera porque quer lá o orçamento para poder dizer da sua justiça.

 

Podemos levar isto na brincadeira, mas a mim parece-me uma falta de respeito para com o país e os portugueses, Cavaco Silva pode estar amuado com o resultado das eleições e com o facto de não poder fazer a vontade ao PSD e manter Passos Coelho e Portas no governo, mas o presidente da república está lá para cumprir o seu papel, não para brincar aos governos e ao poder.

 

Se calhar dava mais jeito poder dissolver a assembleia e marcar eleições, pelos vistos há  quem ache que a seguir o PSD ganhava de caras, se calhar tinham uma surpresa, nunca vamos mesmo ter a certeza, a verdade é que não dá, e há uma maioria que mostrou condições para governar, o senhor tem é que aceitar e respeitar a vontade da assembleia da república.

 

Hoje decidiu fazer mais perguntas a quem mostrou condições para governar, só gostava de lhe poder perguntar porque é que não as fez a quem, como se viu, não as tinha?

 

Pode-se dar posse a um governo do PSD sem maioria no parlamento, mas tem que se fazer perguntas a um do PS que apresentou provas de que as tem... está visto que temos um senhor muito democrático....mesmo

 

Jorge Soares

publicado às 21:33

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Imagem de aqui

 

Não me lembro quando nos foi prometido que poderia haver uma devolução do IRS, mas lembro-me perfeitamente de nesse dia ter perguntado aos meus colegas se alguém queria apostar, eu apostava em que a seguir às eleições teríamos sorte se em lugar dos 3,5%  a sobretaxa não passasse  para 4 ou 5, mas que a devolução seria na melhor das hipóteses, 0!

 

Ninguém aceitou a aposta, vá lá a gente perceber por quê!

 

Algures em Julho calculava-se que poderiam devolver 19%, em Agosto eram 25 e em Setembro 35 %, parece que a coisa estava a correr bem na cobrança de impostos.... não percebo porquê mas a seguir às eleições, ou a malta deixou de pagar ou o estado deixou de saber cobrar impostos, os dados actuais apontam para as minhas previsões, 0% de devolução.

 

Como são previsíveis os políticos portugueses... e a julgar pelos resultados eleitorais, como é fácil enganar o zé povinho, ou alguém acredita mesmo que a cobrança de impostos varia assim de um mês  para o outro?

 

Jorge Soares

 

PS:Senhor presidente da República, falta muito para termos um governo sério?

publicado às 23:54

Pais 1 - Cavaco 1 ... e o jogo continua!

por Jorge Soares, em 10.11.15

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Imagem do Facebook 

 

Alguém dizia ao fim da tarde na Antena 1 que Cavaco Silva é o grande derrotado de tudo isto, chega ao fim do seu mandato não só sem que se tenha alcançado o acordo alargado (ao PS, CDS e PSD) a que ele tanto tinha apelado, como lhe vai chegar às mãos um acordo de esquerda e assinado por  partidos que para ele não fazem parte do sistema... vai ser um sapo difícil de engolir... 

 

Não li o acordo, não faço ideia se é um acordo para um orçamento de um governo PS ou para uma legislatura, mas tal como dizia António Costa, este é um acordo assinado por pessoas sérias que representam partidos sérios e acredito sinceramente que todos  querem o melhor para o país e para todos nós.

 

Esperemos que o presidente da república seja também o suficientemente sério para perceber que os votos dos deputados no parlamento representam a vontade dos portugueses que os elegeram e não se ponha a inventar jogadas que  tentem deixar Portas e Passos Coelho num governo de gestão.

 

Hoje continuamos a ouvir falar em falta de ética e em golpes de estado, parece que para os senhores da direita é difícil entender que  a constituição e as regras democráticas não se aplicam só quando é a seu favor... na realidade isso nem é de estranhar, afinal não foi em  vão que o último governo bateu todos os recordes de chumbos do tribunal constitucional...

 

Curiosamente e ao contrário de todos os profetas da desgraça que por ai andam, apesar do debate e do chumbo do governo psd/cds  mais do que  previsto, a bolsa de Lisboa fechou em alta e os juros da dívida em baixa... vá lá a gente perceber esta gente dos mercados....

 

Jorge Soares

publicado às 22:12

cavaco.jpg

 

Imagem do Facebook 

 

Hoje Cavaco foi igual a si próprio, primeiro ele, depois o partido dele, depois os políticos ao lado dele e no fim, se ainda for preciso, o país.

 

Acho que para além de uma ténue esperança de que a lucidez pudesse aparecer por milagre, ninguém tinha duvidas que Passos Coelho e o PSD seriam indigitados para o governo, é este o presidente da República que elegemos, logo, é este o que temos.

 

De resto tudo foi como era esperado, até o discurso no que não poderia faltar o apelo à tradição, ninguém explicou ao senhor que até em política a tradição já não é o que era e que ao contrário do que ele tentou mostrar, não é a tradição que faz com que os governos se aguentem sem uma maioria de deputados.

 

De resto o discurso dele não esteve longe do que ouvi estes dias a alguns conhecidos quando finalmente quem votou no PSD deixou a vergonha e se começou a assumir.

 

Parece que agora a esperança radica em que alguns deputados eleitos pelo PS irão ir em contra da disciplina de voto e votando em consciência, resta saber na consciência de quem, irão votar em contra do PS e a favor do programa de governo.

 

Ao contrário do que Cavaco tentou explicar no seu discurso, a decisão dele não é a favor da estabilidade, é precisamente o contrário, com esta decisão o mais certo é o país passar os próximos meses sem orçamento e com um governo de gestão, gostava de perceber onde está a estabilidade no meio de tudo isto e o que irão achar os mercados e a união europeia.

 

Num país normal após o chumbo do programa de governo Passos Coelho apresentava a demissão e Cavaco chamava Costa a formar governo.... mas depois do que ouvimos hoje, o mais certo é Passos Coelho demitir-se e a seguir Cavaco chamar Paulo Portas ou quem sabe quem,  a formar governo, nunca António Costa, não vá ele trazer consigo aqueles senhores que comem criancinhas ao pequeno almoço.

 

Só gostava de perceber para que raio é que o Presidente da República ouviu os partidos e o que estes lhe disseram, afinal ele é que dita as regras...

 

Jorge Soares

publicado às 21:48

E se a esquerda chegar mesmo a acordo?

por Jorge Soares, em 08.10.15

cavacoecoelho.jpg

 

Imagem do Expresso

 

E se o homem que nunca se engana nem tem dúvidas desta vez se enganou?

 

Imaginemos que quando finalmente António Costa for recebido em Belém, chega com a novidade que tem um compromisso com Bloco de Esquerda e Partido comunista para votar contra o programa de governo do PSD/CDS e a garantia que nem o orçamento nem  nenhuma das medidas de Passos Coelho e Portas irão passar no parlamento?

 

Era evidente para todos nós que o homem não precisava de ir à bruxa para saber o que iria fazer no dia 5 de Outubro, ele ia tentar colocar o PSD no governo, se calhar iria tentar mesmo que o PSD não tivesse mais votos que o PS.

 

Convidar Passos Coelho para formar governo sem ouvir todos os partidos com assento parlamentar é uma falta de respeito não só pela constituição como pelo povo Português e uma irresponsabilidade que pode colocar o país numa situação de ingovernabilidade caso se dê mesmo o acordo entre o PS e os restantes partidos.

 

Não me parece que seja muito provável o entendimento entre os três partidos de esquerda, mas o facto de haver vontade de dialogar já é meio caminho andado, resta saber o que vai acontecer se esse acordo chegar mesmo a Belém, irá Cavaco engolir os sapos todos e voltar com a palavra pedindo a Costa que forme governo ou, teimoso como sempre foi, irá fazer o país passar por largos meses de desgoverno?

 

O que vale é que já só faltam uns meses para que o senhor volte para Boliqueime.

 

Jorge Soares

publicado às 21:53

Afinal têm vergonha de quê?

por Jorge Soares, em 07.10.15

burros.png

 

Imagem do Facebook de RiseUp Portugal

 

No Domingo logo a seguir às primeiras projecções a imagem acima apareceu-me no Facebook e evidentemente partilhei, basta ler dois ou três posts cá do Blog para se perceber que não vou à bola com a direita nem com este governo, não é segredo nenhum e não tenho problema em o mostrar, como não o tiveram outras dezenas de pessoas que partilharam o seu desgosto pelo resultado das eleições através de imagens como esta ou até de frases nos murais.

 

Passado pouco tempo um dos meus contactos publicou um texto no Facebook a pedir respeito por quem votou na Paf e a insurgir-se contra quem "não sabia perder e usava imagens ofensivas de burros"  (SIC).

 

Curiosamente foi o único comentário por parte de quem apoiava a coligação vencedora, se havia gente a festejar fazia-o em silêncio longe das redes sociais... pelo menos longe das que eu costumo frequentar.

 

Mais curioso ainda é que até agora não consegui encontrar uma única pessoa que reconheça que votou em quem ganhou, todas as pessoas com quem falei, já fosse em pessoa ou nas redes sociais, se mostraram chateadas e, segundo elas, votaram nos outros partidos..

 

A coligação esteve perto dos 40%, pela lógica quase metade das pessoas que conheço, e sim, eu conheço pessoas que não são de esquerda,  terá votado no PSD/CDS.

 

Hoje à  hora do almoço comentávamos as eleições e rapidamente cheguei à conclusão de que os meus colegas também tinham reparado no mesmo, ninguém conhecia alguém que tivesse votado na coligação, apesar de haver quem reconhecesse que não tinha ido votar porque "são todos iguais".

 

Como não acredito que tenha havido fraude nas eleições, só posso concluir que há muita gente com vergonha de reconhecer que votou no governo que tanto criticava até agora e por tanto, MENTE COM OS DENTES TODOS.

 

Vamos lá ver, tem vergonha de quê? Eles ganharam, normalmente quem tem vergonha é quem perde, certo? Será vergonha ou consciência pesada por tudo o que gritaram e criticaram no passado? Ou será que sabem que o que vem a seguir é mais do mesmo, mais do que está escrito ao lado do burro, e portanto não querem ficar ligados a isso?

 

Se calhar era bom que reflectissem no que significa essa vergonha, é que vai haver mais eleições no futuro, eu votei num dos partidos que perdeu, mas tenho orgulho nisso, ter vergonha era sinal de que tinha que votar noutros ... ou em branco.

 

Jorge Soares

publicado às 23:19

Quantos são 2+2 senhora ministra?

por Jorge Soares, em 30.09.15

defice.jpeg

 Imagem do Henricartoon

 

De vez em quando lembro-me desta anedota, a versão original metia contabilistas, também há uma com advogados, mas o resultado é  sempre o mesmo e pelos vistos aplica-se que nem uma luva aos tempos actuais:

 

P: Quantos são 2 e 2?

Engenheiro: São 4, é claro!

Matemático: .... (depois de alguns minutos e várias folhas A4 preenchidas com cálculos )  3,9999999....

Membro do governo português: Depende da altura e de quem pergunta, mas quanto quer que seja?

 

Está visto que alguns dos membros do governo tem uma forma estranha de fazer contas, primeiro foi o défice de 2014 que num ápice passou dos três e pouco para os mais de sete por cento por obra e graça de um banco (limpo), que para o governo vale ouro e para quem quer comprar vale pouco mais de lata.

 

Esta semana ficamos  a saber pela Antena 1 que algumas das contas que serviram para calcular o défice de 2012, foram feitas mais ou menos a olho e de modo a não prejudicar muito o valor final de um défice que interessava manter baixinho para não parecer mal aos olhos do povo, dos mercados e da Troika.

 

Segundo a Wikipédia, défice público, em macroeconomia, ocorre quando o valor das despesas de um governo é maior que as suas receitas, ou seja: quando esse governo está a gastar mais do que aquilo que recebe. Em Portugal não há memória de défices negativos e é por isso que a dívida cresce sem controlo de ano para ano.

 

Nos últimos 4 anos a Troika e o governo utilizaram vezes sem conta a desculpa do défice para justificarem a austeridade que nos levou a todos mais ou menos um quarto do ordenado e a muitos a ter que emigrar para terem direito a ganhar a vida. As metas anuais foram definidas no acordo de resgate e as contas eram vistas à lupa antes de cada chegada do dinheiro ao país.

 

O défice era o santo graal do governo e não se admitiam desvios às contas.... até que nas duas últimas semanas descobrimos que afinal tudo não passa de contas e que nem os sete por cento de 2014, nem o de 2012 passam de valores contabilísticos que, pasme-se, não mudam nada.

 

Vá lá a gente perceber estas coisas e saber em quem acreditar ....

 

Jorge Soares

publicado às 21:10

O que muda mesmo na lei da adopção?

por Jorge Soares, em 21.05.15

adopção.jpg

 

Imagem do Público

 

Vinha no carro quando na Antena 1 deram a noticia, "o governo quer agilizar os processos de adopção, estes vão demorar no máximo um ano",  a seguir dei por mim a falar sozinho:

 

- Um ano?, então mas a lei actual diz que as avaliações tem que demorar no máximo seis meses, onde é que passar de seis meses para um ano é agilizar o que quer que seja?

 

Cheguei a casa com as garras de fora e o mau feitio no máximo, a preparar-me para cascar forte e feio no Mota Soares e nos restantes governantes, felizmente decidi dar uma olhadela às noticias sobre assunto antes de começar a escrever o post.

 

Na verdade desde o ponto de vista do adoptante pouco irá mudar, os processos de avaliação continuam a demorar no máximo seis meses, o que realmente vai mudar (esperamos que consigam) é a forma como são tratados e avaliados os processos das crianças, não os que envolvem os adoptantes.

 

Actualmente as crianças estão institucionalizadas e passam anos e anos até que entre as instituições de acolhimento e o tribunal decidam qual será o seu processo de vida. Há crianças que chegam às instituições com um ou dois anos e os processos são decididos quando eles tem doze ou treze  e dificilmente alguém os quer adoptar.

 

O que este governo quer fazer é obrigar a que este processo seja agilizado, por exemplo: que ao fim de 18 meses após a sinalização de uma criança  exista uma avaliação da situação de modo a garantir que as medidas de protecção são as mais adequadas. Pretende também  que seja limitado a 12 meses o processo que medeia entre o estudo de caracterização da criança e a sua adopção... 

 

Parece que finalmente alguém percebeu onde está realmente o problema, não sei se haverá forma de fazer com que os responsáveis das instituições de acolhimento e os juízes passem a cumprir estes prazos,  mas que alguém do governo tenha percebido que  deve haver algo errado no processo quando há 8500 crianças institucionalizadas e pouco mais de 400 para adopção, já é um grande avanço.

 

Ver para crer.

 

Aos senhores jornalistas pede-se que antes de dar as noticias tentem perceber do que se está a falar

 

Jorge Soares

publicado às 22:32


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