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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem de aqui
O Boeing 777 da Malaysia Airlanes, igual ao da fotografia, desapareceu há mais de uma semana, depois de milhares de horas de buscas infrutíferas todos os dias aparecem novas teorias sobre o o seu destino e o dos seus ocupantes.
É difícil de acreditar como em pleno século XXI com todas as tecnologias existentes, um dos maiores e mais modernos aviões construídos, com toneladas de aparelhos electrónicos lá dentro, possa desaparecer assim.
Existem aplicações para computadores e telemóveis que nos dizem a cada segundo o lugar exacto em que estão a maioria dos aviões que cruzam os céus em cada momento. Quando vemos um avião passar sobre as nossas cabeças, basta tirar o telemóvel do bolso, entrar na aplicação e ficamos a saber qual o avião, qual a companhia aérea, de onde saiu e para onde vai.
Como é que é possível que todas estas tecnologias possam simplesmente ser desligadas e o avião possa passar a ser invisível para satélites e radares?
Esta semana ouvi alguém explicar que o avião desceu abaixo da altitude de alcance dos radares militares e por isso não terá sido detectado, estamos a falar de um dos maiores aviões do mundo, como é que pode escapar aos radares militares da China?
Para que é que os americanos gastam biliões de dólares na construção de caças furtivos como o F17, com materiais especiais e tecnologias super secretas que os tornam quase invisívei para os radares, quando um avião dez vezes maior que qualquer caça de guerra simplesmente desliga umas coisas, desce a sua altitude e passa a ser invisível?
Tudo isto é tão surreal que é difícil acreditar.
Temo que demore anos ou séculos até que se saiba o que aconteceu com o avião.
Se calhar nunca saberemos mesmo onde param avião e os seus passageiros, nos próximos tempos iremos de certeza continuar a ouvir teorias e hipóteses cada vez mais estranhas e disparatadas.... Bom mesmo é que alguém se apresse a escrever normas internacionais que obriguem todos os aviões comerciais a terem tecnologias de localização autónomas e que sejam impossíveis de desligar desde dentro do avião... não deve ser muito difícil, afinal há décadas que existe uma rege global de satélites para este tipo de coisas e até é utilizada para localizar telemóveis.
Jorge Soares
Sempre fui uma pessoa com um sentido de orientação fora do comum, tenho o estranho hábito de chegar directo aos sítios mesmo nunca tendo lá estado, raramente me perco... e claro, tenho a mesma aversão a perguntar que qualquer marido que se preze. As minhas férias incluem sempre uma viagem de carro de milhares de Kms, já andei por toda a Espanha e uma boa parte de França, sempre me orientei com um mapa e não me lembro de me ter perdido nem de ter andado às voltas.
Antes das férias decidimos que se calhar o GPS era capaz de dar jeito, mais uma grande viagem, entrada e saída de Madrid, Valência, Benidorm, parques de campismo, analisados os prós e os contras, comprou-se a coisa. Experimentamos na viagem ao Porto no dia do jantar da Cigana que mora algures lá para os fim do mundo fino.. na invicta... e desde logo ficou aprovado.
Primeira constatação:
Qualquer pombo-correio com um GPS se torna num comum mortal que não é capaz de ir a lado nenhum sem ele, senão vejamos: Valência, estacionei o carro no centro num parque subterrâneo, à saída as ruas eram estreitas e o raio do bichinho não havia maneira de apanhar o sinal dos satélites, dei por mim a perguntar:
-E agora como saio daqui?
É claro que a P. me ia batendo, eu, o gajo com genes de pombo-correio depois de uns dias a seguir as instruções de uma máquina, já não era capaz de pensar....
Segunda constatação:
Seguir as instruções do GPS pode ser perigoso para a saúde. Estávamos a chegar a Oliva, falhei uma viragem à esquerda, imediatamente ele recalculou e mandou virar na próxima, chego lá, pisca para a esquerda... felizmente olhei, estava prestes a descer por uma escadaria....
No dia que íamos a Benidorm à Aqualandia, marquei o destino à saída do parque de campismo, lá vamos seguindo as indicações, íamos pelo meio dos laranjais, vira à esquerda, vira à direita, vira para ali... oups... eu acho que o carro não passa ali... quer dizer, se calhar nem a pé que a partir dali era mais caminho de cabras.
Chegados a Benidorm, achamos estranho que as placas do parque aquático mandassem para um lado e a bendita menina do GPS para o outro... até que chegamos ao meio de uma encosta e ele dizia que era ali.... mas parque aquático, nem velo.
Já para não falar na auto-estrada que à Saída de Cuenca ainda não existia mas que ele insistia em que lá estava, e cada 5 ou 6 KMs lá me mandava virar num cruzamento que ainda não existia... tudo para regressar às obras... até que me fartei e lhe calei o pio.
Conclusão, como qualquer outra máquina, o GPS é muito útil e nós temos uma enorme tendência a nos tornarmos dependentes dele, daqui a menos de uma geração, não haverá no mundo quem saiba olhar para um mapa ou ir do ponto A ou B sem a bendita voz da menina a indicar o caminho.
Já agora, deixo aqui o link para um dos primeiros posts que li no blog da cigana, a perspectiva feminina da coisa. Os homens e o GPS
Jorge
PS:Mas dá muito jeito para avisar dos radares!