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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
- As mulheres não sabem fazer pénis, e muito menos os homens. Estes são desajeitados! Obviamente que haverá uma espécie de fábrica que os fará e essa fábrica é ... Deus.
- Se existisse uma sociedade só de homens esta acabava em violência e em seitas. Numa sociedade só de mulheres não aconteceria nada, porque elas não fazem nada e passam o tempo a falar.
- É o homem que indica o caminho às mulheres. Em geral uma mulher não define caminho nenhum. Não consegue. Quanto muito organiza o homem e acalma-o!!
Está à vista que no caso dele o controlo de qualidade da fábrica de deus falhou, esqueceram-se de uma parte importante do cérebro e depois deu nisto.... De certeza que a mãe do senhor, mesmo tendo nascido noutra época, teria um enorme orgulho num filho que vem para a televisão dizer que as mulheres só conseguem ser alguém se forem guiadas por um homem...
O mais estranho é que toda esta conversa sem sentido nenhum era para introduzir o tema da adopção por casais homossexuais.
Segundo o senhor há muitos casais heterossexuais dispostos a adoptar e por isso nada disto era necessário, alguém devia explicar a Pedro Arroja que também há perto de 500 crianças que estão há anos para ser adoptadas e se calhar porque há muita gente que pensa como ele, não há quem as adopte.
Definitivamente este senhor vive noutra era, alguém lhe devia explicar que vivemos no século XXI, há muito que as mulheres votam, vão à universidade, conduzem, vivem as suas vidas por elas e conseguem traçar os seus caminhos e os seus destinos sem precisar de iluminados como ele, aliás, em alguns casos como o dele, só o conseguem fazer se não se cruzarem com eles, porque são definitivamente um atraso de vida.
Não sei como se chama a senhora conduz o programa no Porto Canal, mas há duas coisas que me admiram imenso: Primeiro, como é que com aquele pensamento da era das cavernas ele aceita ser questionado por uma mulher. Segundo, como é que ela consegue ouvir aquilo tudo sem desatar às gargalhadas e sem o por no devido lugar?
Vejam o vídeo, são 9 minutos de humor... ou será de terror?
Jorge Soares
Carlos Carreiro
Retirado de Samizdat
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O senhor da fotografia chama-se Martin, é Sueco e maquinista de metro em Estocolmo. A empresa Arriva Sverige , que gere o sistema de metro de Estocolmo, proibiu os seus maquinistas de utilizarem calções no trabalho mesmo nos dias mais quentes do ano em que se chegam a atingir os 35 graus dentro das cabinas de condução dos comboios. Vai de aí alguns dos maquinistas resolveram que se não os deixavam utilizar calções, eles passariam a utilizar saias.
Noutro país qualquer as saias seriam proibidas aos homens, mas a Suécia é um país muito à frente e proibir a utilização de saias aos homens seria considerado descriminação em relação às suas colegas mulheres, já que a saia faz parte do uniforme delas.
Até agora, para além do Martin mais 11 maquinistas aderiram ao protesto, utilizam saias nos dias de calor e dizem que estas são muito mais cómodas e práticas que as calças.
Não há nota de protestos ou comentários mais atrevidos por partes dos passageiros...
Uma maneira diferente, divertida e imaginativa de protestar e contrariar as normas e louve-se o valor dos Suecos para levarem um protesto deste tipo em frente, se fosse por cá duvido muito que existissem candidatos... a menos que fosse dia de carnaval.
Jorge Soares
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A notícia é do Público e diz o seguinte:
Isto é, como não poderia deixar de ser, o resultado de mais um daqueles estudos que agora estão muito na moda e que quase sempre nos levam a descobertas fenomenais. Segundo concluiram os senhores coreanos que estiveram a estudar o assunto, a culpa pode ser da testosterona, a hormona responsável pela masculinidade que será a culpada pelo facto de que em muitas espécies, incluindo evidentemente a humana, as fêmeas viverem mais tempo que os machos.
Todos os estudos indicam que os homens castrados tem uma vida muito mais longa que os não castrados, tendo inclusivamente alguns deles superado os cem anos de idade... uma vida longa e presume-se que aborrecida!
Meus senhores, já sabem, podem viver mais tempo, é só uma questão de pensarem se querem ou não pagar o preço....
Jorge Soares
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"Melhor parar agora de registrar minhas ações, os verbos serão conjugados todos em voz passiva e não quero voltar à condição de Costela."
Conto dividido em quatro partes.
Parte I: Mais um quarto.
Nossas temperaturas estão a um bom tempo equilibradas e altas, o calor incomoda ainda mais quando se divide cama da solteiro. Estou de costas e me chego ainda mais em seu corpo, quero mais calor. E, para sentir a respiração leve do seu metabolismo desacelerado, enrolo meus cabelos e coloco-os de lado, pousando a cabeça encima. Então vou afastando-a até sentir que o seu nariz afogou-se em meus cabelos e que meu perfume impregne o escritório, a academia, o avião ou qualquer lugar onde esteja; que acorde e diga que sonhou comigo.
Não sei bem se o amo, se esse querer-bem é o objeto cantado tantas vezes. Mas me protege e me dá orgasmos (no plural mesmo). Talvez me sinta acomodada, numa zona de conforto, como diriam os profissionais de recursos humanos. Só não sinto nosso relacionamento seguro, acho que relacionamentos não são seguros, não são isentos das incertezas quanto ao futuro. Parei de sair com outros caras, mas não por respeito à virilidade, mas à feminilidade. Tento ficar quietinha, respirar o mais suave possível para não ser descoberta em vigília.
Pena não conseguir dormir em camas estranhas à minha. Nunca me acostumei a outras e não descubro o por que. Não me esforço muito também, talvez Deus tenha me feito assim, intuitivo que é; talvez tenha em meu subconsciente algum bloqueio que me impeça de suspender o alerta a e a atividade sensorial em habitats excêntricos. Me disseram que pode ser pela mudança do ambiente ao redor. Nunca fui boa investigadora, desisto das respostas após poucas tentativas frustradas ou incertas.
Desisto e levanto. Calço uns chinelos que ficam grandes e vou arrastando-os até a escrivaninha, onde acredito estar a minha calcinha. Visto-a. Apanho uma lapiseira e uma folha A4 na impressora, escolho um livro de capa dura na prateleira e vou sentar-me na varanda. Todos dormem, ou fingem, tanto faz. Não há o que escrever. O livro é de Administração de Marketing.
Não sei também se ele me ama, nunca ouvi nada parecido, nem na cama. Mas isso pouco importa de tão importante que é. Melhor não pensar. Nem nos conhecemos. O pior não é nunca ter escutado palavras como paixão ou amor, o pior é não fazer parte dos planos. A questão não é nem não fazer parte dos planos, também não quero me casar, acho que é não compartilhar os planos. Não vou me fazer de culpada (não posso em consideração a mim mesma), mas gostaria de saber dos seus anseios, suas aspirações. Medos já seria demasiado, homens são herméticos e nem eles o conhecem; talvez esse seja um subterfúgio para construírem.
Vem a inspiração. Checo se o grafite está OK. Há um cofre e não há o segredo./ O cofre está fechado./Talvez os séculos com suas armas corrosivas o abra/ talvez.. Está frio e logo estará na hora de acordar.
Tivesse agora, fumaria meu primeiro cigarro. Ninguém sorri enquanto fuma, me disseram. Não quero sorrir. Acho que só deveríamos sorrir ante a morte, pois ai é certo que não haverá mais futuro para se chegar. É um erro sorrir enquanto se luta. Não tenho nada, porque o que conquisto jogo fora para ir atrás de mais, senão morro. E o cigarro me parece uma parada técnica. Meu pai fumava e quando discutia com a minha mãe sempre pausava para um cigarro na varanda, quando voltava, estava mais sereno e a mulher logo acalmava também. Na verdade queria pensar assim e fumar, mas acho as duas coisas muito másculas. Queria ser uma mulher dedicada e fiel, mas também não ser essa. Tentarei fumar, mas só em festas.
Já estamos enjoando um do outro, acho. O nosso elo mais forte é na cama, talvez o único. Antes nos víamos quase todos os dias, nem que fosse para dar uns beijinhos apenas, no cinema ou em mesas de fundo no bar. Agora fodemos no fim de semana e ele nem em liga todos os dias. Está decaindo ao sexo casual, ou banal, como dizem. Necessidades fisiológicas de ambos supridas, cada um em sua solidão. Acho que já posso começar a procurar outro ou fazê-lo acreditar isso.
Gostaria que, ao tocá-lo/ ele se abrisse/ (como se a senha estivesse em algum buraco de mim)/ só para desmistificá-lo/ ver que não há nada insólito/ que induz a idolatria./Igual/ mas não reciclável..
Há tempos não via o dia germinar; o negro está ficando azul-marinho. Está também cada vem mais frio. Entro, fecho a porta e me sento próxima à varanda com a persiana aberta, numa poltrona de antiquário. Não temos mais muito assunto. Filmes, só vemos os recreativos de Hollywood que não dão muito que comentar. Música, temos gostos totalmente opostos e nenhum de nós é eclético e tão pouco queremos dar o braço a torcer na questão. Conversas banais sobre cotidiano e vida alheia logo que deixam enfadada. Queria que ele me explicasse suas empresas, motores de automóveis, futebol que seja. Queria que me aplicasse testes.
Agora está azul-turquesa e os pássaros começam a lavrar o café-da-manhã. Qual será a diferença entre ave e pássaro? Logo acordará. Deixa a persiana aberta para que a luz do dia seja seu despertador natural. Criativo.
//O que preciso é que esteja ao meu alcance/ como um brilhante/ para ditar a hora de usá-lo/ e de negá-lo.
Já está ficando azul-azul. As nuvens, de invisíveis, foram pintadas dum laranja que fosforesce e já estão descorando. Acho que vou me deitar. Destaco a parte escrita da folha, amasso a não-escrita e tento fazer uma cesta na lata de lixo, mas erro. Levanto e vou arrastando o chinelo em direção à cama. No caminho coloco o poema na bolsa e displicentemente o livro e a lapiseira na escrivaninha. Admiro, ainda em pé, suas pálpebras trêmulas: certamente, em sonho, me perdeu.
Sento-me na cama devagar e deito tentando imitar uma pluma. Ele dorme de lado e um pouco encolhido, tento encaixar meu corpo ao seu. Conchinha. Novamente enrolo meu cabelo e faço dele travesseiro. Deixo a região da clavícula e cervical nuas, sei que ao acordar ele irá atacá-la como um anti-vampiro que dá vida ao despertar sensações diversas...
Dissolveram a aquarela azul, e agora está aguado e límpido. Os pássaros já quietaram e as nuvens estão brancas. Acho que as coisas voltaram ao normal após a turbulência que o rompimento da madrugada causa, inclusive eu.
Roço minha bunda em seu púbis em intervalos desritmados, se ele acordar um pouco mais cedo e se deparar com meu corpo livre, quererá. Não há porque terminar esse relacionamento, afinal de contas temos o que precisamos um do outro. Não sei se me portaria bem como cúmplice, talvez não seja esse o porque de sermos. Estamos mais para um ser válvula de escape do outro, mas não no sentido portuário, tange ao circense, algo sem itinerário ou contratos. A tradução literal de boyfriend e girlfriend talvez seja a que melhor nos defina.
Ele está acordando e já vai pulando em minha nuca com os lábios. Melhor parar agora de registrar minhas ações, os verbos serão conjugados todos em voz passiva e não quero voltar à condição de Costela. Acho. Toma minha barriga com o braço e trás para si. Ataca meu pescoço e vou esquivando-me para frente ante suas investidas. Mas nesse movimento nossas partes inferiores se friccionam e ele já se faz sentir.
Ocorreu-me o título: ídolo de barro. Espero que ele me faça esquecer.
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Ídolo de Barro
Há um cofre e não há o segredo.
O cofre está fechado.
Talvez os séculos com suas armas corrosivas o abra,
talvez.
Gostaria que, ao tocá-lo
ele se chorasse
(como se a senha estivesse em algum buraco de mim)
só para desmistificá-lo
ver que não há nada insólito
que induz a idolatria.
Igual
mas não reciclável.
O que preciso é que esteja ao meu alcance,
como um Brilhante,
para ditar a hora de usá-lo
e de negá-lo.
*
Wellington Souza
Retirado de Samizdat
Estava escrito nas estrelas que o protagonista do post de hoje ia ser o Doutor Júlio Machado Vaz, logo pela manhã a conversa com a Inês Meneses no O Amor é na Antena 1, versou sobre a história de um senhor espanhol que encomendou via internet um estensor para o pénis, passados uns 15 dias recebeu pelo correio um embrulho... com uma lupa. Não se pode dizer que tenha sido enganado.... tudo depende da perspectiva e na mão de quem esteja a lupa
Da parte tarde, via facebook chegou-me a imagem que podemos ver ali em cima.... acho que sobram as palavras... o Murcon, para além de um excelente comunicador, é uma referência na sua área, de certeza que ele sabe do que fala.
Dito isto, eu proponho que a bem da boa saúde de uma parte da população mundial, se decrete que a partir de já, o topless seja obrigatório,... SEMPRE.
E não, não vale argumentar com o frio, que os homens tanto sofremos de doenças cardiacas no verão como no inverno.
Tenho dito
Jorge Soares
Imagem minha do Momentos e Olhares
A noticia é do Público, que se baseou num jornal inglês, que se terá baseado num italiano... antes as histórias passavam de boca em boca, agora passam de página online em página online... e ainda bem, porque o que se perde em objectividade ganha-se em conhecimento... mas vamos ao que interessa.
Ele chama-se António e tem 99 anos, ela chama-se Rosa e tem 96, estão juntos desde 1934, qualquer coisa como 77 anos, uma longa vida inteira de alegrias e tristezas da que resultaram cinco filhos, doze netos e até um bisneto. Por estes dias António decidiu dar uma olhadela numas coisas antigas que encontrou num velho móvel lá de casa e descobriu que Rosa guardava cartas de amor que datam dos anos 40 do século passado... cartas que não eram dele e sim de outro homem, cartas que mostravam que algures, há 60 anos atrás, Rosa o teria traído.
Apesar da confissão e do arrependimento de Rosa, António não perdoa e o casal está em processo de divórcio.
Eu tenho uma máxima, só sabemos como vamos reagir ante qualquer situação da vida quando passamos por ela, a vida já me ensinou muitas coisas e nem sempre me deixou bem na fotografia. Visto desde aqui, sem saber muito mais que o que li nas poucas linhas da notícia do público, custa-me a crer que 77 anos de vida em conjunto não possam pesar mais que algo que aconteceu há 60 anos.... se aturar alguém durante mais de 70 anos não nos fazem merecedores do céu e do perdão por algo que aconteceu há tanto tempo, o que poderá fazer?
Não deixa de ser engraçado ler os comentários à notícia e a alguns posts da blogosfera, há quem fale da honra vingada, há quem ache que o facto de a senhora guardar as cartas durante tanto tempo é sinal de que continuava a amar o outro, há quem ache uma parvoíce e que não merece que duas pessoas terminem a vida em solidão, há quem jura que perdoaria e quem garanta a pés juntos que não... e claro, nunca falta alguém que ache que o senhor não tinha nada que andar a bisbilhotar os papeis antigos... então e o direito à privacidade da senhora?...
Está visto que para os crimes do coração não há prescrição... haverá direito ao perdão? vocês acham que perdoavam?
Jorge Soares
Imagem da internet
Já me tinha acontecido na outra casa. Quando mudámos de casa da outra vez tínhamos a R. a casa tinha 3 quartos, dois eram enormes, um para nós, um para ela e o outro, o maior, ficou para escritório. Passado pouco tempo chegou o N. que foi partilhar o quarto com a irmã. Entretanto eles foram crescendo... e um belo dia a minha meia laranja chegou-me com a ideia de que tínhamos de trocar de quarto com os miúdos. Como o nosso quarto era maior ela podia colocar as duas camas e as secretárias deles. De inicio ainda estrebuchei, a ideia de passar a a ter o quarto mais pequeno da casa não me agradou... nem era por nenhum motivo especial.. simplesmente gostava do meu quarto. No fim tive de me convencer, a alternativa era desfazermos o escritório e colocar um em cada quarto, o escritório e tudo o que lá estava não cabia no quarto mais pequeno.
Quando trocamos de casa há três anos certifiquei-me de que ia comprar uma casa com quartos suficientes, de modo a ficar a coberto de mais surpresas... esta casa tem 4 quartos, a saber: escritório, o nosso e um para cada um deles. Entretanto chegou a D., mas a coisa já estava pensada, ela ia partilhar o quarto com a irmã... pensava eu.
Na semana passada senti que estava a ter um deja vu... a minha meia laranja acha que o quarto das miúdas é pequeno, colocar beliches não é nada prático, elas precisam de mais espaço... e no nosso quarto cabem perfeitamente duas camas, duas secretárias e ainda sobra espaço para elas.... A conversa foi assim meio para o surreal.
- O que achas da ideia?
- Não
- Não?!!, mas porquê?
- Eu gosto do meu quarto.
- Mas tu só lá vais dormir, e ainda por cima dormes poucas horas.
- Não.
- Estás a ser egoísta, ainda por cima a vista desde a cama do outro quarto é muito mais bonita. - Convém dizer que os quartos são parede com parede, a varanda é comum e a vista.. a mesma.
- Já disse que não.
- Estás a ser egoísta e teimoso, já estive a medir e a nossa cama cabe lá perfeitamente e ainda sobra espaço para as cómodas.
-......
-Eu já estive a pensar pintamos as paredes, a cama fica mais perto da janela e está virada ao contrário, ficamos com vista para a serra.
-..... Grrrrr
-Vá lá, eu deixo-te escolher a cor das paredes do quarto.
Está demais dizer que é uma batalha perdida, as mulheres desta casa são especialistas em guerra psicológica. Um destes dias cheguei e havia duas amostras de tinta coladas na parede do quarto... mas eu posso escolher a cor...está mais que visto que estou condenado para o resto dos meus dias a ter direito aos quartos mais pequenos das casas..... também, quem me manda escolher casas pequenas... ou querer ser família numerosa? Mas vou-me vingar, vou escolher uma cor berrante.
Jorge Soares
Imagem do Público
Moral:
Conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada.
Segundo uma notícia do El Mundo, a última coisa que terá dito DSK (Dominique Strauss-Kahn) antes de ser detido no aeroporto de Nova Iorque, terá sido "Quel beau cul!", acho que não precisa tradução. A frase terá sido dita á passagem de uma das hospedeiras de bordo do voo da Air France em que ele iria voar para Paris.
A expressão em si será mais ou menos inocente, mas diz muito sobre a forma como este senhor se relacionava com o sexo Feminino, de resto, consta que há muito que na Europa e principalmente em França, eram comentadas à boca pequena as suas atitudes e alguns episódios se calhar não tão graves como este agora protagonizado no luxuoso hotel.
Que alguém com este tipo de atitudes possa ter chegado a presidente do FMI e fosse um dos principais candidatos à presidência da França diz muito sobre a moral em que vivemos. Haverá quem diga que o senhor fazia estas coisas em privado e que ninguém tem nada a ver com a sua vida privada.... a mim quer-me parecer que o corredor de um avião não é bem um lugar privado e que em privado tudo será válido sempre e quando as coisas se façam com acordo e consentimento... o que pelos vistos nem sempre seria o caso.
De resto ainda a semana passada cá em Portugal foi notícia um senhor que abusando da sua condição de médico, violou, sim, os factos foram dados como provados no tribunal, uma das suas pacientes grávida de 34 semanas e foi absolvido. Consideraram os juízes que a violação não terá sido feita com a violência suficiente. (podem ler o processo aqui)
Pelos vistos nos Estados Unidos a moral é outra, e lá se vai a definição que coloquei no inicio do post, porque quer-me parecer que por mais advogados e dinheiro que este senhor tenha à sua disposição, os juízes americanos não vão estar cá a analisar o grau de violência, irão analisar sim se a coisa foi ou não consentida ...e já se fala de uma pena de até 70 anos.
Num aparte, não sei o que andarão a colocar na água dos hotéis de Nova Iorque, mas a julgar pelas notícias dos últimos tempos, não são lá muito seguros para se ficar.. digo eu.
Jorge Soares