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trump.gif

Imagem de aqui

Donald Trump está entre os candidatos ao Nóbel da Paz, segundo a agência AFP, Trump está entre nomes como Angela Merkel, o papa Francisco, Edward Snowden ou os habitantes das ilhas gregas que receberam milhares de refugiados. ...foi indicado por um nomeador dos EUA, “pela sua ideologia para a paz através da força”

 

Ideologia para a paz através da força .... um destes dias à hora do almoço e em tom de brincadeira, alguém dizia que se o homem ganhar as eleições nos Estados Unidos o problema dos refugiados resolve-se num instantinho, uma bomba atómica nas zonas controladas pelo estado islâmico na Síria e outra nas do Iraque e já ninguém precisa de fugir para a Europa.

 

Vocês querem ver que alguém nos estava a ouvir e achou que aquilo era a sério?

 

É nestas alturas que percebemos como a humanidade está mesmo louca.

 

Jorge Soares

publicado às 22:56

Um não lugar chamado Palestina

por Jorge Soares, em 14.07.14

A palestina

Imagem de Pontos de Vista 

 

Segundo a Wikipédia a primeira referência escrita à Palestina é de Heródoto que em 450 antes de Cristo visita o lugar e a ela se refere como Síria Palaestina.

 

Desde então para cá, fez parte dos Impérios de Carlos Magno, Egípcio, Romano, Bizantino. Foi conquistada e libertada dezenas de vezes pelos mais variados povos, foi tomada pelos Cruzados católicos e reconquistada pelos Árabes,  pelos Turcos, pelos Otomanos e de novo pelos Turcos.

 

Durante a primeira guerra mundial os Turcos são de novo derrotados e o território é dividido entre a Grã Bretanha e a França.

 

Em 1946 o seu território, era maioritariamente ocupado pelos palestinos Árabes e Católicos, sendo que os judeus ocupavam uma pequena faixa junto ao mar. A partir de 1947 com o patrocínio da ONU e dos Estados Unidos e num processo que dura até hoje, os palestinos viram o seu território ir encurtando cada vez mais, até um ponto em que apenas restam umas pequenas faixas em que o povo é obrigado a sobreviver em campos de refugiados.

 

Repito, tudo isto foi feito com o patrocínio das nações Unidas e dos Estados unidos e com a cumplicidade de todo o resto do mundo.

 

Neste momento Israel prepara-se para invadir o que resta da faixa de Gaza, todos os dias morrem numa guerra não declarada dezenas de pessoas, das que 60 % são mulheres e crianças.

 

Daqui a uns anos, na fotografia acima haverá um novo mapa com uma faixa completamente branca e a Palestina será só uma pequena nota de rodapé na história reescrita do mundo... um não lugar.

 

Tal como aconteceu durante centenas de anoscom os judeus, os palestinos que restarem ao massacre andarão pelo mundo, um povo sem pátria, sem lugar....

 

É incrível como a história se repete e a humanidade não aprende nada com ela...

 

Jorge Soares

 

PS:Este post foi publicado por mim em 20 de Novembro de 2012, desde então não mudou nada e as mortes (de um lado muitas ,do outro poucas) continuam, com o mundo a ver futebol

publicado às 20:22

Um não lugar chamado Palestina

por Jorge Soares, em 20.11.12

A palestina

 

Imagem de Pontos de Vista 

 

Segundo a Wikipédia a primeira referência escrita à Palestina é de Heródoto que em 450 antes de Cristo visita o lugar e a ela se refere como Síria Palaestina.

 

Desde então para cá, fez parte dos Impérios de Carlos Magno, Egípcio, Romano, Bizantino. Foi conquistada e libertada dezenas de vezes pelos mais variados povos, foi tomada pelos Cruzados católicos e reconquistada pelos Árabes,  pelos Turcos, pelos Otomanos e de novo pelos Turcos.

 

Durante a primeira guerra mundial os Turcos são de novo derrotados e o território é dividido entre a Grã Bretanha e a França.

 

Em 1946 o seu território, era maioritariamente ocupado pelos palestinos Árabes e Católicos, sendo que os judeus ocupavam uma pequena faixa junto ao mar. A partir de 1947 com o patrocínio da ONU e dos Estados Unidos e num processo que dura até hoje, os palestinos viram o seu território ir encurtando cada vez mais, até um ponto em que apenas restam umas pequenas faixas em que o povo é obrigado a sobreviver em campos de refugiados.

 

Repito, tudo isto foi feito com o patrocínio das nações Unidas e dos Estados unidos e com a cumplicidade de todo o resto do mundo.

 

Neste momento Israel prepara-se para invadir o que resta da faixa de Gaza, todos os dias morrem numa guerra não declarada dezenas de pessoas, das que 60 % são mulheres e crianças.

 

Daqui a uns anos, na fotografia acima haverá um novo mapa com uma faixa completamente branca e a Palestina será só uma pequena nota de rodapé na história reescrita do mundo... um não lugar.

 

Tal como aconteceu durante centenas de anos aconteceu com os judeus, os palestinos que restarem ao massacre andarão pelo mundo, um povo sem pátria, sem lugar....

 

É incrível como a história se repete e a humanidade não aprende nada com ela...

 

Jorge Soares

publicado às 22:00

Morrer de solidão

por Jorge Soares, em 29.01.12

Em Portugal morre-se de solidão

Imagem minha do Momentos e Olhares

 

É uma notícia que é recorrente, foi  em Fevereiro de 2010 que escrevi o Post, Em Portugal há quem morra de solidão, na altura tinham sido encontradas mortas 9 pessoas que viviam sós, passaram dois anos e o que constatamos é que nada mudou, hoje a noticia fala de 10 idosos encontrados mortos em apenas seis dias..

 

Vivemos tempos estranhos, nunca como agora as pessoas estiveram tão próximas umas das outras, por muito grande que seja a distancia física, nunca foi tão fácil comunicarmo-nos com quem está longe, as redes sociais acercaram-nos das pessoas e do mundo. A grande maioria de nós comunica todos os dias com dezenas, centenas e até milhares de estranhos... o messenger, o Facebook, os blogs.... colocam-nos à distância de um clik de milhares de pessoas... e, também falo por mim, quantas vezes falamos com as pessoas mais próximas de nós?

 

Acredito que muitas vezes as pessoas estejam sós porque foi isso que escolheram para as suas vidas, mas o facto de escolherem estar sós não deveria significar que tenham que estar esquecidas...  e o que vemos é que há muita gente esquecida... esquecida pelos seus, esquecida por quem está à volta..esquecida pelo mundo. Parece que quando alguém deixa de ser produtivo, passa a ser dispensável, peso morto para o mundo.

 

Quando ouço noticias destas o primeiro que penso é "onde anda a família destas pessoas?", acredito que um ou outro não a tenha, mas são centenas, milhares de pessoas sós, a maioria terá filhos, netos, irmãos... alguma vez teve amigos, ninguém vive uma vida inteira na solidão, de uma ou outra forma terá deixado a sua marca no mundo, porquê terminam assim?, abandonados por todos?

 

Acredito sinceramente que o estado podia fazer algo mais para evitar que estas coisas aconteçam... mas este é um daqueles casos em que não acho que seja o estado a falhar... quem falha somos todos nós, falhamos como seres humanos e como sociedade.

 

Pense lá, quando foi a última vez que falou com os seus?.. não haverá alguém que até sabemos que está só e a quem poderíamos dar uma palavra de conforto?

 

«Morrer é só não ser visto.»

 

A morte é a curva da estrada,

Morrer é só não ser visto.

Se escuto, eu te oiço a passada

Existir como eu existo.

 

A terra é feita de céu.

A mentira não tem ninho.

Nunca ninguém se perdeu.

Tudo é verdade e caminho.

 

Fernando Pessoa

 

Jorge Soares

 

publicado às 20:08

 

Refugiados em Lampeduza

Imagem do Público

 

 

Vivemos num mundo de contrastes, há bem poucos dias vimos como os Estados Unidos, um dos membros da NATO, utilizou de uma forma magistral os seus soldados e a sua tecnología para no outro lado do mundo, invadindo outro país, aplicar a sua peculiar forma de justiça.

 

Hoje um Jornal inglês relatava como apesar de  toda essa tecnología, de todos esses meios, dos muitos milhares de homens, dos muitos milhões de Euros que diariamente se gastam numa guerra civil patrocinada e apoiada pelos países ocidentais, ali ao lado, a poucos kms de terra e à vista de Porta-aviões, Helicópteros, navios e aviões, mais de 60 pessoas, incluindo duas crianças pequenas, morreram de fome e de sede num barco no mediterrâneo.

 

O mediterrâneo é um mar interior, todos os dias há centenas de navios que o cruzam em todas as direcções, como é possível que um barco com mais de 70 pessoas ande à deriva durante 16 dias sem que ninguém o veja? Como é possível que no século XXI se deixem morrer pessoas à fome e à sede só porque nasceram no lado errado do mar e não desistem de chegar ao lado certo?

 

É claro que nesta altura a culpa não é de ninguém, ninguém viu, ninguém ouviu, ninguém soube.... na verdade, ninguém quis saber, são refugiados, que importa mais 50 ou menos 50?

 

Há quem diga que o mundo está mais seguro sem Bin Laden e sem muitos dos ditadores que foram caindo nos últimos meses... depois de ler notíciass como esta eu tenho sérias dúvidas. De que serve um mundo mais seguro se estamos a construir uma sociedade que não é capaz de ser humana?

 

Jorge Soares

publicado às 22:08

Mineiros libertados da mina no Chile

 

Imagem do El Mundo

 

Ontem por volta da  meia noite as imagens em directo desde o Chile, mostravam várias pessoas de volta da cápsula que iria trazer de volta ao mundo os mineiros que há 69 dias estavam no fundo da mina. Desde que voltei de férias que tenho seguido dia a dia o progresso dos trabalhos, e confesso que ontem quando me fui deitar estava algo ansioso... a ideia de que por algum motivo a aquela cápsula ficasse presa a meio do caminho com um dos homens lá dentro... era arrepiante. Felizmente nada disso aconteceu e a esta hora estão a retirar o Vigésimo quarto, espera-se que até ao fim da noite todos estejam cá fora.

 

A forma como os homens ficaram presos na mina e tudo o que aconteceu desde aquele dia no inicio de Agosto até hoje, é um paradigma do estado da nossa sociedade.

 

Por um lado temos um país da América do Sul em franco desenvolvimento, dizia alguém hoje que o Chile é o país mais desenvolvido do sub-continente.. eu tenho sérias dúvidas que isto seja verdade, ou não existisse o Brasil ali ao lado, por outro lado temos a imagem de trabalhadores de uma mina que aparentemente continuam com as condições de há várias décadas atrás. Não é em balde que hoje ao sair da cápsula, um  dos mineiros nas suas primeira declarações referiu que há muito a mudar nas condições de trabalho das minas no Chile.

 

Por outro lado, temos um mundo completamente globalizado que não só nos mostra em directo o que se passava no fundo da mina, como consegui em pouco tempo unir-se para levar até aos confins do  deserto  chileno a tecnologia e as condições para que hoje estejamos todos  a ver em directo cada nova saída e a festejar como se fosse cá.

 

É verdade que a globalização nos veio trazer muitas coisas más, mas alguém já pensou o que seria destes homens se em lugar de em 2010, tivessem ficado soterrados há duas ou três décadas atrás? Será que a tecnologia que permitiu o seu resgate existiria em condições de chegar até lá em tão pouco tempo? E será que existiriam os recursos ou sequer a vontade para conseguir colocar uma máquina deste tamanho em movimento? Existiriam a condições politicas no Chile que permitissem a entreajuda de tantos países?.... são muitas interrogações.

 

Felizmente o mundo evolui, as condições politicas evoluem e permitem que as condições sociais melhorem. Foi uma muito agradável surpresa ver como tanta gente de tantos países reuniu esforços em prol destes homens, esforços que para além de salvar estas vidas, servirão de certeza absoluta como exemplo e um precedente para salvar muitas mais vidas no futuro.

 

Bem haja pelo mundo.. é nestas alturas que concluímos que resta alguma esperança para o homem.

 

Jorge Soares

publicado às 21:59


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