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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem de Lusopt
"Pelo artigo 5.º da Lei n.º 7/2007, de 5 de Fevereiro, é proibida a reprodução do cartão de cidadão em fotocópia ou qualquer outro meio sem consentimento do titular, salvo nos casos expressamente previstos na lei ou mediante decisão de autoridade judiciária. Não é permitida a retenção ou conservação do cartão de cidadão, para verificação de identidade que se mostre necessária por qualquer entidade pública ou privada, salvo nos casos expressamente previstos na lei ou mediante decisão de autoridade judiciária." (de lusopt)
Hoje foi noticia que para além de ser ilegal, vai passar a dar direito a multa de até 750 Euros para quem tirar ou pedir a fotocópia.
Por volta da hora do almoço tive que ligar para a empresa do cartão de crédito para confirmar que não estava a ser roubado por uma empresa de telecomunicações (estava!). Depois de me darem a informação pretendida fui confrontado com o seguinte:
-Tenho aqui a indicação de que a fotocópia do seu cartão de cidadão que temos connosco está desactualizada, pode enviar-nos uma actualizada?
-Eu acabo de ler algures que tirar fotocópias do cartão do cidadão é ilegal e até pode dar direito a multa.
-Mas eu tenho aqui a indicação para pedir outra.
-Mas isso é ilegal!
-Eu tenho indicação para pedir, e de certeza que lhe vai chegar uma carta a pedir para enviar.
-Mas como é que vocês pedem uma coisa ilegal?
-Vai receber uma carta a pedir, quando puder envie!
-Mas é ilegal
-Pois, mas se puder mande na mesma!
Portugal no seu melhor, é ilegal, mas mande na mesma
Jorge Soares
Imagem do Público
Sempre me fez confusão que exista este tipo de jornalismo, jornais feitos de boatos, meias palavras, meias verdades, completas mentiras ... faz-me espécie que existam pessoas que façam deste tipo de escrita modo de vida, assim como me faz especie que existam pessoas que mesmo sabendo que na maior parte das vezes o que lá vem escrito não passa de mais um episódio da imaginação de um qualquer escriba de ocasião, as comprem.
O News Of the World era um jornal com 168 anos, não sei quantos haverá no mundo mais antigos, de certeza que serão poucos, também não sei desde quando enveredou por este tipo de jornalismo de sarjeta. Hoje foi a sua última edição, em qualquer outro caso seria de lamentar a morte de mais um jornal, e para mais um jornal com esta idade, neste caso, só podemos lamentar que tenha demorado tanto tempo.
O sucesso deste tipo de de jornalismo mostra como somos cada vez mais uma sociedade voyeur, uma sociedade que dá cada vez mais importância ao acessório, ao fútil, ao que não deveria interessar a ninguém. Num mundo em que os jornais sérios, os que vivem de vender informação e noticias, tem cada vez mais dificuldades em sobreviver, as revistas cor de rosa e este tipo de jornais florescem como cogumelos a seguir às chuvas do Outono.
Curiosamente há muito que eram conhecidos os métodos deste jornal, há muito que se sabia que se faziam noticias com base em métodos ilegais, até agora as vitimas era só famosos, imagino que até agora se partiu do principio que ser vitima destes senhores era parte do preço a pagar por ser ser rico e/ou famoso. O escândalo e o encerramento do jornal só chegaram quando se percebeu que os métodos ilegais afinal servem para todos, ninguém está livre, é pena, se tivessem tomado medidas logo na primeira vez, não se teria chegado tão longe.
Mas o News of the Worls não é o único a viver deste tipo de jornalismo, há mais, muitos mais, esperemos que tenham rápidamente o mesmo fim.
Jorge Soares
Alguma vez se perguntaram o que acontece com as petições que assinam online? Recebemos um apelo, achamos a coisa justa, carregamos num link e vamos a um site, preenchemos uma serie de informações, .. nome, mail, código Postal, Bilhete de identidade, data de nascimento... Para que serve toda esta informação? Sabiam que para a assinatura ser válida unicamente é necessário o nome e o bilhete de identidade? e que sem este ultimo ela não é válida?
Até ao advento da internet recolher assinaturas era complicado, havia que andar de folhas e caneta em mão a pedir às pessoas para assinarem, um dia alguém se lembrou que com um computador a coisa era mais simples, basta um servidor, uma base de dados simples e alguns conhecimentos de programação... e as petições nascem como cogumelos. Tudo é motivo para se lançar uma petição pública, desde os assuntos mais sérios até aos mais inverosímeis.
É claro que a maior parte das vezes a coisa nem sai dali, assinamos e esquecemos o assunto, é claro que no meio disto tudo tem que haver alguém que ganha com o assunto, ninguém gasta tempo e dinheiro a montar um esquema de petições online se não existir algures uma forma de ganhar com isso,... então, quem ganha com as nossas assinaturas?
Olhando para qualquer um destes sites o primeiro que salta à vista é que há imensa publicidade, publicidade na internet é dinheiro.. pouco, mas dinheiro, mas não é só isto. Voltando à pergunta inicial, para que acham que serve o resto da informação que preenchemos quando vamos assinar uma petição? Para muitas coisas, hoje em dia os dados pessoais são uma informação valiosa, as listas de mails pagam-se a bom preço, ora, se essa lista de mails vem com nome e código postal... vale ainda mais... nem imagino quanto valerá uma lista de nomes com mail e bilhete de identidade.
Mas há mais, de há uns tempos para cá junto com o muito spam que recebo, chegam-me uns mails que me vem dirigidos pessoalmente, com nome e apelido, publicidade dirigida e pasme-se, patrocinada por um dos sites de asinaturas online.
Por norma eu nunca autorizo a divulgação dos meus dados, e muito menos em sites online, estes senhores estão a utilizar os meus dados para enviar publicidade, foram retirados de alguma petição online que assinei e sem a minha autorização, coisa que é no mínimo ilegal.
Pronto, agora já sabem porque é que as petições Online nascem como cogumelos?, é um negócio lucrativo.. raramente dão no que quer que seja, mas são um negócio lucrativo, por isso, antes de assinar petições online, pense se o assunto é realmente sério... e tenha atenção aos dados que fornece.
Jorge Soares