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london racism.jpg

 

Imagem da internet 

 

"Em Londres, Fátima Lourenço ainda está abalada com o que aconteceu na passada sexta-feira, quando um grupo de jovens com idades entre os 18 e os 20 anos lhe cuspiu na cara e agrediu na rua com uma bandeira inglesa" 

 

O texto acima foi retirado do Observador, de uma noticia que fala de insultos e até agressões racistas a imigrantes portugueses na Gran Bretanha, mas há noticias como estas nos jornais de todo o mundo. De repente parece que o Brexit abriu a caixa dos horrores e muitos idiotas ingleses se sentem com direito a deitar cá para fora o ódio a tudo o que é estrangeiro e/ou diferente.

 

Polacos, portugueses, espanhóis, hindus, passaram a ser alvo de quem evidentemente andava ressabiado e a esconder o ódio contra quem chegou à Gran Bretanha para procurar trabalho e um modo de vida que dificilmente seria possível nos seus países de origem..

 

Se havia dúvidas sobre o que levou mais de metade dos ingleses a votar sim ao Brexit, estas começam a dissipar-se... estas coisas tem nomes: racismo, xenofobia, ódio aos estrangeiros e a quem é diferente.

 

Vejam os vídeos abaixo, são por demais esclarecedores.

 

 

 

 

 

Jorge Soares

publicado às 22:51

E quando o racismo nos calha a nós?

por Jorge Soares, em 14.12.15

morteaosportugueses.jpg

 

Imagem da RR

 

A sede do Clube Português de Brie-Comte-Robert, a sudeste de Paris, foi vandalizada. Foram escritas na fachada do edifício frases como "morte aos portugueses"

 

Há uns dias, numa resposta a um comentário num dos posts sobre os refugiados, eu perguntava o que sentiríamos se num dos muitos países para onde vão os nossos emigrantes, alguém os tratasse como alguns portugueses querem tratar os refugiados da Síria e do médio oriente... bom, não foi preciso esperar muito, a fotografia é da semana passada e acho que não precisa de tradução ou explicação.

 

É verdade que por cá ainda não se foi tão longe, mas isso é só porque como era de esperar, os refugiados não querem vir para Portugal e dos cinco mil que eram esperados, nem uma centena cá chegou. Mas não tenho dúvidas que há por aí muita gente que os trataria da mesma forma que alguns (espera-se que poucos) franceses querem tratar os portugueses.

 

A seguir aos atentados de Paris eu ouvi num dos canais de televisão uma senhora portuguesa imigrante em França há pouco tempo, que dizia que o país nunca deveria ter permitido a entrada de imigrantes, pelos vistos ela ou não se considerava imigrante ou se achava melhor pessoa que quem chegou a França vindo do Magrebe e do médio oriente e que, tal como ela, chegaram ao país à procura de uma vida melhor.

 

Alguém devia ir tentar encontrar essa senhora e perguntar-lhe se ela gostou de ser tratada desta forma e se agora percebe o que sentem os refugiados quando lhes queremos fechar as portas da Europa.

 

Jorge Soares

publicado às 21:25

lavalla.jpeg

Imagem retirada da internet 

 

Não, as pessoas lá ao fundo em cima da rede não são espectadores do jogo de golfe, a fotografia foi tirada algures em Melilla, uma das cidades espanholas no norte de África. A rede na que estão sentadas aquelas pessoas é "la Valla", uma cerca de arame protegida com arame farpado  e vigiada dia e noite pela guardia civil espanhola do lado Europeu e pela policia marroquina do lado Africano.

 

Aquela rede está ali para evitar que as milhares de pessoas que provenientes da África sub-saariana se vão acumulando nas cidades marroquinas à espera de uma oportunidade para de alguma forma conseguirem saltar para o outro lado e conseguirem ter sonhos.

 

De há uns tempos para cá a forma de tentar passar a rede consiste em formar grupos  de dezenas e até centenas de pessoa e assaltar a cerca desbordando os policias marroquinos pelo número. Apesar destes e do arame farpado há quem consiga passar, mas há quem como no caso da fotografia, não o consiga fazer antes da chegada da policia espanhola.. e ficam ali, sem querer voltar para trás, mas sem poder seguir em frente sem cair nas mãos da guardia civil que os espera do lado de cá.

 

Há quem tenha passado quase um dia em cima de um daqueles postes, até que vencido pelo cansaço se deixou cair...  se tiver sorte e cair para o lado espanhol, será levado para um dos centros de acolhimento e com alguma sorte, pode até obter o estatuto de refugiado, a sorte de quem cai para o lado marroquino não é fácil de adivinhar, há quem esteja ali no dia a seguir para tentar de novo.. e há quem vá parar a milhares de kms algures numa fronteira a sul.

 

Mas o que mais me chamou a atenção na fotografia foi a forma desinteressada como os golfistas, aqueles que de certeza nunca tiveram que lutar muito para poder ter uma vida, continuam a jogar apesar do drama que se passa ali a umas poucas dezenas de metros.

 

De resto, é esta mesma indiferença a que se vive em toda a Europa, apesar das dezenas de vezes em que isto já aconteceu, quantas vezes foi noticia em Portugal?

 

Há uns tempos morreram centenas de pessoas num naufrágio de um barco carregado de imigrantes em Lampedusa, uma ilha italiana, entretanto a Itália para evitar outras tragédias como esta, colocou em marcha uma operação em que resgata  e auxilia estes emigrantes dos frágeis barcos nos que se aventuram na travessia do mediterrâneo. Para espanto de muita gente, o governo inglês acusou o italiano de estar a desperdiçar o dinheiro europeu e a incentivar a vinda de imigrantes... palavras para quê?

 

Jorge Soares

publicado às 23:00


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