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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem de aqui
O anuncio acima não é o original, que à hora em que lá cheguei já tinha sido corrigido e os outros conhecimentos, que pelos vistos se referiam aos conhecimentos pessoais da Vera Pereira e não a outros conhecimentos profissionais ou intelectuais, já tinham sido retirados. A imagem é de uma replicação num dos muitos sites de emprego que referenciam o site do IEFP.
Também não tem nada de novo, todos sabemos que neste país o primeiro factor para conseguir um emprego é mesmo a cunha e quem não as tem, nas condições em que está o país está mesmo lixado com F grande.
De saber que é assim que o país funciona, estas coisas já não chocam, mas não deixam de me irritar profundamente, e irrita-me muito mais ler que “A situação identificada é perfeitamente normal, enquadra-se nos procedimentos previstos e estipulados para as ofertas de emprego apresentadas com o propósito de as empresas formalizarem candidaturas à medida Estímulo 2012”, segundo o Público, foi esta a explicação dada por Fátima Cerqueira, directora de comunicação do IEFP.
É verdade que a oferta de emprego é para uma instituição privada, e evidentemente esta instituição pode escolher quem bem entender para os seus quadros, mas o anuncio foi publicado porque esta instituição se está a candidatar a um programa de incentivo de empregos, programa que é pago pelos nossos impostos.
Se realmente a instituição já tem alguém para o lugar, porque é que se publica o anuncio online? O anuncio serve para quê?, Para colocar um monte de gente a enviar currículos para nada?, Para que os funcionários do IEFP tenham que fazer e estarem a olhar para currículos e candidaturas que na realidade não servem para nada? Para as estatísticas?, para que a IEFP diga que o programa está a funcionar?
Tudo isto pode ser normal e até legal, mas será moral? Com que imagem ficamos da IEFP e dos programas de incentivo ao emprego?
Jorge Soares
Eu sei que disse que ia de férias, mas também disse que ainda faltavam 3 dias..e que poderia acontecer algo que me fizesse voltar... bom, aconteceu este comentário do Antonio Dias, o comentário dele é pertinente e o assunto não deixa de ser interessante... comecei a responder na caixa de comentários e terminei aqui... na caixa de posts... até porque quem sabe e não há por aí algum ou alguma antropóloga que queira ajudar a fazer luz.
Diz o António o seguinte:
"Acho que já disse isto dezenas de vezes, mas aqui vai mais uma. Tomando como facto que há mesmo pessoas a mais no mundo (ver http://en.wikipedia.org/wiki/Ecological_
1. Tomar medidas para voluntariamente reduzir a população mundial. Isto iria requerer uma coordenação de todas (ou quase) nações do mundo, iria levar alguns anos, dependendo das medidas adoptadas, e teria sempre como resultado que a população iria envelhecer. Porque é que uma população voluntária e controladamente envelhecida é um problema é uma coisa que ainda não consegui compreender.
2. Reduzir a população à força. Isto tem resultados muito mais rápidos... mas menos controlados. Ou seja, os efeitos laterais deste método podem atingir os seus executores.
3. Dizer que esta visão é pessimista, que ainda há lugar para muito mais gente ou que o excesso de população é apenas no terceiro mundo (esquecendo que a Europa é o continente mais sobre-povoado). Ou seja, enfim, deixar tudo correr como está e continuar com o velho esquema de pirâmide (http://pt.wikipedia.org/wiki/Esquema_em
O que eu acho lamentável é que a espécie humana escolherá esta última opção, apesar de ser provavelmente a primeira neste planeta que tem o discernimento para perceber isto e os recursos para o evitar."
António, Porque é que uma população voluntária e controladamente envelhecida é um problema?
Eu acho que é, por vários motivos, vejamos:
-Infelizmente o mundo não vive numa sociedade global, os recursos não estão distribuídos uniformemente e para conseguir sobreviver e alimentar os seus habitantes, cada país tem que conseguir produzir já seja os bens alimentares ou a riqueza para os poder adquirir. Quanto mais envelhecida for a população, menos produtiva se torna, até que chega a um ponto de rotura em que a parte da população que consegue produzir não o consegue fazer de forma a conseguir alimentar quem já não produz... e não, não estou a falar de reformas e coisas dessas, só estou a falar de capacidade de produzir.
Reduzir a população à força não é um conceito novo, há décadas que a China com a sua politica de um só filho o tenta fazer, não conheço o suficiente como para poder expressar uma opinião sobre os resultados desta politica, pelo que li, os objectivos foram conseguidos em alguns meios urbanos mas ninguém sabe o que se passa na China Rural..e de resto, eles já são mil e trezentos milhões e continuam a crescer... na China e em todos lados.
É claro que há soluções mais drásticas... mas acho que ainda não estamos o suficientemente desesperados para isso.
Quanto ao ponto 3, partilho da tua opinião, de facto, no estado de evolução tecnológico e de capacidade de produção em que estamos, dificilmente haverá capacidade para alimentar de uma forma equilibrada toda a população actual, o que não quer dizer que no futuro não aconteça uma de duas coisas: a evolução nos leve a um estágio em que exista uma maior capacidade de produção, ou, como muito bem dizes, a própria natureza na sua constante tendência para o equilíbrio se encarregue de colocar tudo no seu devido sitio, já seja através da mão humana ( e aqui podemos voltar à redução à força ou não) ou através de uma qualquer gripe (uma a sério, não esta)
Até agora a evolução humana e a distribuição da população ao longo do planeta, foi feita numa procura incessante de melhores condições, há algum tempo que atingimos um estágio em que já ocupamos o planeta inteiro e foi a comida que se passou a deslocar....se calhar está na altura de recomeçar... e ou muito me engano, ou não haverá quem pare este movimento.
E agora... volto para a preparação das férias.
Jorge Soares
Imagem de aqui
Um destes dias, e a propósito dos meus posts sobre o incentivo à natalidade (este e este), uma amiga perguntava-se se a ideia do incentivo seria boa ou má?, e se não seria só mais um motivo para muita gente se deitar à sombra do estado. É claro que 200 Euros não convencem ninguém a ter filhos, talvez os 25 mil da Alemanha....
A propósito do meu primeiro Post, o António Dias, dizia o seguinte:
"200 euros para daqui a 18 anos é mesmo estúpido como incentivo à natalidade, o que só mostra o desespero de quem escreve e oferece coisas destas num programa eleitoral.
Mas eu penso que ainda menos inteligente é o próprio conceito de incentivo à natalidade numa altura em que a população portuguesa continua a aumentar e em que a população mundial, que é o que verdadeiramente importa, está cada vez mais perto dos sete mil milhões de pessoas(http://www.census.gov/ipc/www/popclockworld.html). Será que alguém pensa que há tão pouca gente que é necessário incentivar o nascimento de mais? Será que a espécie humana está em perigo de extinção e é necessário uma protecção especial?"
Sim e não, é verdade que a população do mundo não para de aumentar, e uma grande parte vive abaixo do limiar da pobreza, por outro lado, a população na Europa está cada vez mais envelhecida, a população Portuguesa praticamente estagnou e só não começou a diminuir porque nos últimos 10 anos existiram duas grandes vagas de imigração, do Brasil e dos países de leste, como podemos ler nesta noticia do iol Diário.
Fará ou não sentido o incentivo à natalidade?, olhando para o comentário do António, eu diria que não, mas se calhar, e atendendo à sobrepopulação do mundo e ao envelhecimento da população na Europa Ocidental, fariam sentido incentivos à imigração. O Envelhecimento da populaçao fará com que mais tarde ou mais cedo haja falta de mão de obra em Portugal e na Europa, primeiro a menos qualificada e com o tempo a restante, mão de obra que por outro lado será cada vez mais abundante nos países mais pobres e menos desenvolvidos.
Ou seja, alguém deveria dizer ao Sócrates, que em lugar de prometer uns trocos que serão utilizáveis algures no futuro longínquo, deveria pensar em dar condições à vinda de pessoas com vontade de trabalhar e de dar novas cores e novas ideias ao nosso já velho país.
É claro que eu sei que nem o PS nem ninguém se atreveria a uma "alarvidade" destas.... pelo menos agora, mas daqui a uns 30 ou 40 anos..... já veremos!!!!
Jorge Soares ( Quase de férias)
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Jorge Soares