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Discriminação.jpg

Imagem do Expresso

A semana começou com a noticia da morte de um adepto do Corunha, vitima da violência gratuita entre duas claques de futebol, de ideologias opostas mas unidas na utilização do futebol como desculpa para a violência gratuita,  que aparentemente combinaram um encontro em Madrid para se enfrentarem, não num jogo de futebol, mas sim numa luta em que valia tudo, até matar.

 

A meio da semana foi noticia a morte de Tugce Albayrak, uma jovem alemã que teve a coragem de sair em defesa de duas jovens Turcas que estavam a ser assediadas por um grupo de  energúmenos num restaurante de fast Food. Os homens saíram do restaurante e esperaram Tugce cá fora, onde a espancaram de tal forma que esta não sobreviveu.

 

Consta que os agressores já estão detidos, a noticia não diz nada sobre se as dezenas de pessoas que assistiram impávidas ao assédio às jovens turcas e à agressão a Tugce, mas se por mim fosse, estariam todas detidas também.

 

Ontem a noticia veio de Nova Iorque, nos estados Unidos, um tribunal decidiu não constituir arguidos os polícias que agrediram e sufocaram até à um jovem negro desarmado que vendia cigarros na entrada de uma loja, isto apesar de todo o incidente estar gravado num  vídeo que o mundo inteiro viu e onde qualquer pessoa normal pode ver que a morte se deveu a uso excessivo de força sem motivo.

 

Hoje, numa situação que para mim seria inacreditável num país que presumimos civilizado, ficamos a saber que em Marselha, França, as autoridades municipais vão obrigar os sem abrigos colar na roupa um triângulo amarelo como forma de identificação.

 

Para quem já não se lembra, durante a segunda guerra mundial os nazis obrigavam os judeus a utilizar uma estrela amarela como forma de identificação...  com o fim trágico que todos também abemos para quem utilizava tal marca.

 

Se reparamos bem, um triângulo é meia estrela... será que a seguir também os vão fechar em guetos?

 

Uma só semana, 4 países diferentes, em comum violência gratuita, racismo, discriminação, indiferença.... sou só eu que acho que algures a humanidade perdeu a perspectiva do que é viver em sociedade?

 

O que raio se está a passar com o mundo?

 

Jorge Soares

publicado às 22:52

Homem morre atropelado pelo metro enquanto as pessoas veem

 

Encontrei a noticia no El País, numa estação de metro de Nova Iorque após uma discussão com outra pessoa, Ki Suk Han um homem de 58 anos, foi empurrado para as vias do metro. levantou-se e tentou voltar a subir para a plataforma mas não o conseguiu fazer antes que o comboio chegasse e foi esmagado, vindo a morrer pouco tempo depois num hospital ali perto.


Tudo isto aconteceu na presença de um fotógrafo profissional que tirou várias fotografias e de várias outras pessoas. Houve inclusivamente quem tenha gravado a discussão com quem o empurrou, mas nas várias imagens publicadas no New York Times apesar de que se podem observar várias pessoas na plataforma, ninguém se acercou para tentar ajudar o homem a subir.


O fotógrafo Umar Abassi, que teve tempo para apontar a máquina e tirar várias fotografias, alega que tentou utilizar o flash para chamar a atenção do maquinista.

 

Há quem questione o Jornal por publicar as imagens, mas para mim a maior questão é, como é que chegamos a uma situação em que várias pessoas foram testemunhas da discussão, do empurrão para a linha e da tentativa do homem para salvar a sua vida e ninguém se acerca a ajudar?

 

Que tipo de sociedade é esta em que as pessoas se dão ao trabalho de gravar uma discussão entre dois adultos mas não são capazes de se mexerem para tentar salvar uma vida humana?

 

Como é que chegamos a um ponto em que a prioridade é tirar fotografias e não correr para salvar quem sabemos que vai morrer?

 

Que futuro existe para uma sociedade e uma raça humana que não está para se chatear ou simplesmente nãos abe definir prioridades?

 

Jorge Soares

publicado às 21:08

Muros, eles continuam a existir!

por Jorge Soares, em 09.11.09

Muro de berlim

 

Foi há 20 anos que caiu o muro, o mais famoso dos muros, o que ficará para a história porque dividiu o mundo entre os bons e os maus, não sei bem de que lado estavam uns e de que lado estavam os outros, mas estavam separados por aquele muro, que naquele dia, há precisamente 20 anos, caiu. 

 

Com ele caíram muitas coisas, muitas certezas, muitos medos, muitas mentiras, muitos ideais e para muita gente nasceu uma nova era, uma era melhor.

 

A verdade é que aquele muro caiu mas há muitos outros que crescem todos os dias, quase todos separam mundos, todos sem excepção separam pessoas, vejamos em imagens:

 

Alguns são reais, como o que separa a Palestina de Israel

 

Muro da Palestina

 

Ou como este que separa quem vive, de quem sobrevive

 

Muros que separam quem vive de quem sobrevive

 

Outros são enormes, não os vemos, mas também não vemos o que está por trás deles, coisas como estas que não queremos ver, o mundo da indiferença

 

O que não queremos ver

 

Outros estão dentro de nós, dentro de mim, dentro de ti, dentro de cada um de nós, são os muros que nos impedem de ver que há mais mundo e mais ideias para além das nossas. O mundo da dicriminação

 

amor em branco e negro

 

A verdade é que vivemos entre muros, alguns bem mais assustadores que aquele que foi destruído há 20 anos atrás, porque é graças a esses,  que mais tarde ou mais cedo se termina por construir outro daqueles, e de novo iremos viver entre os bons e os maus, sem importar muito de que lado estão uns e outros.

 

Jorge Soares

PS:Imagens da internet

publicado às 21:38


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