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Porque: "A vida é feita de pequenos nadas" -Sergio Godinho - e "Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!"
Imagem minha do Momentos e Olhares
Vou começar por eles... e elas, já aqui falei do assunto, foi neste post e agora confirmei a opinião que já tinha. Ao contrário da opinião geral, que até já foi dada nos comentários dos posts anteriores, eu continuo na minha, não lhes acho nada de especial. É claro que há mulheres bonitas, como há em todos lados, mas aquela ideia da beleza e do glamour, de que em cada italiana há uma Sofia Loren, é o maior mito que há em Roma. Para quem acha que vai a Roma e vai andar de queixo caido e sem saber para onde se virar, desengane-se, não, não há uma morena de cortar a respiração em cada porta.. aliás... continuo a dizer, quem que ver mulheres bonitas e de fazer desviar os olhares... vá a Caracas, ou na Europa, a Praga.
Acabo de descobrir por acaso, nesta noticia do ionline que na Itália quem entrega os presentes não é o pai natal é La Befana, uma bruxa simpática. Isto explica porque é que na Feira da Piazza Navona e um pouco por toda Roma, havia imensas bruxinhas à venda, uma outra forma de viver o natal e o menino Jesus. De resto, apesar de já estarmos em Dezembro, havia poucas ruas com iluminações de natal e não vi nem pais natais a subir pelas janelas nem pendões com o menino Jesus.
Os italianos serão o povo mais parecido connosco que existe, estar em Roma é um bocadinho como estar em casa, tirando que a maioria das coisas são um pouco mais caras. Das coisas que mais me impressionaram, para além dos monumentos e da monumentalidade da cidade, foi o preço das casas, nas montras das imobiliárias não se conseguia encontrar um apartamento por menos de 800000 (oitocentos mil) euros, sendo que a maioria ia muito para além do milhão, o mesmo para os alugueres, alugar um estúdio em Roma não custa menos que 1500 euros por mês. Se alguém está a pensar mudar-se para lá, trate de ganhar o euromilhões antes, é que se por cá para ter casa é preciso ficar a pagar o resto da vida... com preços destes, nem imagino como seja possível.
Das coisas que mais estranhamos é a forma como eles não param nas passadeiras, e não importa se está lá a policia ou não, as ruas são das motas e dos carros e as passadeiras estão lá para que se saiba onde é a zona que temos para tourear as motas, scooters, lambretas e tudo o que anda sobre rodas em Roma...eles não param... e os peões se não querem ser atropelados, tem que saber correr.
A comida é um capitulo especial, come-se bem em Roma, não será preciso dizer que as pizzas e as pastas são omnipresentes, é claro que a grande maioria dos restaurantes e trattorias está formatada para o turismo, mas com alguma paciência consegue-se encontrar sítios mais tradicionais e a um preço mais ou menos razoável. Nós o máximo que pagamos por um jantar para duas pessoas foi 50 Euros.
Para andar na cidade recomenda-se os transportes públicos, especialmente os autocarros, o Metro passa mais ou menos distante do centro, só há duas linhas. Uma coisa que me chamou a atenção foi o aspecto deste, muito parecido com o Metro escuro e cinzento que encontrei em Lisboa em 1990.. que nada tem a ver com o que existe actualmente. O preço é único para autocarros e metro, 1 Euro, por 4 Euros compra-se um bilhete válido para um dia.
Jorge Soares
PS:Ainda não estão lá todas, mas as fotografias de Roma, estão aqui
Imagem minha do Momentos e Olhares
Uma das coisas que mais me surpreendeu em Roma foi o facto de ser uma cidade com uma diversidade de pessoas que não tinha encontrado em nenhum outro lugar, do que tinha visitado até agora talvez só tenha paralelo em Nova Iorque.
Na recepção do hotel no primeiro dia estava um Chinês, falava um Inglês perfeito, no dia a seguir estava um latino, falamos com ele em espanhol, pelo sotaque pareceu-me Colombiano. No primeiro sitio onde fomos tomar café, um lugar que à primeira vista não se diferenciava de qualquer outro café da cidade, eram chineses. Para almoçar escolhemos um dos milhares de lugares onde vendiam fatias de pizza... não percebi bem de onde eram, mas pareceram-me Hindus ou Paquistaneses.
Pelas ruas os vendedores de Castanhas tinham ar de ter vindo de algures a Oriente, nos mercados e feiras de rua era possível ver todo um arco iris cultural, negros Africanos, latinos da América do Sul e Central, chineses, Árabes do Norte de África, alguns argentinos, um sem fim de cores e culturas.
Mas não é algo que se veja só nas lojas e comércio, ao andar pela cidade ou nos transportes públicos encontramos muitíssimos jovens com ar oriental, com o aspecto mais italiano possível e muitas vezes em grupos com outros jovens, num sinal de integração na sociedade que me fez lembrar os meus tempos de juventude em Caracas.
O nosso mundo está cada vez mais pequeno, todo este fluxo de emigrantes e a sua rápida integração nos países de acolhimentos farão com que num futuro que não estará assim tão distante, a humanidade integre uma sociedade homogénea e indiferenciada... terá de certeza muitos menos conflitos e discriminações e muito mais possibilidades de ser feliz.
Jorge Soares